Variabilidade da frequência cardíaca e carga máxima atingida no teste de esforço físico dinâmico em homens idosos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2012-12-01

Autores

Vieira, Suenimeire [UNESP]
Felix, Ana Carolina Sanches
Quitério, Robison José [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

Resumo

INTRODUÇÃO: Um dos benefícios promovidos pelo exercício físico parece ser a melhora da modulação do sistema nervoso autônomo sobre o coração. No entanto, o papel da atividade física como um fator determinante da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) não está bem estabelecido. Desta forma, o objetivo do estudo foi verificar se há correlação entre a frequência cardíaca de repouso e a carga máxima atingida no teste de esforço físico com os índices de VFC em homens idosos. MÉTODOS: Foram estudados 18 homens idosos com idades entre 60 e 70 anos. Foram feitas as seguintes avaliações: a) teste de esforço máximo em cicloergômetro utilizando-se o protocolo de Balke para avaliação da capacidade aeróbia; b) registro da frequência cardíaca (FC) e dos intervalos R-R durante 15 minutos na condição de repouso em decúbito dorsal. Após a coleta, os dados foram analisados no domínio do tempo, calculando-se o índice RMSSD, e no domínio da frequência, calculando-se os índices de baixa frequência (BF), alta frequência (AF) e razão BF/AF. Para verificar se existe associação entre a carga máxima atingida no teste de esforço e os índices de VFC foi aplicado o teste de correlação de Pearson (p < 0,05). RESULTADOS: Características demográficas, antropométricas, fisiológicas e carga máxima atingida no teste ergométrico: idade = 63 ± 3,0 anos; IMC = 24 ± 2kg/m²; FC = 63 ± 9bpm; PAS = 123 ± 19mmHg; PAD = 83 ± 8mmHg; carga máxima = 152 ± 29 watts. Não houve correlação entre os índices de VFC com os valores de FC de repouso e carga máxima atingida no teste ergométrico (p > 0,05). CONCLUSÃO: Os índices de variabilidade da frequência cardíaca temporal e espectrais estudados não são indicadores do nível de capacidade aeróbia de homens idosos avaliados em cicloergômetro.
INTRODUCTION: One of the benefits provided by regular physical activities seems to be the improvement of cardiac autonomic nervous system modulation. However, the role of physical activity as a determinant factor of the heart rate variability (HRV) is not well-established. Therefore, the aim of this study was to verify whether there was a correlation between resting heart rate and maximum workload reached in an exercise test with HRV indices in elderly men. METHODS: A study was carried out with 18 elderly men between the ages of 60 and 70 years. The following evaluations were made: a) Maximal exercise test on a cycle ergometer using Balke treadmill protocol to evaluate the aerobic capacity; b) Heart Rate (HR) and RR Intervals (RRi) registered for 15 minutes at rest, in the supine position. After collection, data were analyzed by time domain (RMSSD index) and by the frequency domain (low (LF) and high (HF) frequency indices and LF/HF ratio). Pearson correlation test was used to verify whether there was a correlation between the maximum workload reached during the exercise test and the HRV indices (p < 0.05). RESULTS: Demographic, physiological, and anthropometric characteristics and the maximum load achieved during exercise test: Age = 63 ± 3.0 years; BMI = 24 ± 2 kg/m2; HR = 63 ± 9 bpm; SBP = 123 ± 19 mmHg; DBP = 83 ± 8 mmHg; maximum workload = 152 ± 29 watts. No correlation was found between the HRV indices with the values of the resting heart rate and the maximum workload reached in the exercise test (p > 0.05). CONCLUSION: Temporal and spectral indices of heart rate variability are not indicators of aerobic capacity of elderly men evaluated on a cycle ergometer.

Descrição

Palavras-chave

Variabilidade da frequência cardíaca, Teste de esforço, Frequência cardíaca de repouso, Idoso, Heart rate variability, Exercise test, Resting heart rate, Elderly

Como citar

Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, v. 18, n. 6, p. 377-380, 2012.