Expressão de citocinas e perfil de imunoglobulinas na COVID-19: avaliação em doadores de plasma convalescente versus vacinados

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-06-01

Orientador

Golim, Marjorie de Assis

Coorientador

Pós-graduação

Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

No final de 2019 a cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, anunciou oficialmente a primeira epidemia pelo coronavírus 2 (SARS-CoV-2), que culminou na pandemia de COVID-19 (doença do coronavírus 2019), acometendo até o momento cerca de 508 milhões de pessoas. Múltiplos fatores influenciam a evolução da COVID-19, havendo dinâmicas alterações na imunidade celular, humoral e perfis de citocinas/quimiocinas, podendo progredir para hiperinflamação sistêmica. A fim de mitigar a ação deste fenômeno inflamatório e a evolução a infecção viral, a terapia com plasma convalescente é uma alternativa a ser considerada. O plasma oriundo de pessoas que se recuperaram da doença e desenvolveram imunidade pode fornecer imunização passiva a indivíduos infectados, visando neutralizar o patógeno e amenizar efeitos da resposta inflamatória grave. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil de expressão de citocinas/quimiocinas e imunoglobulinas específicas ao SARS-CoV-2 em candidatos elegíveis a doação de plasma convalescente para COVID-19. Os participantes foram distribuídos em grupos: G0 – n= 15 (controle - naive para SARS-CoV-2 e não vacinados), G1 – n= 14 (naive para SARS-CoV-2 e vacinados), G2 – n = 6 (convalescentes; não vacinados) e G3 – n = 15 (convalescentes; vacinados), totalizando 50 indivíduos. Foram avaliadas IL-8, RANTES, MIG, MPC-1 e IP-10, as concentrações dos anticorpos de classe IgG dirigidos contra SARS-CoV-2 (anti-nucleocapsídeo, anti-spike-S1 e anti-RBD) e a capacidade de inibição dos anticorpos neutralizantes (Nabs). Foi possível observar maiores níveis de anti-spike S1 e anti-RBD (mediana = 100.153 pg/mL e 41.253 pg/mL, respectivamente), bem como maior taxa de neutralização (mediana = 98%) em G3 quando comparado com os demais grupos. Quanto às quimiocinas, os grupos G1 e G3 apresentaram menores níveis, e estes são inversamente correlacionados aos níveis de NAbs em G3. Ao passo que G2 apresentou níveis plasmáticos mais elevados de IP-10, IL-8 e anti-nucleocapsídeos, características que podem ser deletérias ao receptor. Os resultados apontam para o potencial do plasma de indivíduos vacinados, independente de terem tido COVID-19, dado o conjunto de características que podem favorecer imunidade passiva, mediante as concentrações de imunoglobulinas específicas ao SARS-CoV-2 (anti-S1 e RBD) e maior capacidade de inibição viral. Desta forma, o plasma dos grupos G3 e G1, respectivamente, parecem agregar as características mais seguras e eficazes para TPC, de modo mais eficiente do que o plasma oriundo de indivíduos não vacinados e recuperados da COVID-19.

Resumo (inglês)

At the end of 2019, the city of Wuhan, in the Chinese province of Hubei, officially announced the first epidemic of coronavirus 2 (SARS-CoV-2), which culminated in the pandemic of COVID-19 (coronavirus disease 2019), affecting until the present. currently around 508 million people. Multiple factors influence the evolution of COVID19, with dynamic changes in cellular and humoral immunity and cytokine/chemokine profiles, which can progress to systemic hyperinflammation. In order to mitigate the action of this inflammatory phenomenon and the evolution to viral infection, therapy with convalescent plasma has been considered an alternative. Plasma from people who have recovered from the disease and developed immunity can provide passive immunization to infected individuals, aiming to neutralize the pathogen and mitigate the effects of the severe inflammatory response. This study aimed to evaluate the expression profile of SARS-CoV-2-specific cytokines/chemokines and immunoglobulins in eligible candidates for COVID-19 convalescent plasma donation. Participants were divided into groups: G0 – n= 15 (control - naive to SARS-CoV-2 and unvaccinated), G1 – n= 14 (naive to SARS-CoV-2 and vaccinated), G2 – n = 6 (convalescents; not vaccinated) and G3 – n = 15 (convalescents; vaccinated), totaling 50 individuals. IL-8, RANTES, MIG, MPC-1 and IP-10, the concentrations of IgG class antibodies directed against SARS-CoV-2 (anti-nucleocapsid, anti-spike-S1 and antiRBD) and the inhibition of neutralizing antibodies (Nabs). It was possible to observe higher levels of anti-Spike S1 and anti-RBD (median = 100,153 pg/mL and 41,253 pg/mL, respectively), as well as a higher neutralization rate (median = 98%) in G3 when compared to the other groups. As for chemokines, groups G1 and G3 had lower levels, and these are inversely correlated with NAbs levels in G3. While G2 showed higher plasma levels of IP-10, IL-8 and anti-nucleocapsids, characteristics that can be deleterious to the receptor. The results point to the potential of the plasma of vaccinated individuals, regardless of having had COVID-19, given the set of characteristics that can favor passive immunity, through the concentrations of immunoglobulins specific to SARS-CoV-2 (anti-S1 and RBD) and greater capacity for viral inhibition. In this way, plasma from groups G3 and G1, respectively, seem to aggregate the safest and most effective characteristics for PCT, more efficiently than plasma from unvaccinated individuals and recovered from COVID-19.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados

Financiadores