Acesso à atenção primária à saúde: a experiência do acolhimento por equipe em São Bernardo do Campo

dc.contributor.advisorCastanheira, Elen Rose Lodeiro [UNESP]
dc.contributor.advisorParenti, Luciana Cristina [UNESP]
dc.contributor.authorCamargo, Diângeli Soares
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2019-08-07T16:35:19Z
dc.date.available2019-08-07T16:35:19Z
dc.date.issued2019-05-03
dc.description.abstractIntrodução: A temática do acesso vem ocupando espaço crescente nos debates da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, tendo diversos municípios e serviços isolados investido em novas modelagem de organização da demanda nos últimos anos. A operacionalização destas iniciativas e suas repercussões no processo de trabalho dos serviços e na qualidade do cuidado prestado ainda carecem de investigação. Objetivos: Descrever a implantação do Acolhimento por Equipe (AE), dispositivo de acesso idealizado e desenvolvido no município de São Bernardo do Campo-SP, bem como analisar as suas repercussões no processo de trabalho, ampliação do acesso e qualidade do cuidado prestado à população, segundo a perspectiva dos trabalhadores. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo de caso qualitativo. A coleta de dados se deu a partir de doze entrevistas semiestruturadas realizadas em fevereiro de 2018. Foram eleitos como sujeitos da pesquisa os profissionais de nível superior que se encontravam vinculados às duas equipes pioneiras na implantação do AE. Estes sujeitos foram divididos em dois núcleos: um, aqui denominado ‘núcleo fundador’, que compreendia os profissionais que atuavam nas equipes em 2014 e outro, aqui chamado de ‘núcleo contemporâneo’, que compreendia os profissionais que atuavam nas equipes em 2018. Os dados foram tratados a partir dos referenciais teóricos da análise de conteúdo, de Laurence Bardin (2004) e do método hermenêutico-dialético, de Minayo (1994). Do tratamento de dados emergiram três categorias de análise: “o trabalhador como sujeito”, “a APS em disputa” e “o acesso na efetivação do direito à saúde”. Resultados e Discussão: Dos doze sujeitos entrevistados, seis compunham o núcleo fundador, dos quais três eram médicos, dois enfermeiros e um psicólogo e seis compunham núcleo contemporâneo, dos quais três eram médicos, dois enfermeiros e um fisioterapeuta. Dentre as principais características de ambos os grupos encontra-se a formação especifica em APS, através de especializações lato senso em saúde da família e residência médica em Medicina de Família e Comunidade (MFC) ou multiprofissional. Verifica-se na narrativa dos diferentes sujeitos que o AE foi fruto de uma ação protagônica dos trabalhadores das equipes, favorecida pela indução do nascente programa de residencia médica em MFC e por uma gestão de tipo matricial e permeável à mudança (Campos, 1998). Destaca-se entre as principais tensões que permearam o processo de implantação, as resistências à gestão das agendas por parte das equipes, a crítica à oferta de atendimentos no mesmo como prática definidora dos serviços de urgência e emergência e o receio em perder a continuidade do cuidado dos grupos tidos como prioritários pela restrição ao agendamento de longo prazo. De modo geral, os sujeitos expressam que o AE parece favorecer o cuidado, inclusive dos grupos prioritários, por tornar as agendas dos trabalhadores permeável a situações clinicas mais diversas e em momento mais oportuno para o usuário. No que se refere ao trabalho em equipe, o AE parece ter contribuído para com a valorização do trabalho da enfermagem e no distensionamento do trabalho do agente comunitário de saúde, pela ampliação da capacidade de resposta da equipe na gestão dos seus próprios recursos. Quando a ampliação do acesso, o AE apresentou seus melhores resultados na redução do tempo de espera para consultas e na abertura do serviço a sujeitos que não se encaixavam nas antigas agendas programáticas a perder de vista. Dentre os principais problemas do AE são citados o tempo de espera para atendimento no mesmo dia (ciclo de tempo) e a exposição dos trabalhadores à elevada carga de atendimentos, como fator de risco para síndrome do brunout. Conclusão: O AE é um dispositivo de acesso com características intermediárias entre o modelo carve-out e o acesso avançado (Murray, 2009). Seu principal resultado parece ser a redução significativa do tempo de espera para consultas. Parece também facilitar o dialogo entre a equipe, favorecendo a atuação de campo, bem como valorizar o papel da enfermagem e potencializar o trabalho dos agentes comunitários de saúde. Permanece com principal limitação do AE o ciclo de tempo do usuário no serviço. A associação entre as diferentes formas de organizar a demanda e a ocorrência de burnout nos trabalhadores ainda carece de mais estudos.pt
dc.description.abstractIntroduction: The access’ theme has been taking hold in debates about Primary Health Care's (APS - Atenção Primária à Saúde) in Brazil having several municipalities and specific services entrusted on new demand’s organization model in the last years. The operationalization of these initiatives and its repercussions at the work process and care quality provided are still in need for further investigation. Objectives: To describe the implementation of teamwork reception (AE - Acolhimento por Equipe) process - which has been created and developed in São Bernardo do Campo-SP - as well as analysing how they impact at the working process, the access expansion and the care quality service provided to the population through employees perspective. Methodology: A qualitative case study were developed. The data collection were through twelve semi-structured interviews made in February 2018. As a research subject it was chose graduated professionals that were linked to the two pioneer teams at AE implementation. These subjects were divided into two cores: one, as here presented as founder core which include professionals that worked on those teams in 2014 and other, here presented as “contemporary core” which include professionals that worked on those teams in 2018. The datas were analyzed by content's theoretical reference from Laurence Bardin (2004) and by hermeneutic-dialectic methodology by Minayo (1994). Datas' emerged three categories of analyzes: "the employer as a subject", "APS as matter in dispute", and "the user's access as a Right to Health". Results and Discussion: From twelve subjects interviewed, six were part of the founder core whom three were doctors, two nurses and one psychologist; And six were part of the contemporary core whom three were doctors, two nurses and one physiotherapist. Among the main characteristics from those cores there’s a specific graduation on APS through lato sensu graduate studies in Family Health and Medical Residency on Community and Family Medicine (MFC - Medicina de Família e Comunidade) or multiprofessional. The subjects different narratives ensures that AE was the key to the protagonist action of the teams workers favoured by the new medical residency program at MFC and by a susceptible changing and matrix type of management (Campos, 1998). It stands-out among the main concerns that surrounds the implementation process: the team’s resistance to schedule management; the criticism over attendance as defining practice of urgency and emergency services; and the concern on losing the continuity of care from groups that are considered a priority by its restriction to a long term scheduling. In general, subjects expresses that AE seems to favoured the care moreover to the priority group for turning the employees schedule susceptible to different clinical situations and the best timing to the users. Regarding teamwork, AE seems to have helped the nurses appreciation working process and the sizing on community health agent work through the team expansion of the response capacity in the management of their own resources. As access expansion, AE presents its best results on reducing waiting time for medical attendance and for opening services to subjects that weren't fit at the old and longterm programmatic scheduling. Among AE’s main problems are: waiting time for walkin attendance (cycle of time) and employee’s exposure to hard working schedule as a risk factor for burnout syndrome.Conclusion: The AE is an access process with intermediate characteristics between carve-out model and as advanced system care (Murray, 2009). The main result seems to be significative reduction of waiting time for medical attendance. It also seems to provide dialog among the team favouring field action as well as to appreciate nurses role and to potencialize health community agent’s work. It remains as the main limitation to AE the user’s cycle of time. The relation between different forms of organizing the demand and the employees burnout occurrence are still in need for further studies.pt
dc.identifier.aleph000919136
dc.identifier.capes33004064088P4
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/183145
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso aberto
dc.subjectAcesso aos serviços de saúdept
dc.subjectAtenção Primária à Saúdept
dc.subjectintegralidade em saúdept
dc.subjecthealth services accessibilityen
dc.subjectPrimary Health Careen
dc.subjectfamily practiceen
dc.subjectfamily healthen
dc.titleAcesso à atenção primária à saúde: a experiência do acolhimento por equipe em São Bernardo do Campopt
dc.title.alternativeAccess to primary health care: the experience of teamwork reception in São Bernardo do Campoen
dc.typeDissertação de mestrado
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Medicina, Botucatupt
unesp.embargoOnlinept
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramMedicina (mestrado profissional) - FMBpt
unesp.knowledgeAreaSaúde públicapt
unesp.researchAreaAtenção à Saúde, acesso e qualidade na atenção básicapt

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