Fracionamento do proteoma de amostras de plasma de populações ribeirinhas do rio madeira-rondônia expostas ao mercúrio por shotgun-LC-MS/MS

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Data

2023

Autores

Cirinêu, Felipe Dalmazzo
Padilha, Pedro de Magalhaes [UNESP]
Vieira, José Cavalcante Souza

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Resumo

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O mercúrio é um elemento químico potencialmente tóxico, não essencial aos processos metabólicos e, portanto, responsável por contaminações ambientais e intoxicações humanas. Quando presente em ecossistemas aquáticos, o mercúrio participa de ciclos biogeoquímicos mediados por microrganismos, onde é transformado quimicamente, bioacumulado e biomagnificado na cadeia trófica, resultando em compostos organomercuriais, como por exemplo o metil mercúrio (MeHg), que é absorvido por peixes e outros indivíduos da biota aquática. Desta forma, peixes predadores de topo de teia trófica acumulam altos níveis de mercúrio podendo funcionar como veículos das espécies mercuriais para seus consumidores, sejam répteis, aves e/ou seres humanos. Na bacia Amazônica, como a alimentação das comunidades ribeirinhas é baseada principalmente no consumo de peixes, essa população está exposta às espécies de mercúrio, que dependendo da sua forma química, concentração, quantidade e frequência de exposição podem causar efeitos deletérios e até mesmo irreversíveis, como a morte celular. Além da especiação química do Hg, os sintomas da intoxicação, assim como sua gravidade, estão relacionados com a ocorrência de acúmulo no organismo. Além disso, os efeitos deletérios do mercúrio em vários sistemas estão associados com estresse oxidativo, mesmo quando as espécies mercuriais estejam em baixas concentrações. Com base no exposto, o objetivo geral da proposta de trabalho será identificar possíveis biomarcadores associados com a frequência de exposição ao mercúrio utilizando ferramentas proteômicas e metaloproteômicas em populações ribeirinhas da região de Jirau/rio Madeira, Rondônia/Brasil. A região de Jirau caracteriza-se como uma das mais impactadas por mercúrio devido à garimpagem de ouro e dos empreendimentos no setor de produção de energia. Nessa região, estudos metaloproteômicos em peixes e leite materno foram realizados nos últimos cinco anos por pesquisadores da UNESP/Botucatu em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília, Instituto Evandro Chagas e Universidade de Nebraska, onde foram identificadas proteínas associadas ao mercúrio com características de biomarcador de contaminação. A presente proposta de trabalho dará continuidade aos estudos metaloproteômicos dessa região em relação a seres humanos, trabalhando com amostras de plasma e utilizando cartões Noviplex que viabilizam a amostragem e o transporte das amostras de sangue coletadas.

Palavras-chave

Proteômica, Plasmas, Mercúrio

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