O impacto do assoalho pélvico sobre a função sexual em mulheres na pós-menopausa

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Data

2019-02-18

Orientador

Nahas, Eliana Aguiar Petri
Pessoa, Eduardo Carvalho

Coorientador

Pós-graduação

Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Objetivo: Avaliar a associação entre a força dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e a função sexual em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Realizou-se estudo de corte transversal com 156 mulheres, idade entre 45-65 anos, sexualmente ativas, em amenorreia >12 meses e sem alterações do assoalho pélvico. A função sexual foi avaliada por questionário validado, o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI), em que escore total ≤26.5 indica disfunção sexual. A força dos MAP foi avaliada por meio da palpação vaginal bidigital, graduada 0 a 5 pela escala de Oxford, categorizados em não funcional (escores 0–1, sem contração dos MAP) e funcional (escores 2–5, com contração dos MAP). A biometria dos MAP foi realizada por ultrassom transperineal tridimensional (3D) (Voluson E6, GE) para avaliação da área total do hiato urogenital e diâmetros anteroposterior e transverso, e espessura do músculo levantador do ânus. Resultados: As participantes foram divididas de acordo com a força dos MAP, em funcional (n=93) e não funcional (n=63). Não houve diferenças entre os grupos quanto a idade, tempo de menopausa, paridade e tipo de parto e índice de massa corpórea (IMC). Foi observado maior percentual de usuárias de terapia hormonal (TH) no grupo com MAP funcional (36.6%) quando comparadas ao não funcional (12.7%) (p=0.002). Na comparação da biometria dos MAP não foram constatadas diferenças entre os grupos (p>0,05). Observou-se que as mulheres com MAP não funcional apresentaram piora na função sexual apenas no domínio desejo do FSFI (p=0.048). Foi observada fraca correlação positiva significativa entre a força dos MAP com os domínios desejo (r= 0.35, p=0.009) e dor (r=0.25, p=0.021) da função sexual. Na análise de risco, ajustado para idade, tempo de menopausa, paridade e IMC, foi observado que mulheres não usuárias de TH apresentaram risco 2.7 vezes maior para disfunção sexual (OR=2.73; IC 95% 1.11 – 6.7, p=0.029) quando comparadas as não usuárias de TH. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa com disfunção dos MAP apresentaram piora na função sexual em relação ao domínio desejo e dor quando comparadas a mulheres com MAP funcionais.

Resumo (inglês)

Objective: To evaluate the association between pelvic floor muscles (PFM) strength and sexual function in postmenopausal women. Methods: An analytical cross sectional study was conducted with 226 women, aged 45-65 years, sexually active, in amenorrhea >12 months and without pelvic floor disorders or urinary incontinence. For the evaluation of sexual function, the Female Sexual Function Index (FSFI) was used (total score ≤26.5 indicates sexual dysfunction). PFM strength was assessed by bidigital vaginal palpation, graded 0 to 5 by the Modified Oxford scale, categorized as non-functional (scores 0-1, without contraction) and functional (scores 2-5, with contraction). Transperineal 3-dimensional ultrasound (Voluson E6, GE) was used to evaluate the total urogenital hiatus area, transverse and anteroposterior diameters and levator ani muscle thickness. Results: Participants were categorized as functional PFM (n=143) and nonfunctional PFM (n = 83). There were no differences between the groups in age, time since menopause, parity and type of delivery, body mass index (BMI) and waist circumference. A higher percentage of hormone therapy (HT) users was observed in the group with functional MAP (39.2%) when compared to nonfunctional (24.1%) (p=0.043). The women classified as functional PFM presented greater thickness of levator ani muscle when compared to those classified as nonfunctional (p=0.049). Women with nonfunctional PFM had worsening of sexual function in relation to the domains: desire (p =0.005), arousal (p = 0.001), orgasm (p = 0.006) and total score FSFI (0.006) when compared to functional PFM group. Significant weak and positive correlation was observed between the strength of the PFM with the desire (r= 0.25, p = 0.009) and pain (r= 0.20, p = 0.021) domains of sexual function. There was weak and positive correlation between the strength of the PFM with the domains: desire (r=0.35, p=0.0003), arousal (r=0.21, p=0.013), orgasm (r=0.23, p=0.033) and the score total FSFI (r=0.28, p=0.004) (p<0.05). Ultrasonographic levator ani muscle thickness presented a weak positive correlation with PFM strength (r=0.21, p=0.046) and with the arousal domain (r=0.23, p=0.044). In the risk analysis, adjusted for age, time since menopause, parity and BMI, it was observed that women who used menopausal hormone therapy (OR = 0.26, 95% CI 0.11-0.60, p = 0.002) and those with higher levator ani muscle thickness (OR = 0.85, 95% CI 0.73-0.98, p = 0.025) presented lower risk for sexual dysfunction. Conclusion: Postmenopausal women with PFM dysfunction presented worsening of sexual function when compared to women with functional PFM.

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Português

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