Dinâmica da comunidade de macrófitas aquáticas no reservatório de Santana, RJ

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2008-01-01

Autores

Pitelli, R. L. C. M.
Toffaneli, C. M.
Vieira, E. A. [UNESP]
Pitelli, R. A. [UNESP]
Velini, Edivaldo Domingues [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas

Resumo

Apesar da importância na dinâmica dos ecossistemas aquáticos, as macrófitas podem formar densas e extensas colonizações em corpos hídricos cujos equilíbrios ecológicos foram rompidos. Nessas condições, essas plantas promovem uma série de problemas que as tornam alvos de controle. Para elaboração de planos adequados de manejo dessa vegetação, é fundamental o conhecimento das dinâmicas relativas das populações que a compõem. O objetivo deste trabalho foi realizar levantamentos mensais da composição específica da comunidade de macrófitas que coloniza o reservatório de Santana, localizado no município de Piraí/RJ, monitorando 97 pontos georreferenciados, abrangendo toda a lâmina d'água. Foram identificadas 41 espécies, inseridas em 21 famílias botânicas. As famílias Poaceae, Pontederiaceae e Cyperacae foram as que apresentaram os maiores números de espécies ao longo do ano. Salvinia herzogii e Egeria densa apresentaram as maiores notas anuais de colonização do reservatório. As populações de Eichhornia azurea, Brachiaria arrecta e Paspalum repens completaram o grupo das espécies numericamente mais relevantes. As plantas de hábito flutuante tenderam a apresentar populações com padrão de distribuição geográfica casualizado, enquanto as espécies fixadas no sedimento e as submersas apresentaram populações com padrão agregado. Não houve expressivas variações mensais dos valores dos índices de diversidade (H') e de equitabilidade (E') das comunidades de macrófitas aquáticas ao longo do ano. O dendrograma construído com o coeficiente de Odum mostrou uma seqüência lógica dos meses, evidenciando uma definida sucessão de populações divididas em dois grupos de similaridade separados pelo mês de junho. Nessa época, o nível de água do reservatório foi reduzido e o sedimento ficou exposto, favorecendo as espécies de hábito emergente.
Despite the importance of aquatic ecosystem dynamics, aquatic macrophytes can form dense and extensive populations in water bodies whose ecological balance was disrupted. Under these conditions, these plants promote an array of problems that make them a target for control practices. To elaborate management plans for this vegetation, knowledge on the population dynamics of the species forming these communities is necessary. Thereby, monthly surveys were carried out to evaluate the species composition of this community colonizing the Santana eservoir (Piraí, RJ), by monitoring 97 geo-referenced points covering most of the water surface. Forty-one species were identified as belonging to 21 different botanical families. The families Poaceae, Pontederiacea and Cyperaceae presented the largest number of species over the year. Salvinia herzogii and Egeria densa presented the highest colonization rates. The populations of Eichhornia azurea, Brachiaria arrecta and Paspalum repens completed the group of species numerically most relevant. The floating plants tended to present populations with randomized distribution patterns, while species that were fixed to the sediment presented populations with aggregated patterns. There were no expressive variations in diversity (H') and equitability (E') indexes of the macrophyte community over the year. The dendrogram, built with the Odum similarity coefficient, showed a logic sequence of the months, highlighting a well-defined succession of the populations divided into two similarity groups separated by the month of June. During this month, the reservoir water level was low and the sediment was exposed, creating an ideal condition for the emerging habitat species.

Descrição

Palavras-chave

aquatic plants, assessment, populations, multivariate, Plantas aquáticas, Levantamento, populações, multivariada

Como citar

Planta Daninha. Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas , v. 26, n. 3, p. 473-480, 2008.