Filosofia do vestuário: tecnologias ubíquas vestíveis e affordances socioculturais
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Data
2019-04-10
Autores
Orientador
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
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Tipo
Dado de pesquisa
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Descrição
Resultados de pesquisa filosófico-conceitual realizada com financiamento da FAPESP. Partimos de algumas considerações acerca dos processos de Segunda Pessoa na atribuição de mentalidade/pessoalidade e analisamos tais processos sob o prisma da teoria ecológica da percepção direta, por meio da exploração do conceito de affordance sociocultural. Desse modo, estendemos a compreensão sobre a atribuição mental para além dos estados cognitivos geralmente supostamente atribuíveis apenas em terceira pessoa ou com base na primeira pessoa, isto é, fomos além das crenças e dos desejos. Fizemos isso, inclusive, deixando de lado o pressuposto da necessidade de um vocabulário mentalista como pré-condição de percepção significativa de condutas habilidosas/complexas das pessoas. Ressaltamos, por conseguinte, a diferença existente entre uso/atribuição de conceitos psicológicos (crenças, desejos, intenções) para o reconhecimento interpessoal e a percepção direta de habilidades; diferenciação esta ignorada pelas teorias de atribuição mental clássicas. A nosso ver, com base na teoria ecológica, manipular conceitos ou um vocabulário mentalista não é o mesmo que reconhecer imediatamente estados mentais (e.g. emocionais) e sem parar para pensar no curso de ações a ser seguido. Por exemplo, quando vemos uma criança dirigindo-se a uma avenida muito movimentada ou uma pessoa que está com sacolas "querendo" abrir a porta, imediatamente as ajudamos (não paramos para pensar no certo a se fazer em cada caso). Da mesma forma, o que se segue dessa união que propomos entre a Segunda Pessoa + Ecológica é que a posse de uma teoria representacional da mente não é necessária para a efetivação de interações interpessoais significativas.
Idioma
Português