A enunciação poética nos contos de Marina Colasanti

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Data

2009-03-06

Autores

Medeiros, Nilda Maria [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A presente dissertação fará a análise dos contos de fadas de Marina Colasanti, “A primeira só” e “Além do Bastidor” do livro Uma Idéia Toda Azul (2006), “A moça tecelã” e “A mulher ramada” do livro Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento (2000), “Entre a espada e a rosa” que está no livro de mesmo nome (1992), a fim de explicitar as estratégias de linguagem do universo literário da autora. A partir do corpus percebe-se que o discurso, nas narrativas da autora, realiza um diálogo com outros discursos oriundos da memória cultural, das narrativas clássicas e dos contos populares tradicionais. As vozes na narrativa da autora, ora marcam encontros ora marcam confrontos discursivos, inscrevendo o caráter saudosista e ao mesmo tempo subversivo a partir do enunciado e da enunciação.Tal estratégia enunciativa desvela o aspecto político que se vela no seu contar poético. Considerando tais aspectos, esta pesquisa tem como objetivo o estudo da enunciação interdiscursiva a fim de evidenciar como o discurso poético de Marina Colasanti se desvela num discurso político que abriga a ambigüidade dos gêneros literários e humanos. Para isso, propomos o questionamento da origem do conto de fadas a fim de mostrar como este gênero nasce ao lado da poesia, abriga o acervo da memória cultural e revela-se como tecido de posicionamentos ideológicos, bem como de busca existencial. E a fim de trilhar um percurso seguro, procuramos apoiar o trabalho na semiótica greimasiana, no dialogismo de Bakhtin e na análise do discurso de linha francesa para ouvir as vozes que se encontram e/ou confrontam nos contos selecionados.
The following dissertation is about an analysis of Marina Colasanti´s fairy tales, “A primeira só” and “Além do Bastidor” from the book “ Uma Idéia Toda Azul (2006), “A Moça Tecelã” e “A Mulher Ramada” from the book “Doze Reis” and the “Moça no Labirinto do Vento” (2000), “Entre a Espada e a Rosa” which book has the same name (1992), intending to express the language strategies from the author’s literary universe. From the “corpus” it’s known that the speech – in the author’s narrative – shows a dialogue with other speeches originated in cultural memory, from classical narratives and from traditional popular tales. The voices in the narrative, show discursive encounters in one moment and the next discursive confrontations, inscribing the nostalgic nature and at the same time subversive from the statement and the enunciation. Such strategy reveals the political aspect shown in her poetical way of telling a story. Considering these aspects, this research focus on the study of the speech enunciation and highlight how Marina Colasanti’s poetical speech turns into a political speech which holds the literary and human genres ambiguousness. To do so, we recommend the discussion about the fairy tales origin, to show that this genre is born beside poetry, holds the cultural memory acquis and reveals itself as created of ideological posture, as well an existential search. And, to walk a safe path, we try to support the Greimasian semiotics, in Bakthin’s dialogism and the analysis of the French to hear the voices that encounter and/or confront among each other in the selected tales.

Descrição

Palavras-chave

Colasanti, Marina, 1937-, Poesia, Contos, Gêneros literários, Literatura brasileira - Sec. XX, Enunciation, Speech, Poetry

Como citar

MEDEIROS, Nilda Maria. A enunciação poética nos contos de Marina Colasanti. 2009. 204 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2009.