Aspectos da microbiota vaginal relacionados à resposta inflamatória local e infecção pelo papilomavírus humano

dc.contributor.advisorMarconi, Camila [UNESP]
dc.contributor.advisorSilva, Márcia Guimarães da [UNESP]
dc.contributor.authorNovak, Juliano
dc.contributor.institutionUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2023-04-19T13:21:49Z
dc.date.available2023-04-19T13:21:49Z
dc.date.issued2023-04-11
dc.description.abstractA microbiota vaginal normal é composta por espécies de Lactobacillus que, principalmente devido a capacidade de produção de ácido lático, conferem um ambiente protetor contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo pelo papilomavírus humano (HPV), que é a IST mais prevalente mundialmente. Quando há substituição de Lactobacillus spp. por espécies anaeróbias e facultativas como Gardnerella vaginalis, Fannyhessea vaginae, Prevotella spp. entre outras, tem-se uma condição conhecida como vaginose bacteriana (VB). A microbiota vaginal pode ser classificada molecularmente, de acordo com o perfil dos genes bacterianos codificantes do RNA ribossômico 16S em cinco tipos de comunidades bacterinas (CSTs, do inglês community-state types) após sequenciamento. Em quatro CSTs, observa-se o predomínio de Lactobacillus spp., sendo: L. crispatus a espécie dominante na CST I, L. gasseri na CST II, L. iners na CST III e L. jensenii na CST V. Na CST IV, observa-se a depleção de Lactobacillus, acompanhada por uma microbiota diversa, com abundância de espécies anaeróbias e facultativas, compreendendo a maioria dos casos de VB. Na VB, observa-se o aumento dos níveis cérvico-vaginais de citocinas inflamatórias e de produtos bacterianos, como as sialidases. Tais alterações nos componentes cérvico-vaginais reduzem a capacidade de proteção da barreira física e imunológica local. Portanto, alinhado ao objetivo de correlacionar os parâmetros da microbiota vaginal e os níveis de citocinas no ambiente cérvico-vaginal nas diferentes CSTs vaginais, foi verificado que, em geral, a CST II apresenta um perfil distinto de correlações, principalmente entre carga bacteriana e citocinas, quando comparado às outras CSTs dominadas por Lactobacillus (CST I e CST III). Embora os mecanismos pelos quais a VB contribua para a aquisição e persistência de ISTs não sejam completamente elucidados, acredita-se que o aumento das sialidases bacterianas locais esteja envolvido. Neste sentido, objetivou-se comparar as cargas do gene nanH3 que codifica a sialidase de Gardnerella spp. no fluido cérvico-vaginal de mulheres com persistência da infecção pelo HPV de alto risco oncogênico (hrHPV, do inglês high-oncogenic risk HPV) e aquelas que eliminaram a infecção (clearance) após 12 meses. Observou-se que, embora não haja diferença na carga de nanH3 entre os grupos com persistência e clearance de hrHPV, quando considerado apenas o genótipo HPV16, a carga de nanH3 é significativamente maior em mulheres com a persistência viral. Portanto, a classificação molecular da microbiota vaginal e a correlação dos parâmetros microbiológicos com citocinas permitem o melhor entendimento nos mecanismos envolvidos na relação entre a microbiota vaginal e a maior vulnerabilidade às ISTs. Além disso, a identificação de fatores de virulência bacterianos, como as sialidases, produzidos por componentes da microbiota vaginal alterada poderá contribuir para a identificação de preditores da microbiota associados à persistência de ISTs, como o HPV e as lesões HPV-induzidas.pt
dc.description.abstractThe normal vaginal microbiota is dominated by Lactobacillus spp. that, mainly due the capacity lactic acid production, provide an acidified and protective environment against changes in the microbiota and the acquisition of sexually transmitted infections (STIs). The shift of Lactobacillus spp. by anaerobic and facultative species such as Gardnerella vaginalis, Fannyhessea vaginae, Prevotella sp. among others, leads to a condition known as bacterial vaginosis (BV). Molecularly, the vaginal microbiota may be classified into five community-state type (CST) by sequencing the bacterial 16S rRNA gene. In four CSTs is observed predominance of Lactobacillus sp.: L. crispatus (CST I), L. gasseri (CST II), L. iners (CST III) and L. jensenii (CST V), while CST IV is classified as a diverse microbiota, with an abundance of anaerobic and facultative anaerobic species, comprising most cases of BV. In BV, there is an increase in cervicovaginal levels of inflammatory cytokines and bacterial products, such as sialidases. Such alterations in the cervicovaginal components reduce the protective capacity of the local physical and immunological barrier. Therefore, in line with the objective of correlating the parameters of the vaginal microbiota and the levels of cytokines in the cervicovaginal environment in the different CSTs, it was verified that, in general, CST II presents a distinct profile of correlations, mainly between bacterial load and cytokines, when compared to the CST I and III, both dominated by Lactobacillus spp. Although the mechanisms by which BV contributes to the acquisition and persistence of STIs are not fully elucidated, it is believed that the increase in sialidase production are involved. In this sense, it was aimed comparing the loads of the Gardnerella sialidase encoding-gene (nanH3) in the cervicovaginal fluid of women with persistent infection by high-risk oncogenic HPV (hrHPV) and those who cleared the infection after 12 months. It was observed no difference in the load of nanH3 between the clearance and persistence groups when considering infection by all hrHPV genotypes, however, the nanH3 loads is significantly higher in women with HPV16 persistent infection. Therefore, the molecular classification of the vaginal microbiota and their correlation with cytokines allow a better understanding the mechanisms involved in the relationship between the vaginal microbiota and greater vulnerability to STIs. Furthermore, the identification of bacterial virulence factors, such as sialidases, produced by components of the disturbed vaginal microbiota may contribute to the identification of microbiota predictors associated with the persistence of STIs, such as HPV and HPV-induced lesions.en
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
dc.description.sponsorshipIdCNPq: 141113/2019-7
dc.identifier.capes33004064056P5
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11449/243036
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.rights.accessRightsAcesso restrito
dc.subjectMicrobiota vaginalpt
dc.subjectCitocinaspt
dc.subjectSialidasespt
dc.subjectInfecções sexualmente transmissíveispt
dc.subjectPapilomavírus humanopt
dc.subjectVaginose bacterianapt
dc.subjectVaginal microbiotapt
dc.subjectCytokinesen
dc.subjectSialidaseen
dc.subjectSexually transmitted infectionsen
dc.subjectHuman papillomavirusen
dc.titleAspectos da microbiota vaginal relacionados à resposta inflamatória local e infecção pelo papilomavírus humanopt
dc.title.alternativeVaginal microbiota aspects related to the local inflammatory response and human papillomavirus infectionen
dc.typeTese de doutorado
unesp.campusUniversidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Medicina, Botucatupt
unesp.embargo12 meses após a data da defesapt
unesp.examinationboard.typeBanca públicapt
unesp.graduateProgramPatologia - FMBpt
unesp.knowledgeAreaPatologiapt
unesp.researchAreaImunopatologiapt

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
novak_j_dr_bot_par.pdf
Tamanho:
341.47 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
novak_j_dr_bot_int.pdf
Tamanho:
2 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
3 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: