Sobre o encanto e a curiosidade pelo cosmos

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Data

2022-11-25

Autores

Milani, Mariana

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A partir de uma narrativa autobiográfica como fio-condutor desta pesquisa, busco transmitir aspectos da minha trajetória no curso de Física que não se enrijece em um modo de se distanciar da natureza. Diante do desafio de construir pontes entre mundos distintos - o da chamada “física dura”, o da educação e o da música -, este trabalho visa contribuir com o ensino de Física por meio de ramificações de pensamentos em torno da pergunta “como o ensino de astronomia em espaços não formais pode mobilizar a curiosidade epistemológica?”. Apresento um encadeamento de eventos e experiências que vivi junto às águas turbulentas minha formação na graduação, principalmente com o grupo de estudos de cosmologia do coletivo AstroLábia. Questiono o que posso criar e compartilhar para/com o mundo? Qual o meu papel (e quais as minhas atitudes) enquanto ser que vive, respira, atua e transforma o meu entorno? Conhecer, vivenciar e produzir encontros no Planetário do Carmo e no Planetário Ibirapuera foi substancial na condução dos caminhos que venho construindo e que se entrelaçam com este trabalho. Abraço a tentativa de uma “estratégia de lentidão” em que o espírito para contemplar a música que está por vir se faz fundamental para se enxergar em uma trajetória singular reflexos das condições históricas e culturais das quais sou filha. Apresento por fim uma proposta, com o encantamento significativo que se dá junto e por meio de uma experiência de sensibilização como possibilidade para a mobilização da curiosidade epistemológica.
From an autobiographical narrative as a guiding thread of this unfinished research, I seek to transmit aspects of my trajectory in the course of Physics that does not harden in a way of distancing itself from nature. Faced with the challenge of building bridges between different worlds - the so-called "hard physics", education and music -, this work aims to contribute to the philosophical aspect of teaching Physics through ramifications of thoughts around the question "how can teaching astronomy in non-formal spaces mobilize epistemological curiosity”? I present a chain of events and experiences that I lived along the turbulent waters of this course, especially with the study group of cosmology of the collective AstroLábia. I question: what can I produce, create and share for/with the world? What is my role (and what are my attitudes) as a being who lives, breathes, acts and transforms my surroundings? Knowing, experiencing, participating, creating and producing meetings in the Carmo Planetarium and in the Ibirapuera Planetarium was substantial in driving the paths that I have been building and that are intertwined with this work. I embrace the attempt of a "strategy of slowness" in which the spirit to contemplate the music that is to come becomes fundamental to see in a singular trajectory, reflections of the historical and cultural conditions of which I am a daughter. Finally, I present a proposal of significant enchantment as what happens together and through an experience of awareness as a clue to the mobilization of epistemological curiosity.

Descrição

Palavras-chave

Encanto, Curiosidade, Cosmos, Astronomia, Educação não-formal, Planetários, Curiosidade epistemológica, Encantamento significativo, Ensino de astronomia, Astronomy education, Enchantment, Epistemological curiosity, Non-formal education, Planetarium, Significant enchantment

Como citar