A rotulagem de alérgenos alimentares em alimentos embalados: análise da descrição, riscos e ambiguidades nos grupos da pirâmide alimentar brasileira.

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Data

2019-12-13

Orientador

Machado, Nilton Carlos

Coorientador

Pós-graduação

Pesquisa Clínica (mestrado profissional) - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução. As alergias alimentares são um problema crescente no mundo, e a única maneira de tratar continua sendo a exclusão de alimentos com a proteína implicada. A ANVISA estabeleceu requisitos para a rotulagem dos principais alimentos que causam alergias alimentares. Portanto a leitura dos rótulos dos alimentos embalados deve ser praticada por todo cuidador de crianças alérgicas. Objetivo. Qualificar os rótulos apresentados pelas indústrias de alimentos com base na resolução atual e propor medidas que beneficiem a leitura de rótulos pelo público alérgico. Métodos. Estudo observacional transversal para avaliar a rotulagem de alérgenos de alimentos embalados. No primeiro momento foi realizada uma busca em supermercados de diferentes marcas de gêneros alimentícios. No segundo momento mediante sorteio eletrônico foi obtida amostra para analise, composta do mínimo de 50% de marcas de alimentos embalados de cada gênero alimentício. Posteriormente, foi realizada fotografia digital de cada produto, em todas as suas dimensões (painel principal, laterais e fundos). Os alimentos embalados foram divididos com base nos Grupos da Pirâmide alimentar brasileira. Foram analisados: os ingredientes presentes e as características da rotulagem. Dados apresentados de forma descritiva. A classificação dos rótulos foi apresentada em escore baseado na resolução vigente, gerando pontuação de 0 a 10 aos diferentes alimentos dos Grupos da Pirâmide alimentar brasileira. Resultados. Os alimentos embalados apresentam informações de qualidade, com escore de rotulagem próximo ao máximo em todos os grupos. Quanto a indicação da presença de alérgenos: Grupo Cereais o trigo e a soja aparecem em maior proporção. No Grupo Leguminosas: em grande percentual é afirmado, ou sugerido, a possibilidade de conter proteína da soja. Lácteos: apresenta o maior percentual para “contém” dentre todos os grupos. Carnes e ovos: 64% dos alimentos contém soja. Nos Grupos Açúcares e Gorduras, os maiores percentuais são para as proteínas da soja e o leite. Observou-se que a maior insegurança ocorreu com a proteína da soja, uma vez que a informação “pode conter” para este alérgeno, é identificada em todos os grupos alimentares. Conclusões. A rotulagem é apresentada com qualidade, e de acordo com os critérios de rotulagem de alérgenos estabelecidos pela RDC 26/2015. A presença de alérgenos nos alimentos embalados comercializados no Brasil é alta, e os alérgenos mais frequentemente presentes são a soja, o leite e o trigo. O Grupo da Pirâmide alimentar brasileira que oferece menor risco de presença de alérgeno alimentar é o Frutas e Vegetais/Hortaliças e o que oferece maior risco é o Grupo Lácteos. A rotulagem preventiva no Brasil é frequente, sendo a soja o que representa a maior insegurança para escolhas alimentares, presente como “pode conter” em todos os Grupos alimentares. Ferramentas auxiliares, como o “Manual educativo para leitura de rótulos” elaborado neste estudo poderá dar orientação ao gerenciamento de risco nas escolhas alimentares.

Resumo (inglês)

Introduction. Food allergies are a growing problem worldwide, and the only way to treat them is to exclude foods with the protein involved. ANVISA has established requirements for the labelling of major foods that cause food allergies. Therefore, the reading of packaged food labels should be practiced by all caregivers of allergic children. Aims. Qualify the labels presented by the food industries based on the current resolution and propose measures that benefit the reading of labels by the allergic public. Methods. Cross-sectional observational study to evaluate allergen labelling of packaged foods. At first, a search was done in supermarkets of different brands of foodstuffs. In the second moment, utilizing an electronic draw, a sample was obtained for analysis, composed of at least 50% of packaged food brands of each foodstuff. Subsequently, digital photography of each product was performed, in all its dimensions (main panel, sides and bottoms). The packaged foods were divided based on the Brazilian Food Pyramid Groups. Were analyzed: the present ingredients and the characteristics of the labelling. Data are presented descriptively. The classification of the labels was presented in a score based on the current resolution, generating a score from 0 to 10 to the different foods of the Brazilian Food Pyramid Groups. Results. Packaged foods have quality information, with labeling scores close to the maximum in all groups. Regarding the indication of the presence of allergens: Cereals Group wheat and soybean appear in greater proportion. In the Leguminous Group: a large percentage is affirmed, or suggested, the possibility of containing soy protein. Dairy: presents the highest percentage for “contain” among all groups. Meat and eggs: 64% of foods contain soy. In the Sugar and Fat Groups, the highest percentages are for soy protein and milk. It was observed that the greatest insecurity occurred with soy protein, since information “may contain” for this allergen is identified in all food groups. Conclusions. The labeling is presented with quality, and according to the allergen labeling criteria established by RDC 26/2015. The presence of allergens in packaged foods sold in Brazil is high, and the most frequently present allergens are soy, milk and wheat. The Brazilian Food Pyramid Group that offers the lowest risk of food allergen is Fruits and Vegetables / Vegetables and the highest risk is the Dairy Group. Preventive labeling in Brazil is frequent, with soy being the major insecurity for food choices, present as “may contain” in all food groups. Auxiliary tools, such as the “Label Reading Education Handbook” elaborated in this study may provide guidance for risk management in food choices.

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Português

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