Anglicismos no português do Brasil: um estudo lexicográfico Aurélio Houaiss

Imagem de Miniatura

Data

2006

Autores

Leitão, Isabela Custódio [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O léxico do português brasileiro contemporâneo é a todo tempo ampliado por unidades lexicais oriundas de outras línguas, principalmente, da língua inglesa, os chamados anglicismos. Assim, é importante verificar se os dicionários de maior circulação nacional Aurélio 3.0 (1999) e Houaiss 1.0 (2001), em versões informatizadas, mantêm alguns critérios de seleção desses novos vocábulos, e em caso afirmativo, se esses critérios são comuns aos dois dicionários. Ao comparar as unidades de ambas as obras lexicográficas, os principais fatos encontrados referem-se: à grafia das unidades; à semelhança da definição, que ora é melhor apresentada por um dicionário, ora por outro e, à falta de identidade da definição. Além disso, verificou-se a grande presença, em ambas as obras, de unidades definidas por remissiva e sinonímia. Selecionadas as unidades provenientes de língua inglesa fez-se necessário, ao compará-las, buscar sua contextualização, a fim de esclarecer diferenças encontradas. Usando o banco de dados do Laboratório de Lexicografia da Faculdade de Ciências e Letras - Campus Araraquara foi possível, em alguns casos, dizer qual a melhor definição, qual a grafia mais usada; no entanto, alguns problemas também foram encontrados como, por exemplo, unidades cujas ocorrências não podem ser explicadas por nenhuma das acepções apresentadas pelos dicionaristas. Diante da análise, pode-se concluir que não há um procedimento lexicográfico uniforme que oriente ou que norteie a inserção de unidades lexicais de língua inglesa nos dicionários Aurélio 3.0 (1999) e Houaiss 1.0 (2001), como também, não há ainda, no Brasil, critérios metodológicos que dêem suporte a esse tipo de inserção lexicográfica.
The contemporary brasilian-portuguese lexicon is always amplified by lexical units that come from other languages, mostly from English, which are called anglicisms. Thus, it is relevant to verify if the electronical version of Aurélio 3.0 (1999) and Houaiss 1.0 (2001), that present large circulation in Brazil, maintain any criterions to elect these units and if these criterions are common to both dictionaries. The main features that emerge by the comparison of both dictionaries are: the difference in the orthography of the lexical units, the similarity in the definition, varying the best definition between the two dictionaries, and the lack of identity in the definition. Moreover, it was certified that the units were often defined by synonymy and remission. Because of the comparison of the English units, in both dictionaries, it was necessary to study the context in which each term occur, in order to elucidate the divergences. Laboratório de Lexicografia da Faculdade de Ciências e Letras - Campus Araraquara database, provided, in some cases, a manner to attest the best definition of an unit and to estipulate its more used orthography. However, some problems could also be found in this work, such as lexical units that could not be explained by any of the entries of the dictionaries referred to. In conclusion, it can be said that there is not an uniform lexicographical procedure that conduct the insertion of English lexical units in the Aurélio 3.0 (1999) and Houaiss 1.0 (2001) dictionaries, as well as there is not yet a theory that supports this kind of lexicographical insertion.

Descrição

Palavras-chave

Dicionários Dicionários, Lexicografia, Linguística - Brasil, Dictionaries, Lexicon, Lexical Analysis, Anglicisms, Ortography

Como citar

LEITÃO, Isabela Custódio. Anglicismos no português do Brasil: um estudo lexicográfico Aurélio Houaiss. 2006. 140 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2006.