Caboclas e sua retomada existencial: ancestralidade e dissidências indígenas LGBTQIA+

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-09-02

Autores

Alberti, Roger Alloir

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A presente proposta desta pesquisa teve como enfoque reconhecer artistas de ancestralidade indígena brasileiros Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Queer, Intersexo, Assexual e mais (LGBTQIA+) e a arte destes enquanto potência de si. Este trabalho é resultado de um conjunto de ideias sobre as afirmações de artistas de ancestralidade indígena e que vivem e atuam nos centros urbanos. Em uma perspectiva metodológica, observo a cartografia como possível, visando o reconhecimento da relação entre o -eu- pesquisador e os pesquisados e as afetações ao longo do processo do estudo. Alguns membros do coletivo CABOCLAS (@indigenaslgbt_crateus) aceitaram fazer parte desse processo da pesquisa, enquanto artistas e ativistas nos movimentos pelas redes sociais. O coletivo Caboclas vem de encontro com essa encruzilhada, entre corpos que estão fora das normativas coloniais, e repensar esses processos, é trabalho permanente descolonial, de descatequização e de provocação, perpassando pelo firmamento da aliança, na qual essa pesquisa se concentra. Paradigmas vigentes, reproduzem essas violências historicamente, e na medida em que a colonização avançou/avança, o Estado silenciou/silencia as multiculturalidades e suas expressões, negando suas subjetividades e transformando seus territórios em campos de concentração contemporânea. O Coletivo Caboclas, além da ideia de coletividade, remonta a história de como estes jovens vem fazendo arte, através de seus territórios, trazendo a ancestralidade e a potência destes corpos que estão resistindo ao etnocídio e ao genocídio ao longo da história.
The present proposal of this research focused on recognizing Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender, Queer, Intersex, Asexual and More (LGBTQIA+) indigenous ancestry artists and their art as a power of self. This work results from a set of ideas about the affirmations of artists of indigenous ancestry who live and work in urban centers. From a methodological perspective, I observe cartography as possible, aiming at recognizing the relationship between the researcher (me) and the people under research and the affectations throughout the study process. Some members of the CABOCLAS collective (@indigenaslgbt_crateus) accepted to be part of this research process as artists and activists in social media movements. The Caboclas collective comes to meet this crossroads between bodies that are outside colonial norms. Rethinking these processes is a permanent decolonial work of de-catechization and provocation, permeating the firmament of the alliance this research centers on. Current paradigms have historically reproduced this violence. As colonization has advanced, the State has silenced multiculturalities and their expressions, denying their subjectivities and transforming their territories into contemporary concentration camps. The Caboclas collective, besides the idea of collectivity, retraces the history of how these young people have been making art through their territories, bringing the ancestry and power of these bodies that are resisting ethnocide and genocide throughout history.
La presente propuesta de esta investigación se centró en reconocer a los artistas de ascendencia indígena brasileña Lesbianas, Gays, Bisexuales, Transexuales, Queer, Intersexuales, Asexuales y Más (LGBTQIA+) y su arte como un poder en sí mismo. Este trabajo es el resultado de un conjunto de ideas sobre las afirmaciones de artistas de ascendencia indígena y que viven y trabajan en centros urbanos. En una perspectiva metodológica, observo la cartografía como posible, visando el reconocimiento de la relación entre el -yo-investigador y el investigado y las afectaciones a lo largo del proceso de estudio. Algunos miembros del colectivo CABOCLAS (@indigenaslgbt_crateus) aceptaron ser parte de este proceso de investigación, como artistas y activistas en los movimientos de las redes sociales. El colectivo Caboclas se encuentra con esta encrucijada, entre cuerpos que están fuera de las normas coloniales, y repensar estos procesos es un trabajo permanente decolonial, de descatequización y provocación, permeando el firmamento de la alianza, en el que se centra esta investigación. Los paradigmas actuales reproducen históricamente estas violencias, y conforme avanza/avanza la colonización, el Estado silencia/silencia las multiculturalidades y sus expresiones, negando sus subjetividades y transformando sus territorios en campos de concentración contemporáneos. El Coletivo Caboclas, además de la idea de colectividad, se remonta a la historia de cómo estos jóvenes han ido haciendo arte, a través de sus territorios, trayendo la ancestralidad y el poder de estos cuerpos que están resistiendo el etnocidio y el genocidio a lo largo de la historia.

Descrição

Palavras-chave

Indígenas, Dissidências indígenas LGBTQIA+, Cartografia, Caboclas, Indigenous, LGBTQIA+ indigenous dissents, Cartography, Caboclas, Pueblos indígenas, Disidencia indígena LGBTQIA+

Como citar