Estudo prospectivo das características ultrassonográficas do músculo diafragma de cavalos adultos

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Data

2023-03-04

Autores

Oliveira, Beatriz Estevez de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A avaliação ultrassonográfica do diafragma de cavalos, pode ser empregada para avaliar a função respiratória de forma não invasiva na prática clínica e na avaliação de desempenho de cavalos atletas, porém é um recurso pouco explorado na Medicina Veterinária. Objetivamos propor parâmetros de normalidade para espessura, espessamento, fração de espessamento diafragmático, tempos inspiratório e expiratório em cavalos adultos, através do acesso intercostal (10º, 11º e 12º espaços intercostais) na zona de aposição do diafragma com a parede torácica, comparando as duas técnicas de avaliação ultrassonográfica do diafragma (modo-B e modo-M) durante a respiração em repouso e forçada, além de investigar possível correlação entre peso (até 400kg e mais de 400kg) e os valores aferidos por meio da ultrassonografia. Avaliamos 20 cavalos saudáveis, peso 409 + 50 Kg, altura 47 + 0,05 m, idade 16 + 6 anos, sendo destes 8 machos castrados e 12 fêmeas. Dos quais 7 realizavam exercício submáximo em esteira e andador e 13 eram indivíduos ativos, mantidos a pasto. Os valores de espessura do diafragma aferidos em modo-B foram equivalentes aos aferidos no modo-M. Os cavalos com peso >400kg apresentaram espessura na inspiração (modo-B 0,94±0,2cm e 0,77±0,02cm, p=0,000; modo-M 0,93±0,2cm e 0,74±0,02cm, p=0,000) e expiração (modo-B 0,81±0,02cm e 0,65±0,02cm, p=0,000; modo-M 0,77±0,02cm e 0,63±0,02cm, p=0,000) maior do que os com peso ≤400kg. A fração de espessamento diafragmático não apresentou diferença entre cavalos com peso ≤400kg e >400kg (repouso 18±2% e 16±2%, p=0,609; hipercapnia 39±6% e 31±5%, p=0,301). O peso corpóreo tem relação com a espessura diafragmática, sendo assim, valores absolutos de espessura durante a inspiração e expiração devem ser comparados com cautela entre cavalos. O uso da fração de espessamento diafragmático apresenta-se como uma alternativa para comparar animais e estabelecer parâmetros de normalidade para a espécie.
Diaphragm ultrasonographic evaluation of horses can be used to assess respiratory function in a non-invasive way in clinical practice and performance evaluation of athletic horses, although it is an underexplored resource in Veterinary Medicine. We aimed to propose reference values for thickness, thickening, diaphragmatic thickening fraction, inspiratory and expiratory times in adult horses, through the intercostal approach (10th, 11th and 12th intercostal spaces) in the diaphragm apposition zone with the thoracic wall, comparing two ultrasonographic evaluation techniques of the diaphragm (2D and M-mode) during tidal and maximum breathing, in addition to investigating possible correlations between weight (up to 400kg and more than 400kg) and the ultrasonographic measurements proposed. We evaluated 20 healthy horses, weight 409 + 50 kg, height 47 + 0.05 m, age 16 + 6 years, 8 geldings and 12 females. Of which 7 were exposed to submaximal exercise on a treadmill and walker and 13 were active individuals kept on pasture. Horses with weight >400kg had end inspiratory (2D 0,94±0,2cm e 0,77±0,02cm, p=0,000; modo-M 0,93±0,2cm e 0,74±0,02cm, p=0,000) and end expiratory (2D 0,81±0,02cm e 0,65±0,02cm, p=0,000; modo-M 0,77±0,02cm e 0,63±0,02cm, p=0,000) thickness higher than horses with ≥400kg. There was no difference between diaphragm thickness fraction of horses with ≤400kg and >400kg (tidal 18±2% e 16±2%, p=0,609; max 39±6% e 31±5%, p=0,301). Weight is related to diaphragmatic thickness, therefore, absolute values of thickness during inspiration and expiration must be compared with caution between horses. The use of diaphragmatic thickening fraction is an alternative to compare animals and establish reference values for horses.

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Palavras-chave

Equino, Aparelho respiratório, Diafragma, Ultrassonografia Veterinária, Equine, respiratory organs, diaphragm, veterinary ultrasonography

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