Coral-Sol um invasor resistente: avaliação da toxicidade aguda de contaminantes associados às atividades petrolífera e petroquímica sobre a espécie Tubastraea coccinea
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Data
2022-01-02
Autores
Fukushima, Leticia May
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
The oil and petrochemical industry are an important source of pollution to the marine and coastal environments. Brazil has been the scenario of marine environmental accidents involving this industry, such as the major fire at the Ultracargo Terminal in 2015 in Santos, and the appearance of large amounts of mysterious oil slicks on the North East and South East regions in 2019 and 2020. Tropical and subtropical regions are particularly susceptible to the environmental impacts from oil spills, including possible effects on the reef ecosystem, which are abundant within these areas. Brazil harbors a coral fauna considered unique in the world, which has been suffering from numberless environmental pressures, with many species currently threatened. Corals of the genus Tubastraea (Sun corals) are non-indigenous species on the Brazilian coast, which are becoming adapted to the local ecosystems. This study aimed to evaluate biological hazards of soluble fractions of fuel oil, marine diesel, samples of spilled oil in the NE, and the Aqueous Film Forming Foam Agefoam 2133 on the species Tubastraea coccinea, through acute toxicity tests. The tests took place in triplicates, in which colonies with 9-30 polyps were exposed to contaminants for 96 hours. Organisms from the controls and most of the test-dilutions presented 100% survival, except for the highest concentrations of substances LGE-Agefoam 2133, FSA from marine diesel, and the oil sample from the Northeast spill in 2019. The highest concentrations of AFFF and WSF of marine diesel showed significant effects compared to the control, being determined as the lowest-observed-effect concentration (LOEC) and the no-observed-effect concentration (NOEC), which were, 1% and 100% respectively. Other substances (WSF from NE oil slicks and bunker C fuel oil) did not cause significant deleterious and sublethal effects. The study provided the first information on the effects of these compounds on scleractinian coals in Brazil
As indústrias petrolífera e petroquímica, são consideradas importantes fontes poluidoras para os ambientes marinhos e costeiros. O Brasil tem sido palco de acidentes ambientais marinhos envolvendo estas indústrias, como o incêndio no Terminal Petroquímico da Ultracargo, no ano de 2015 em Santos, e o surgimento de manchas de óleo nas regiões nordeste e sudeste em 2019 e 2020. Regiões tropicais e subtropicais são particularmente suscetíveis aos impactos ambientais decorrentes dessas atividades, incluindo-se os possíveis efeitos nos ambientes recifais que predominam nessas áreas. O Brasil abriga uma fauna coralínea considerada única no mundo, que vem sofrendo diversas pressões ambientais, com muitas espécies atualmente ameaçadas. Corais do gênero Tubastraea (Coral-sol) são invasores na costa brasileira, e têm se adaptado aos ecossistemas marinhos nacionais. O objetivo deste estudo foi avaliar efeitos biológicos adversos de frações solúveis dos óleos bunker-C, e diesel marinho, de amostras do óleo oriundo do derramamento ocorrido no NE, e do líquido gerador de espuma Agefoam 2133 sobre a espécie Tubastraea coccinea, por meio de teste de toxicidade aguda. Os testes ocorreram em triplicatas no qual colônias com 9-30 pólipos foram expostas aos contaminantes durante 96 horas. Foi observado 100% de sobrevivência dos organismos do controle e contaminantes, com exceção das maiores concentrações das substâncias LGE-Agefoam 2133, FSA do diesel marítimo e da amostra de petróleo do derrame no Nordeste em 2019. Para o LGE e a FSA do diesel marítimo, houve efeitos significativos em comparação com o controle nas maiores concentrações, sendo então, determinadas as Concentração de Efeito Observado (CEO) e da Concentração de Efeito Não Observado (CENO), as quais foram, 1% e 100% respectivamente. As demais substâncias (FSA dos óleos do NE e bunker), não apresentaram efeitos deletérios e subletais significativos. O estudo apresenta as primeiras informações sobre os efeitos desses compostos em corais escleractíneos no Brasil.
As indústrias petrolífera e petroquímica, são consideradas importantes fontes poluidoras para os ambientes marinhos e costeiros. O Brasil tem sido palco de acidentes ambientais marinhos envolvendo estas indústrias, como o incêndio no Terminal Petroquímico da Ultracargo, no ano de 2015 em Santos, e o surgimento de manchas de óleo nas regiões nordeste e sudeste em 2019 e 2020. Regiões tropicais e subtropicais são particularmente suscetíveis aos impactos ambientais decorrentes dessas atividades, incluindo-se os possíveis efeitos nos ambientes recifais que predominam nessas áreas. O Brasil abriga uma fauna coralínea considerada única no mundo, que vem sofrendo diversas pressões ambientais, com muitas espécies atualmente ameaçadas. Corais do gênero Tubastraea (Coral-sol) são invasores na costa brasileira, e têm se adaptado aos ecossistemas marinhos nacionais. O objetivo deste estudo foi avaliar efeitos biológicos adversos de frações solúveis dos óleos bunker-C, e diesel marinho, de amostras do óleo oriundo do derramamento ocorrido no NE, e do líquido gerador de espuma Agefoam 2133 sobre a espécie Tubastraea coccinea, por meio de teste de toxicidade aguda. Os testes ocorreram em triplicatas no qual colônias com 9-30 pólipos foram expostas aos contaminantes durante 96 horas. Foi observado 100% de sobrevivência dos organismos do controle e contaminantes, com exceção das maiores concentrações das substâncias LGE-Agefoam 2133, FSA do diesel marítimo e da amostra de petróleo do derrame no Nordeste em 2019. Para o LGE e a FSA do diesel marítimo, houve efeitos significativos em comparação com o controle nas maiores concentrações, sendo então, determinadas as Concentração de Efeito Observado (CEO) e da Concentração de Efeito Não Observado (CENO), as quais foram, 1% e 100% respectivamente. As demais substâncias (FSA dos óleos do NE e bunker), não apresentaram efeitos deletérios e subletais significativos. O estudo apresenta as primeiras informações sobre os efeitos desses compostos em corais escleractíneos no Brasil.
Descrição
Palavras-chave
Água Poluição, Indústria petroquímica, Indústria petrolífera, Corais, Ecotoxicologia, Monitoramento biológico