O papel do balanço hídrico no prognóstico de pacientes com COVID-19 e injúria renal aguda grave

dc.contributor.advisorPonce, Daniela [UNESP]
dc.contributor.authorYokota, Laís Gabriela [UNESP]
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2023-08-28T17:46:07Z
dc.date.available2023-08-28T17:46:07Z
dc.date.issued2023-08-02
dc.description.abstractIntrodução: O balanço hídrico (BH) foi um fator identificado em vários estudos como variável independente para óbito em pacientes com Injúria Renal Aguda (IRA) em unidade de terapia intensiva (UTI). São escassos os estudos que avaliam a relação entre a sobrecarga de fluidos e a mortalidade na população com COVID-19 e IRA graves. Objetivos: Investigar, dentre outras variáveis, a associ-ação entre BH/Fluid Overload (FO) e mortalidade nos pacientes COVID-19 e IRA grave internados em UTIs do HC-FMB. Pacientes e Método: Estudo retrospectivo e prospectivo observacional do tipo coorte incluindo pacientes admitidos com diagnós-tico de COVID-19 e IRA grave em UTIs do HC-FMB (UNESP) de 01 de abril de 2020 a 01 de julho de 2021. Foram excluídos os pacientes sem controle de diurese ou pelo menos dois exames de creatinina durante a internação, pacientes com doença renal crônica (DRC) avançada (ClCr < 30), transplantados, gestantes e menores de 18 anos. Foram coletados dados demográficos, clínicos e laboratoriais durante a in-ternação. O diagnóstico de IRA foi realizado de acordo com os critérios do KDIGO 2012. Tanto o BH quanto o FO foram calculados levando-se em conta os perío-dos: internação total em UTI, admissão até início de suporte renal agudo (SRA) e início até o 14.o dia de internação em UTI, de IRA e de SRA. Assim, por ter sido calculado em períodos, o balanço hídrico foi denominado acumulado (BHA). Não foram consideradas as perdas insensíveis. Foi então estabelecido como variável dependente a ocorrência de óbito. Foi utilizado o Teste do Qui-Quadrado para comparação de variáveis cate-góricas e o Teste t de Student ou Mann Whitney para a comparação de variáveis contínuas, de acordo com a distribuição de normalidade. Foi considerado p≤0,05. É apresentada curva ROC com melhor valor de cut-off para BH e FO associados a mortalidade. Após, foi realizada a análise multivariada de regressão logística com cálculos de Odds Ratio (OR), sendo incluídas no modelo as variáveis não colinea-res que mostraram associação com o desfecho, com p≤0,05. Resultados: A maio-ria dos pacientes internados com COVID-19 e IRA grave era idosa, do sexo masculi-no e de etnia branca. As comorbidades mais frequentes foram hipertensão, obesida-de e diabetes. A IRA KDIGO 3 foi a mais frequente, seguida de DRC + IRA sobreposta, IRA KDIGO 2 e, por último, 1. A modalidade de hemodiálise mais utilizada foi a convencional inter-mitente seguida da prolongada e, então, contínua. A mortalidade foi de 83,9% e 67,3% dos pacientes apresentaram tempestade de citocinas. Os valores de BH e FO foram elevados e aumentaram no decorrer da internação. Houve diferença entre os pacientes que evoluíram a óbito e os sobreviventes quanto a idade, tempo de internação hospita-lar, de UTI, de VM e entre internação hospitalar e início de SRA; relações PaO2/FiO2, creatinina basal, scores prognósticos, presença de tempestade de cito-cinas, modalidade de SRA, uso bloqueadores neuromusculares, iECA/BRA e de corticoide; bem como maiores BHA e FO em diversos momentos da internação. O melhor valor de cut-off correlacionado ao óbito na curva ROC foi de 7993,50ml para BHA e 10,38% para FO, do diagnóstico ao D14 de IRA. À regressão logística, man-tiveram-se associados ao óbito: a creatinina basal, relação PaO2 / FiO2 no início do SRA, score APACHE, BHA e FO do diagnóstico ao D14 de IRA. Conclusão: A mor-talidade de pacientes críticos com COVID e IRA graves é elevada, o BHA e FO au-mentaram no decorrer do tempo e foram variáveis associadas ao óbito: creatinina basal, relação PaO2 / FiO2 no início do SRA, score APACHE, BHA e FO do diagnós-tico ao D14 de IRA. O melhor valor de cut-off correlacionado ao óbito foi de 7993,50ml para BHA e 10,38% para FO, do diagnóstico ao D14 de IRA.pt
dc.description.abstractABSTRACT Introduction: Fluid balance (FB) is an independent variable for mortality in patients with Acute Kidney Injury (AKI) at intensive care units (ICUs). Only few studies evaluated the relationship between fluid overload and mortality in the severe COVID-19 and AKI population. Objectives: Investigate, among other variables, the association between FB/Fluid Overload (FO) and mortality in the severe COVID-19 and AKI patients admitted to HC-FMB’s ICUs. Patients and Method: Retrospective and prospective observational cohort study including patients diagnosed with COVID-19 and severe AKI admitted to Botucatu School of Medicine’s ICUs from April 1, 2020 to July 1, 2021. Patients without diuresis control or at least two creatinine tests during hospitalization, patients with advanced chronic kidney disease (CKD), transplant recipientes, pregnant women and those younger than 18 years old were excluded from this study. Demographic, clinical and laboratory data were collected during hospitalization. The diagnosis of AKI was performed according to the KDIGO 2012 criteria. FO was calculated taking into account the periods of: total stay in the ICU, admission until the beginning of acute kidney replacement therapy (AKRT) and beginning up to the 14th day of ICU stay, AKI and AKRT. As it was calculated considering periods of time, FB was denominated accumulated fluid balance (AFB). Insensitive losses were not considered. The occurrence of death was then established as the dependent variable. Chi-Square test was used to compare categorical variables and Student's t test or Mann Whitney test was used to compare continuous variables, according to normality’s distribution. In all tests, differences were considered significant if p≤0,05. ROC curve presents best cut-off value for AFB e FO associated with mortality. Afterwards, multivariate logistic regression analysis was performed with Odds Ratio (OR) calculations, including non collinear variables that showed association with outcome, considering p≤0.05. Results: Most hospitalized patients with COVID-19 and severe AKI were elderly, male and of white. The most frequent comorbidities were hypertension, obesity and diabetes. KDIGO 3 AKI was most frequent, followed by CKD + AKI, KDIGO 2 and KDIGO 1. Conventional hemodialysis was most common, followed by prolonged intermittent therapy and continuous therapy. Mortality was 83,9% and 67,3% of patients presented cytokine storm. AFB and FO values were high and increased during hospitalization. There was significant difference between patients who died and those who survived in terms of age, length of hospital stay, ICU stay, MV duration, time between hospitalization and AKRT; PaO2/FiO2 ratios, baseline creatinine, prognostic scores, AKRT modality, use of neuromuscular blockers, ACEI/ARBs and corticosteroids; AFB and FO in several moments. The best cut-off value associated with death in the ROC analysis was 7993,50ml for AFB and 10,38% for FO. In the logistic regression, the following factors remained associated with death: PaO2/FiO2 ratios, baseline creatinine, APACHE score, AFB and FO from diagnosis up until 14th day post AKI. Conclusion: The mortality of critically ill patients with COVID and severe AKI is high, AFB and FO increased overtime and the following variables were associated with death: PaO2/FiO2 ratios, baseline creatinine, APACHE score, AFB and FO from diagnosis up until 14th day post AKI. The best cut-off value associated with death was 7993,50ml for AFB and 10,38% for FO.en
dc.identifier.capes33004064088P4
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/250498
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso restrito
dc.subjectInjúria renal agudapt
dc.subjectCovid-19pt
dc.subjectUTIpt
dc.subjectICUpt
dc.subjectBalanço hídricopt
dc.subjectSuporte renal agudopt
dc.subjectFluid overloaden
dc.subjectAcute kidney injuryen
dc.subjectFluid balanceen
dc.subjectAcute kidney replacement therapyen
dc.titleO papel do balanço hídrico no prognóstico de pacientes com COVID-19 e injúria renal aguda gravept
dc.title.alternativeFluid balance's role in the prognosis of patients with COVID-19 and severe acute kidney injuryen
dc.title.alternativeEl papel del equilibrio de líquidos en el pronóstico de pacientes con COVID-19 y lesión renal aguda gravees
dc.typeDissertação de mestrado
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Medicina, Botucatupt
unesp.embargo12 meses após a data da defesapt
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramMedicina (mestrado profissional) - FMBpt
unesp.knowledgeAreaEpidemiologia clinicapt
unesp.researchAreaNão constapt

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
yokota_lg_me_bot_par.pdf
Tamanho:
1.22 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
yokota_lg_me_bot_int.pdf
Tamanho:
2.06 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.99 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: