Efeitos do treinamento aeróbio intervalado no músculo sóleo de ratos infartados

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Data

2019-04-18

Autores

Pontes, Thierres Hernani Dias de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Os efeitos do exercício físico aeróbico intervalado de alta intensidade (“high intensity interval training”, HIIT) sobre a remodelação cardíaca induzida por infarto do miocárdio (IM) e o músculo esquelético ainda não estão completamente esclarecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do HIIT sobre a capacidade funcional e o processo de remodelação cardíaca de ratos após longa evolução de IM. Adicionalmente, analisamos o trofismo muscular, marcadores do estresse oxidativo e a atividade de enzimas envolvidas no metabolismo energético no músculo esquelético sóleo. Métodos: Três meses após indução de IM, ratos Wistar foram divididos nos grupos Sham, IM sedentário (IM) e IM submetido a HIIT (IM-HIIT). Os ratos foram treinados três vezes por semana, durante três meses, em esteira. Avaliação cardíaca foi realizada por ecocardiograma, antes e após o treinamento. Marcadores do estresse oxidativo e do metabolismo energético foram analisados por espectrofotometria e o trofismo muscular por morfometria em lâminas histológicas coradas por hematoxilina e eosina. Análise estatística: ANOVA e Bonferroni ou Kruskal-Walli. Resultados: O HIIT foi seguro, bem tolerado, e aumentou substancialmente a capacidade funcional em relação aos grupos Sham e IM. Os grupos infartados apresentaram dilatação e hipertrofia do ventrículo esquerdo com disfunção sistólica evidente antes do treinamento físico. Ao final do protocolo, os grupos infartados mantiveram o mesmo padrão de remodelação cardíaca e disfunção sistólica, que não foi alterado pelo exercício. O tamanho do IM e a área seccional transversa das fibras do músculo sóleo não diferiram entre os grupos. A atividade da catalase foi menor nos grupos IM e IM-HIIT que no Sham. A atividade da superóxido dismutase e da glutationa peroxidase e a concentração de hidroperóxido de lipídeo não diferiram entre os grupos. A atividade de enzimas do metabolismo muscular esquelético não diferiu entre os grupos IM e Sham. O HIIT aumentou a atividade da citrato sintase em relação aos grupos Sham e IM, e fosfofrutoquinase e carnitina palmitoiltransferase 1 em relação ao grupo IM. Conclusão: O treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade melhora a capacidade funcional de ratos infartados, independentemente de alterações no processo de remodelação cardíaca. Melhora da capacidade física é acompanhada por aumento da atividade de enzimas envolvidas no metabolismo energético do músculo sóleo.

Descrição

Palavras-chave

Ratos Infartados, Remodelação Cardíaca, Exercício físico aerobico, Musculo esqueletico, Metabolismo energético

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