Exercício físico e menopausa

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Data

2009-05-01

Autores

Zanesco, Angelina [UNESP]
Zaros, Pedro Renato [UNESP]

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Editor

Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia

Resumo

A deficiência de estrógenos, as alterações do perfil lipídico, o ganho de peso e o sedentarismo são considerados os principais fatores para a maior prevalência de hipertensão arterial em mulheres na menopausa. Na tentativa de reduzir a incidência da hipertensão arterial nessa população, diversas abordagens têm sido empregadas, porém a maioria dos trabalhos mostra que, nesse momento, a mudança de estilo de vida parece ser a melhor estratégia para o controle da hipertensão arterial e de seus fatores de risco nessa fase de vida da mulher - entre elas a prática de atividade física regular. O exercício físico contínuo, no qual a intensidade é mantida constante (leve/moderada), tem sido empregado na maioria dos trabalhos dentro da área de Saúde, com evidentes efeitos benéficos sobre as doenças cardiovasculares e endócrino-metabólicas. A prescrição do exercício contínuo caracteriza-se por atividades de pelo menos 30 minutos, três dias por semana, numa intensidade de 50 a 70% da frequência cardíaca máxima. O exercício físico intermitente caracteriza-se por alterações em sua intensidade durante a realização do treinamento, podendo variar de 50 a 85% da frequência cardíaca máxima, durante dez minutos. Atualmente, o exercício físico intermitente tem sido também empregado como forma de treinamento físico em diversas clínicas de controle de peso e em treinamentos personalizados, o que é devido ao menor tempo de execução do exercício físico intermitente. Além disso, trabalhos mostram que as adaptações metabólicas e o condicionamento físico são similares aos observados no exercício contínuo, que exigem maior tempo de execução para obter as mesmas adaptações celulares. Assim, essa revisão abordou a importância do exercício físico no controle da pressão arterial bem como os principais estudos conduzidos em modelos experimentais de menopausa e em mulheres, relacionando a hipertensão arterial e os mecanismos envolvidos em sua gênese e as perspectivas futuras.
It is believed that estrogen deficiency, lipid profile alterations, body weight gain, and sedentary lifestyle are strongly associated with the increased incidence of arterial hypertension in postmenopausal women. In an attempting to reduce the incidence of arterial hypertension in this population, a variety of approaches has been used, but the results are conflicting and the changing in lifestyle has been proposed and an important preventive action to control the arterial hypertension and associated risk factors in this women age - mainly practice of physical exercise. Continuous exercise has been used as an important approach in management cardiovascular disease and endocrine-metabolic disorders. Continuous exercise prescription is characterized by, at least, 30 minutes of moderate-intensity physical activity (60 to 70% of maximum heart rate), three days of the week. Intermittent exercise is characterized by low intensity exercise periods, alternating with high-intensity exercise periods, ranging of 50 to 85% of the maximum heart rate, during ten minutes. Intermittent exercise has been employed as training program in weight loss therapy and personal training because previous studies have shown similar metabolic adaptations and aerobic capacity after continuous or intermittent exercise. This review focused on the relevance of continuous and intermittent exercise on the blood pressure control, discussion of the data found in experimental model of menopause and in women and the relationship between incidence of arterial hypertension and its genesis in postmenopausal women.

Descrição

Palavras-chave

Menopausa, Mulheres, Hipertensão, Exercício, Atividade motora, Menopause, Women, Hypertension, Exercise, Motor activity

Como citar

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 5, p. 254-261, 2009.