Esofagomiotomia e esofagopexia em estação em equino com estenose esofágica – relato de caso

Abstract

A estenose esofágica em equinos é uma condição desafiadora, com diversas possíveis causas. O diagnóstico abrange uma avaliação clínica detalhada e exames complementares, como radiografias, ultrassonografias e endoscopias, para determinar a localização e a gravidade da lesão. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, variando de acordo com a gravidade do caso. O relato refere-se ao tratamento cirúrgico de uma égua de 10 anos, SRD, com estenose esofágica, decorrente de lesões na parede do esôfago, provavelmente causadas por ingestão de caroço de manga e manipulação inadequada de sonda nasogástrica. A paciente apresentava como sinais clínicos refluxo nasal e oral, e dificuldade para deglutir. O diagnóstico foi confirmado por meio de exames clínicos e radiográficos. O procedimento cirúrgico consistiu na realização de esofagomiotomia associada à esofagopexia, para a criação de um divertículo, e foi realizado em estação, minimizando os riscos associadas à anestesia geral. No pós-operatório, a paciente recebeu cuidados com antibióticos, anti-inflamatórios e drenagem de seroma, além de introdução gradual de alimentação. Após 10 meses, observou-se uma recuperação satisfatória, com ganho de peso e remissão dos sinais clínicos. O caso demonstra que, a realização de esofagotomia seguida esofagopexia em estação pode ser eficaz no tratamento de estenoses esofágicas em equinos, oferecendo bons resultados clínicos e uma recuperação sem complicações graves.

Esophageal stenosis in equines is a challenging condition with various possible causes. Diagnosis involves a thorough clinical evaluation and supplementary exams, such as radiographs, ultrasounds, and endoscopies, to determine the location and severity of the lesion. Treatment can be clinical or surgical, depending on the case's severity. The report refers to the surgical treatment of a 10-year-old mare, mixed-breed, with esophageal stenosis due to lesions in the esophageal wall, likely caused by the ingestion of mango pit and improper handling of a nasogastric tube. The patient presented with clinical signs of nasal and oral reflux and difficulty swallowing. The diagnosis was confirmed through clinical and radiographic exams. The surgical procedure consisted of esophagomyotomy associated with esophagopexy to create a diverticulum, performed in a stationary position to minimize risks associated with general anesthesia. Postoperatively, the patient received care with antibiotics, anti-inflammatory drugs, and seroma drainage, along with gradual introduction of feeding. After 10 months, satisfactory recovery was observed, with weight gain and remission of clinical signs. This case demonstrates that performing esophagotomy followed by esophagopexy in a stationary position can be effective in treating esophageal stenosis in equines, offering good clinical results and a recovery without major complications.