Marcadores imuno-histoquímicos de prognóstico para carcinoma de células escamosas em pacientes adultos jovens: revisão sistemática

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Data

2022-08-01

Orientador

Tango, Estela Kaminagakura

Coorientador

Pós-graduação

Biopatologia Bucal - ICT

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Antecedentes: o carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) é a neoplasia maligna mais frequente na região de cabeça e pescoço. Ao longo dos últimos anos, observou-se um aumento da incidência dessa neoplasia em pacientes jovens (≤40 anos), com controvérsias a respeito do prognóstico em relação aos pacientes com mais de 40 anos. Tradicionalmente, para se estabelecer o prognóstico dessas lesões, são correlacionados dados clínicos e histopatológicos, além do crescente uso de biomarcadores da carcinogênese pelo método da imuno-histoquímica (IHQ) que possuem relação com características biológicas das neoplasias e podem predizer o seu prognóstico. Objetivo: avaliar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, marcadores de IHQ para determinar o prognóstico em adultos jovens portadores de CCEB em boca. Fontes de dados: Pubmed, Web of Science, Scopus, Embase, Lilacs e Proquest. Métodos de avaliação: a busca por Estudos retrospectivos, longitudinais, de coorte e casos controle totalizou 11.798 artigos. Após a remoção de duplicatas, seleção por títulos e resumos, contatos com autores e seleção por meio das referências, houve, como resultado, quatro artigos que foram selecionados, buscando-se apenas os que apresentavam estratificação por idade dividida em dois grupos, com jovens ≤40 anos e grupo controle >40 anos, selecionando-se apenas CCEB em boca, restrito às línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados: Foram encontrados resultados positivos para a utilização das proteínas RECK, Ciclina D1, EGFR, ALDH1A1 e CYP1B para se determinar prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Entretanto não foi possível considerar nenhum desses marcadores de IHQ como um fator prognóstico independente. A maior limitação desse estudo foi encontrar trabalhos com padronização de idade, divisão por grupos e registro dos desfechos, correlacionando com a expressão dessas proteínas em IHQ, sendo necessários mais estudos primários que busquem atender essa demanda, para que seja possível descobrir a real aplicabilidade desses biomarcadores e se eles podem servir como referência para se estabelecerem planos de tratamento mais precisos. Conclusão: não foi possível encontrar biomarcadores de IHQ que possam predizer com segurança o prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Porém, verificou-se que a hipoexpressão de RECK e a hiperxpressão de Ciclina D1, ALDH1A1 e Cerb-2 estão correlacionadas com as menores taxas de SLD em pacientes jovens, sendo promissora e necessária a iniciativa de se aprofundarem os estudos de base porAntecedentes: o carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) é a neoplasia maligna mais frequente na região de cabeça e pescoço. Ao longo dos últimos anos, observou-se um aumento da incidência dessa neoplasia em pacientes jovens (≤40 anos), com controvérsias a respeito do prognóstico em relação aos pacientes com mais de 40 anos. Tradicionalmente, para se estabelecer o prognóstico dessas lesões, são correlacionados dados clínicos e histopatológicos, além do crescente uso de biomarcadores da carcinogênese pelo método da imuno-histoquímica (IHQ) que possuem relação com características biológicas das neoplasias e podem predizer o seu prognóstico. Objetivo: avaliar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, marcadores de IHQ para determinar o prognóstico em adultos jovens portadores de CCEB em boca. Fontes de dados: Pubmed, Web of Science, Scopus, Embase, Lilacs e Proquest. Métodos de avaliação: a busca por Estudos retrospectivos, longitudinais, de coorte e casos controle totalizou 11.798 artigos. Após a remoção de duplicatas, seleção por títulos e resumos, contatos com autores e seleção por meio das referências, houve, como resultado, quatro artigos que foram selecionados, buscando-se apenas os que apresentavam estratificação por idade dividida em dois grupos, com jovens ≤40 anos e grupo controle >40 anos, selecionando-se apenas CCEB em boca, restrito às línguas inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados: Foram encontrados resultados positivos para a utilização das proteínas RECK, Ciclina D1, EGFR, ALDH1A1 e CYP1B para se determinar prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Entretanto não foi possível considerar nenhum desses marcadores de IHQ como um fator prognóstico independente. A maior limitação desse estudo foi encontrar trabalhos com padronização de idade, divisão por grupos e registro dos desfechos, correlacionando com a expressão dessas proteínas em IHQ, sendo necessários mais estudos primários que busquem atender essa demanda, para que seja possível descobrir a real aplicabilidade desses biomarcadores e se eles podem servir como referência para se estabelecerem planos de tratamento mais precisos. Conclusão: não foi possível encontrar biomarcadores de IHQ que possam predizer com segurança o prognóstico do CCEB em pacientes jovens. Porém, verificou-se que a hipoexpressão de RECK e a hiperxpressão de Ciclina D1, ALDH1A1 e Cerb-2 estão correlacionadas com as menores taxas de SLD em pacientes jovens, sendo promissora e necessária a iniciativa de se aprofundarem os estudos de base por meio de medotologias padronizadas para validar se a IHQ pode ser uma ferramenta útil para se estabelecer o prognóstico do CCEB em pacientes adultos jovens.

Resumo (inglês)

Background: oral squamous cell carcinoma (OSCC) is the most frequent malignant neoplasm in head and neck region. Over the past few years, there has been an increase in the incidence of this neoplasm in young patients (≤ 40 years), with controversies regarding the prognostic between them and the patients over 40 years old. Traditionally, to establish the prognosis, there are several clinical and histopathological factors, and more recently, we have the increase of the biomarkers use by immunohistochemistry (IHC). That are related to the biological characteristics of neoplasms and can predict their prognosis. Objective: evaluate through a systematic review of the literature if ther any biomarkers for IHC that can determine the prognosis in young dults with OSCC in the mouth. Data sources: Pubmed, Web of Science, Scopus, Embase, Lilacs and Proquest. Evaluation methods: retrospective papers, longitudinal, cohort and case-control studies totaled 11798 articles. After removing duplicates, sorting by title and abstracts, contacting authors, and selecting through references a total of 4 articles were considered elegible for data extraction, only when patients were stratified by age into 2 groups, with young people ≤40 years old and a control group >40 years old, restricted to OSCC, restricted to English, Portuguese and Spanish languages. Results: Positive results were found in RECK, Cyclin D1, EGFR, ALDH1A1 and CYP1B use to determine the prediction of OSCC in young patients. However, none of them were considered an independent factor of prognosis. The biggest limitation of this study was e lack of studies with an appropriate stratification method with division by age groups and correlating with protein expression. More primary studies are needed to solve this demand, in order to discover the applicability of these markers as a safe way to establish more accurate treatment. Conclusion: It was not possible to find IHC biomarkers that can reliably predict the prognosis of SCC in young patients. However, it was found that the underexpression of RECK and the overexpression of Cyclin D1, ALDH1A1 and Cerb-2 are correlated with lower rates of DFS in young patients. The initiative to deepen the baseline studies through standardized methodologies is promising and necessary to validate whether the IHC may be a useful tool to establish the prognosis of OSCC in young adult patients.

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Português

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