Linfoma de células T primário em língua de dois cães.

Abstract

Relata-se dois casos de neoformação única em língua, sem envolvimento sistêmico e com diagnóstico histopatológico e imunohistoquímico de linfoma de células T, em pacientes caninos, um macho e uma fêmea, pesando 15 e 25 kg e com 8 e 12 anos de idade, respectivamente, com evolução de pelo menos três meses. Em ambos os animais foram realizadas biópsias excisionais e o diagnóstico histopatológico e imunohistoquímico foi compatível com linfoma de células T. O tratamento quimioterápico coadjuvante foi instituído em apenas um paciente, devido ao quadro de Leishmaniose concomitante apresentado pelo outro. O prognóstico para o linfoma em musculatura esquelética é variável e a sobrevida em estudos prévios oscila entre 14 e 838 dias. Embora o tratamento de eleição para linfoma seja quimioterápico, a excisão cirúrgica foi empregada nos pacientes descritos devido aos achados inconclusivos em exames prévios e outras suspeitas clínicas. Os casos relatados reforçam a importância da inclusão do linfoma como diagnóstico diferencial para neoplasias em língua, mesmo quando únicos.

We report two cases of single tongue neoformation without systemic involvement and histopathological and immunohistochemical diagnosis of T-cell lymphoma in canine patients, one male and one female, weighing 15 and 25 kg and 8 and 12 years old, respectively, with an evolution of at least three months. Excision biopsies were performed in both animals and the histopathological and immunohistochemical diagnosis was compatible with T-cell lymphoma. Adjuvant chemotherapy treatment was instituted in only one patient due to the concomitant Leishmaniasis presented by the other. The prognosis for skeletal muscle lymphoma is variable and survival in previous studies ranges from 14 to 838 days. Although the treatment of choice for lymphoma is chemotherapy, surgical excision was employed in the patients described due to inconclusive findings on previous examinations and other clinical suspicions. The reported cases reinforce the importance of including lymphoma as a differential diagnosis for tongue neoplasms, even when unique.