Botucatu - FMVZ - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/253950
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ItemDissertação de mestrado Dimorfismo sexual e morfologia do sistema reprodutor masculino e feminino de ouriço-cacheiro (Coendou spp.)(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-21) Abonizio, Amanda Gabriela ; Filadelpho, André Luis ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)A morfologia de animais silvestres tem sido objeto de muita pesquisa, com foco no sistema reprodutor e na região pélvica como ferramentas importantes. No entanto, poucos trabalhos descrevem os aspectos específicos da anatomia reprodutiva em espécies silvestres, e a compreensão do sistema reprodutor desta espécie ainda é limitada. O presente estudo teve como objetivo identificar, diferenciar e comparar informações sobre as bases anatômicas e morfológicas macroscópicas, e de imagenologia encontradas, sobre o sistema reprodutor feminino e masculino de ouriço-cacheiro (Coendou spp.), em comparação com outras espécies de roedores anteriormente estudadas. Foram utilizados 5 machos e 5 fêmeas de ouriço-cacheiro, já em óbito, provenientes de zoológicos e parques. Os espécimes foram submetidos as técnicas de dissecção, para análise macroscópica do sistema reprodutor, onde também foram realizados exames de imagem, como a tomografia computadorizada, para obter informações adicionais sobre a anatomia reprodutiva. Os resultados revelaram características únicas do sistema reprodutor de ouriço-cacheiro em comparação com outras espécies de roedores. As fêmeas apresentaram um útero bicorno, com dois cornos uterinos separados, enquanto os machos possuíam testículos intra-abdominais e um epidídimo longo e sinuoso. A comparação com outras espécies de roedores mostrou semelhanças e diferenças na anatomia reprodutiva, cujos resultados contribuem para a compreensão da anatomia reprodutiva do ouriço-cacheiro e fornecem informações valiosas para estudos futuros sobre a reprodução e o comportamento reprodutivo desta espécie. Além disso, o estudo pode auxiliar no desenvolvimento de técnicas de manejo reprodutivo e conservação do ouriço-cacheiro.ItemDissertação de mestrado Pontos de acupuntura para reanimação cardiopulmonar em cães neonatos após cesariana(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-10-01) Knupp, Fabiola Cardoso ; Lourenço, Maria Lucia Gomes ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)O objetivo desse estudo foi avaliar a efetividade de pontos de acupuntura em cães neonatos oriundos de cesariana durante a reanimação ao nascimento. Foram avaliados 60 animais, sendo 20 neonatos em cada grupo: ponto Vaso Governador 26 (GVG26), ponto Rim 1 (GR1) e grupo controle (GC). Os momentos de análise foram: Momento 1 (M1) caso apresentassem apneicos, bradipneicos, dispneicos ou bradicárdicos; M2, após estimulação com os pontos de acupuntura e M3 após 10 minutos da última avaliação. Nos animais do GC, foi realizado apenas manobras iniciais convencionais de reanimação, ou ainda, se necessário, manobras avançadas de reanimação, usados também nos animais dos grupos de pontos de acupuntura caso não demonstrassem melhora clínica em 30 segundos. No momento do nascimento (M1), as médias da FC do GVG26, GR1 e GC foram 142,3, 143,15 e 164,8, respectivamente. No M2 as médias foram 206,85, 193,7, e 190,85, com diferença significativa entre o M1 e M2 nos grupos (P<0,05). As médias da FR no M1 foram 16,3, 19,6 e 31,7 com diferenças significativas entre M1 e M2 (P<0,05). As médias da pontuação e Apgar em M1 e M3 nos grupos GVG26, GR1 e GC foram 3,3 ±1,45 e 6,75±1,02; 3,3±1,13 e 7,85±1,04; 2,8±1,01 e 7,8±0,83, respectivamente. Os acupontos avaliados são eficazes no procedimento de reanimação neonatal de cães no momento do nascimento, elevando a frequência cardíaca e respiratória, bem como a pontuação do escore de Apgar, demonstrando melhora clínica, estabilidade dos parâmetros cardiorrespiratórios e maior vitalidade neonatal.ItemDissertação de mestrado Molecular survey and characterization of selected viruses in wild Brazilian felids(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-25) Colpani, Michelle ; Catão-Dias, José Luiz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)O presente estudo objetivou pesquisar a presença de astrovírus, cardiovírus e rotavírus em felídeos não domésticos, mantidos sob cuidados humanos ou em vida livre, em múltiplos biomas brasileiros, incluindo Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e zonas de transição. Os vírus selecionados são amplamente distribuídos em humanos e mamíferos domésticos, com infecções sintomáticas ou não. São agentes altamente resistentes às condições ambientais, com potencial zoonótico, e que já foram previamente associados a mortalidades e surtos. Para pesquisa desses vírus, instituições foram contatadas para fornecimento de amostras biológicas (e.g., sangue total, swab oral, swab retal, tecidos), as quais foram congeladas a -80ºC até a extração do RNA. A detecção de astrovírus foi realizada via transcriptase reversa seguida de reação em cadeia polimerase (RT-PCR), com posterior sequenciamento genético. Cardiovírus e rotavírus foram ambos testados em RT-PCR em tempo real, também seguidos de sequenciamento genético. De todos os 50 animais avaliados, apenas um gato do mato pequeno do sul (L. guttulus) mantido sob cuidados humanos foi positivo para astrovírus, enquanto uma suçuarana (P. concolor) de vida livre atropelada foi positiva para Rotavirus A. Nenhum animal foi positivo para cardiovírus. Análises morfológicas de tecidos fixados em formalina foram realizadas para avaliar possíveis lesões decorrentes da infecção viral por rotavírus, com resultados inconclusivos devido à autólise do material. Considerando o caráter zoonótico dos vírus selecionados para estudo, os resultados deste trabalho, além de contribuírem para saúde pública no escopo de Saúde Única, auxiliarão na melhor compreensão das infecções virais que podem acometer felídeos selvagens.ItemDissertação de mestrado Considerações sobre os joelhos da Puma concolor (Linnaeus, 1771) e do Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-19) Cardoso, Eduardo Burgarelli Mayrink ; Rahal, Sheila Canevese ; Fabro, Alexandre Todorovic ; Silva, Jeana Pereira da ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)O objetivo do presente estudo foi avaliar as características dos joelhos de um felino selvagem de grande porte (Puma concolor) e outro de porte médio (Leopardus pardalis), por meio de diferentes exames de imagem e análise histológica. Com exceção de um puma que veio a óbito em um zoológico, todas as amostras foram obtidas de animais mortos atropelados em rodovias. Foram avaliados os membros pélvicos de oito Puma concolor, sendo duas jovens e seis adultas. Todos os joelhos foram submetidos à análise radiográfica simples e tomografia computadorizada (TC). A ressonância magnética (RM) foi efetuada nos joelhos de um animal com equipamento de 7 Tesla. Em todos os exames de imagem, foram detectados os quatro ossos sesamoides, ou seja, a patela, as fabelas medial e lateral, e o sesamoide do poplíteo. A mineralização do menisco foi identificada em três animais adultos e um jovem, posicionada intra-articular e no compartimento medial, confirmada histologicamente. Os ligamentos cruzados e meniscos foram identificados na TC, porém a RM permitiu uma melhor visualização. Para o Leopardus pardalis foram avaliados os joelhos pela TC de seis animais adultos. A mineralização do menisco medial não foi identificada. A presença de fabela medial foi visibilizada em apenas um animal. Nos planos sagital e dorsal, foram identificados a patela, a gordura infrapatelar caudal, os ligamentos cruzados cranial e caudal pouco definidos, a fabela lateral e o sesamoide do poplíteo. Conclui-se que os joelhos destes dois felinos neotropicais apresentam diferenças associadas aos sesamoides e a mineralização do menisco, a qual é mais provável de visualização na Puma concolor.ItemDissertação de mestrado Efeito do estresse térmico sobre embriões equinos produzidos in vivo durante simulação de transporte(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-10-10) Lopes, Giulia Vignoli Ribeiro ; Ignácio, Fernanda Saules ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)O aumento da temperatura global e seus extremos climáticos impactam na reprodução, bem como nos métodos de transporte de embriões. Este estudo objetivou avaliar efeito do estresse térmico (ET) sobre o embrião equino durante diferentes simulações de transporte. Os embriões foram coletados através de lavados uterinos 8 ou 9 dias após a ovulação, analisados (M0) quanto a sua morfologia e divididos em grupo controle (n= 7, avaliação imediatamente após colheita); 15ºC (n= 6, mantidos à 15ºC por 24h); 32ºC (n= 6, mantidos à 32ºC por 24h); 15ºC-ET (n= 6, mantidos à 15ºC por 24h e submetido a estufa á 50ºC por 2h); 32ºC-ET (n= 6, mantidos à 32ºC por 24h e submetido a estufa á 50ºC por 2h ) e ET (n= 7, submetido ao estresse térmico por 2h em estufa à 50ºC em criotubo). O acondicionamento dos embriões foi realizado em caixas isotérmicas (Botuflex®, Botupharma, Botucatu, SP) seguindo as descrições do fabricante nos grupos 15oC e 15oC-ET e, nos grupos 32oC e 32oC-ET, foram colocados dois gelos descartáveis mantidos em banho maria a 32oC por 48h. Os grupos submetidos ao ET ficaram 2h em estufa à 50ºC. Os embriões passaram por avaliação (M1) morfológica e estresse oxidativo (TBARS-ng/mL). Na análise estatística foi usado ANOVA e Kruskal-Wallis comparando os grupos, seguido por Tukey comparando as médias, para avaliação morfológica foi utilizado teste Wilcoxon e o modelo linear para estresse oxidativo à um nível de significância de 5%. O ET em estufa promoveu aumento da temperatura da caixa em 4h e 6h, e redução até 24h (grupos 15ºC-ET e 32ºC-ET). O grupo ET mostrou aumento (P<0,001) a partir dos 30 minutos e manteve acima de 41,2ºC durante as 2h. A taxa de crescimento o grupo 32ºC-ET foi maior que os grupos 15ºC, 15ºC-ET e ET; o grupo ET menor que o 15ºC, 32ºC e 32ºC-ET. Apenas o grupo ET diferiu (P=0,0006) o grau de qualidade do M0 (G1+) para o M1(G2-), e obteve resposta oxidativa (1627 ng/mL; P<0,0001) maior que todos os grupos. Os grupos controle (227 ng/mL), 32ºC (193,7 ng/mL) e 15ºC-ET (160,3 ng/mL) foram semelhantes quanto a resposta oxidativa, enquanto o grupo 15ºC (93,7 ng/mL) foi menor que os demais grupos. Considerando o grupo controle representativo da resposta oxidativa esperada para os embriões produzidos in vivo (D8/D9), o acondicionamento a 32oC se mostrou mais seguro quando não submetido a condições de temperaturas elevadas, justificado pela curva de temperatura homogênea e a taxa de crescimento embrionário. Porém, a refrigeração a 15oC pode ser mais adequada quando o sistema de acondicionamento for exposto às altas temperaturasItemDissertação de mestrado Investigação de Babesia, Hepatozoon e Ehrlichia em gambás (Didelphis sp.) de vida livre do Estado de São Paulo, Brasil(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-09-13) Ribeiro, Stephany Rocha ; Teixeira, Rodrigo Hidalgo Friciello ; Mota, Lígia Souza Lima Silveira da ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)Como resultado da crescente urbanização há um impacto negativo na fauna e na flora, resultando em desequilíbrios ecológicos que podem desencadear na transmissão de zoonoses. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de hemoparasitas em sangue de gambás de vida livre resgatados, além de avaliar o hemograma desses animais. Ao total, 115 amostras sanguíneas de gambás (Didelphis albiventris e Didelphis aurita) oriundos do Parque Zoológico Municipal "Quinzinho de Barros", em Sorocaba, Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres - CeMaCAS, em São Paulo e da Vigilância Ambiental em Saúde, de Botucatu foram analisadas investigando-se a presença de protozoários do gênero Babesia e Hepatozoon e bactérias do gênero Ehrlichia. A partir do material coletado foram realizados hemogramas afim de analisar os valores dos parâmetros hematológicos das duas espécies de hospedeiros, confecção de esfregaços sanguíneos para a procura dos patógenos empregando microscopia óptica, além da utilização de análises moleculares para pesquisa de fragmentos de DNA de Babesia spp., Hepatozoon spp. e Ehrlichia spp. utilizando-se pares de primers específicos para cada patógeno. Nenhuma das lâminas de esfregaço sanguíneo foi positiva para os protozoários pesquisados, porém em uma lâmina foi detectada a presença de mórulas sugestivas de Erhlichia spp. e a amostra era oriunda de D. albiventris do município de Sorocaba-SP. Como resultado da análise molecular, cinco (4,34%) amostras foram positivas para Babesia spp. e duas (1,73%) foram positivas para Ehrlichia spp., todas provenientes do município de Botucatu-SP. Nenhuma amostra foi positiva para protozoários do gênero Hepatozoon spp. Empregando ferramentas de bioinformática foi possível confirmar a positividade de Babesia sp. e Ehrlichia sp. Esses resultados ressaltam a importância de novos estudos para melhor compreensão da ocorrência e distribuição de diversos patógenos em populações de animais silvestres.ItemDissertação de mestrado Relação entre os valores leucocitários periféricos e a temperatura do casco no pós-operatório de celiotomia na síndrome cólica equina(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-09-13) Souza, Ana Paula Arruda ; Watanabe, Marcos Jun ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)A Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) associada à sepse está entre os principais parâmetros de determinação prognóstica na síndrome cólica e no período pós-operatório de celiotomia exploratória, podendo atuar significativamente no desencadeamento da laminite equina. A falência das lâminas do casco, decorrente da sepse, está fortemente associada à maior expressão de citocinas e à infiltração de leucócitos no tecido lamelar, o que pode ou não resultar em alterações nas contagens leucocitárias periféricas. Dado que o aumento da temperatura do estojo córneo é um dos indicativos de evolução para a fase aguda da laminite, ferramentas para a detecção precoce de variações sutis de temperatura, como a termografia, podem auxiliar no diagnóstico de degenerações lamelares que ainda estejam em fase de desenvolvimento ou nos quais o animal ainda não apresente sinais clínicos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar e comparar a resposta dos parâmetros do exame físico, do hemograma e das variações da temperatura do estojo córneo de equinos com cólica submetidos à celiotomia exploratória no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu-SP. Foram incluídos no estudo dez equinos, para os quais foram coletados os dados referentes ao histórico, anamnese, condutas pré-operatórias e achados transoperatórios. As avaliações físicas e laboratoriais foram realizadas imediatamente antes da indução anestésica (0h) e com 12, 24, 36, 48, 54, 60, 72, 84 e 96 h pós-cirurgia. Nestes momentos, foram coletadas amostras sanguíneas por punção venosa jugular para realização de hemograma, bem como para a realização de avaliações plasmáticas. Além disso, em todos os momentos, com exceção de 0 e 54h, foram avaliadas as temperaturas dos cascos a partir de imagens termográficas (T°Máx) obtidas nas vistas dorsal e lateral e a partir de termometria da região de transição entre a pele e a banda coronária por meio de termômetro digital sem contato (T°BC). Não houve diferença entre T° Máx Dorsal e Tº Máx Lateral. Houve diferença entre as temperaturas obtidas por meio de imagens térmicas (Tº Máx Lateral e T° Máx Dorsal) e a T° BC. Houve diferenças entre a temperatura dos cascos (T°Máx e T°BC) para os animais que desenvolveram laminite e os que não. Houve correlações entre a T°BC e a T°Máx com a temperatura retal, ambiente e umidade relativa do ar. Não houve correlação entre os valores leucocitários periféricos totais e T° Máx e T° BC. Os parâmetros clínicos e os valores leucocitários periféricos totais possibilitaram detectar alterações pós-operatórias. Em todos os equinos que desenvolveram laminite, foi observada leucopenia precedendo a evolução para a fase aguda. Além disso, o monitoramento termográfico possibilitou a detecção de elevação da temperatura do estojo córneo precedendo a elevação da temperatura palpável.ItemDissertação de mestrado Crescimento do esqueleto apendicular de CHRYSOCYON BRACHYURUS por meio do exame radiográfico (ILLIGER, 1815) (MAMMALIA: CANIDAE)(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-05-28) Gonçalves, Raphael Augusto Baldissera ; Rahal, Sheila Canevese ; Inamassu, Letícia Rocha ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)O objetivo do estudo foi avaliar, por meio de exames radiográficos simples, o crescimento ósseo dos membros torácicos e pélvicos de lobos-guará. Foram usados três lobos-guará (Chrysocyon brachyurus), com estimada entre 3 e 4 meses. Os membros torácicos e pélvicos foram radiografados, 1 vez por mês até a idade de 11-12 meses e a cada 2-3 meses até os 18-19 meses de idade. As linhas fisárias identificadas nos membros torácicos e seus fechamentos foram: tubérculo supraglenoidal (7-8 meses), epífise proximal do úmero (17-19 meses), epífise distal do úmero (8-9 meses), epicôndilo medial do úmero (8-9 meses), ulna proximal (9-10 meses), epífise proximal do rádio (13-15 meses), epífise distal da ulna (13-15 meses) e epífise distal do rádio (17-19 meses). As linhas fisárias identificadas nos membros pélvicos e seus fechamentos foram: cabeça do fêmur (13-15 meses), epífise distal do fêmur (13-15 meses), epífise proximal da tíbia (17-19 meses), tuberosidade da tíbia (17-19 meses), epífise distal da tíbia (11-13 meses), epífise proximal da fíbula (13-15 meses), tuberosidade do calcâneo (8-9 meses). Diferenças significativas foram verificadas nas áreas dos centros de ossificação secundários da epífise proximal do úmero e proximal do rádio, entre a avaliação inicial com 8-9 meses e 6-7 meses, respectivamente. As epífises do tubérculo supraglenoidal, úmero distal, ulna proximal, ulna distal, epicôndilo medial do úmero e rádio distal apresentaram diferenças aos 5-6 meses. A mensuração da área do centro de ossificação secundário da epífise proximal do fêmur e epífise distal da tíbia, área da patela e epífise do osso fibular do tarso mostraram diferença significativa entre a primeira avaliação e 6-7 meses. A epífise distal do fêmur, epífise proximal tíbia, e a tuberosidade da tíbia apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre a primeira avaliação e 7-8 meses. Na epífise proximal da fíbula a diferença foi verificada entre 4-5 meses e 7-8 meses. Foi possível concluir que, embora o aspecto radiográfico das linhas fisárias e dos centros de ossificação secundários nos lobos-guará se assemelhem às dos cães domésticos, existem diferenças nos momentos de fechamento.ItemDissertação de mestrado Investigação epidemiológica dos linfomas felinos na região sudeste do Brasil(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-08-20) Reis, Rafaela Eduarda dos ; Alves, Carlos Eduardo Fonseca ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)Há uma grande escassez de estudos sobre enfermidades em felinos no Brasil, apesar de sua significativa presença em lares brasileiros. O estudo analisou 299 pacientes felinos com linfoma domiciliados na região Sudeste do Brasil, com o objetivo de determinar a frequência da doença e a prevalência de casos positivos para o vírus da leucemia felina (FeLV). Os critérios de inclusão envolveram gatos diagnosticados por métodos como citologia aspirativa, citometria de fluxo, imuno-histoquímica, PCR para Rearranjos do Receptor de Antígeno (PARR) ou histopatologia, excluindo casos com diagnóstico presuntivo ou terapêutico. Os dados foram analisados quanto à idade, sexo, raça, localização anatômica do linfoma e status de FeLV/FIV. A maioria dos gatos diagnosticados era sem raça definida (275/299), seguida por Siamês (12/299) e Persa (5/299). Houve predomínio de casos em machos (170/299). A classificação anatômica mais comum foi mediastinal (78/299), seguida por linfoma alimentar (77/299) e multicêntrico (55/299). A prevalência de FeLV foi de 40% (120/299) e de FIV foi de 7% (21/299). Os resultados indicaram um perfil de infecção por FeLV em gatos jovens e o desenvolvimento do linfoma, em especial o linfoma mediastinal. É importante continuar o estudo do linfoma no país, a fim de elucidar ainda mais sobre a doença.ItemDissertação de mestrado Potencial terapêutico de células estromais mesenquimais multipotentes caninas na encefalomielite autoimune experimental(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-09-19) Olbera, Alisson Vinícius Gimenes ; Amorim, Rogério Martins ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)A encefalomielite autoimune experimental (EAE) é um modelo pré-clínico para estudos e testes terapêuticos de doenças neuroinflamatórias, refletindo condições como a esclerose múltipla em humanos (EM) e a meningoencefalomielite de origem desconhecida (MUO) em cães. A EM e a MUO são condições autoimunes que afetam o sistema nervoso central (SNC), causando neuroinflamação, desmielinização e neurodegeneração. O tratamento desses pacientes geralmente envolve o uso de imunomoduladores e imunossupressores, visando reduzir os sintomas. As células estromais mesenquimais multipotentes (MSCs) têm despertado interesse crescente na pesquisa de doenças neuroimunes devido às suas propriedades imunomoduladoras e regenerativas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia terapêutica das MSCs derivadas de tecido adiposo canino (cAT-MSCs), no modelo experimental de EAE em camundongos divididos em grupo não imunizado (n=2), EAE (n=6) e EAE+cAT-MSC (n=6) tratados no 7º dia pós-indução (DPI 7) com uma única dose intravenosa de 3x105 cAT-MSCs. Foram realizadas análises diárias de peso, escore clínico e de marcha até o DPI 29 e imunofluorescência da medula espinhal com marcadores GFAP, Iba1 e Sinaptofisina. O grupo EAE+cAT-MSCs apresentou retardo no início dos sinais clínicos, menor variação de marcha em membros pélvicos e uma cobertura sináptica maior que o grupo EAE (p<0,05). Não houve diferença na variação de peso, na população glial, e na variação na análise de marcha em membros torácicos entre os grupos EAE e EAE+cAT-MSCs. Nossos resultados demonstram que a terapia com cAT- MSCs no DPI 7 retarda o início da doença clínica, e apresenta efeitos relacionados à manutenção da cobertura sináptica dos motoneurônios.ItemDissertação de mestrado Avaliação dos marcadores tumorais RAD51 e BRCA2 em neoplasias mamárias em mulheres e gatas.(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-04-29) Gaspar, Leticia Penteado ; Alves, Carlos Eduardo Fonseca ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)As neoplasias mamárias em gatas representam o terceiro tipo de tumor mais comum na espécie, estando atrás apenas de carcinomas de células escamosas e neoplasias intestinais, apresentando comportamento agressivo e com alta ocorrência de metástases. A classificação histopatológica das lesões, além de obrigatória para o diagnóstico, é essencial para a relação com dados epidemiológicos e evolução no entendimento da neoplasia na espécie. Nesse ponto, informações obtidas a partir do uso da biologia molecular são indispensáveis para ganho de dados com relação ao comportamento de cada tipo neoplásico proporcionando subsídios diagnósticos e prognósticos. Além disso, as neoplasias mamárias em gatas são consideradas modelos de estudo para neoplasia em mulheres. A expressão de RAD51 e BRCA2 são amplamente estudas em neoplasias de mulheres, e os estudos em gatas são muito limitados. O objetivo desse trabalho foi investigar as marcações imuno- histoquímicas das proteínas RAD51 e BRCA2 em carcinomas mamários em gatas e correlacionar com fatores clínicos, patológicos e comparar com o carcinoma mamário de mulheres. A primeira etapa do estudo constituiu em realizar uma análise in sílico do The Human Protein Atlas e identificando 11 casos de carcinoma de mama de mulheres para análise imuno-histoquímica do BRCA2 e 19 casos para análise do RAD51. Nesses tumores, foi identificada expressão citoplasmática, membranosa e nuclear. Três amostras (3/11) com expressão 3+ e 8 amostras com expressão 4+ (8/11). Na análise das 19 amostras que expressaram RAD51 foi identificada expressão citoplasmática, membranosa e nuclear e em uma delas não houve marcação, quatro apresentaram marcação 1+ (4/19), cinco apresentaram marcação 2+ (5/19), cinco apresentaram marcação 3+ (3/19) e três apresentaram marcação 4+ (3/19). E relação as amostras de gatas, 24 amostras de tumores de gatas foram incluídas. Os subtipos histológicos mais comuns foram o ductal (12/24) e tubular (5/24). Em 62,5% (15/24) dos casos, os tumores eram de grau I e os outros 37,5% (9/24), eram tumores de grau II. Foi possível avaliar a expressão de BRCA2 em 23 casos. Em sete casos, a expressão de BRCA2 foi negativa, em cinco casos, foi identificada expressão 1+, quatro casos com expressão 2+, cinco casos com expressão 3+ e dois casos com expressão 4+. Em relação ao RAD51, nove amostras foram negativas, seis amostras apresentaram expressão 1+, seis amostras apresentaram expressão 2+ e duas amostras apresentaram expressão 3+. Pode-se concluir que nas amostras de carcinoma de mama de gatas e mulheres a alteração na expressão de BRCA2 é mais frequente que a de RAD51 e a gata pode ser um modelo de estudo para desregulação dessas proteínas na gata.ItemDissertação de mestrado Avaliação da resposta in vitro ao tratamento com melitina do veneno de apis mellifera em células tronco tumorais de osteossarcoma(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-06-28) Pedro, Giovana ; Amorim, Renée LauferO osteossarcoma (OSA) canino é uma neoplasia de origem mesenquimal responsável por cerca de 80% dos tumores primários ósseos malignos. O OSA possui alta agressividade local, levando à destruição óssea, além de grande capacidade metastática tanto regional, quanto à distância. Nos últimos anos, houve um aumento nos estudos de biotoxinas, como a melitina, um composto extraído de veneno da abelha Apis mellifera que já foi estudada e demonstrou significativa eficácia citotóxica em diferentes linhagens tumorais humanas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antitumoral da Melitina, em linhagens celulares de osteossarcoma canino, murino e humano in vitro em cultivo 2D e 3D. A melitina exerceu efeito citotóxico, apresentando uma IC50 entre 1,5 e 2,5µg/ml. Inibiu a migração no teste de Wound Healing, além de impedir a migração e invasão celular no teste de Transwell, em doses a partir de 0,5µg/ml, apresentando morte celular por marcação de Iodeto de propídeo, nas três linhagens celulares. A melitina também apresentou citotoxicidade em modelo 3D de osteosferas, com uma IC50 maior quando comparado ao cultivo 2D, ficando entre 3,5 e 4,0µg/ml. Com isso, concluímos que a melitina possui propriedades anti tumorais, além de diminuir a migração e invasão celular, em cultura de células de osteossarcoma de diferentes espécies. Este estudo abre novas perspectivas para o uso da melitina in vivo para o tratamento de osteossarcoma canino e humano.ItemDissertação de mestrado Emprego da fração de plaquetas imaturas (IPF) e da contagem de megacariócitos na medula óssea no diagnóstico de pacientes com trombocitopenia(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-03) Souza, Katiane Lohn de ; Takahira, Regina KiomiA contagem de megacariócitos na medula é indicada para avaliar a trombopoiese em resposta a uma trombocitopenia imunomediada (TIM). Entretanto, existem dificuldades em relação a colheita e qualidade da amostra e de padronização da contagem de megacariócitos. A Fração Imatura de Plaquetas (IPF) avalia a fração de plaquetas jovens no sangue periférico sendo uma ferramenta que pode predizer a resposta medular frente a trombocitopenia de forma não invasiva e acurada. O objetivo deste trabalho foi comparar as diferentes técnicas de contagem de megacariócitos na medula óssea e sua correlação com a determinação do parâmetro IPF para validá-lo como ferramenta de rotina hematológica para diagnóstico e monitoramento de pacientes com TIM. Foram avaliados 18 cães sadios sem alterações no hemograma e mielograma, 20 animais com trombocitopenia (<150.000/µL) com hiperplasia megacariocítica e diagnóstico presumido de TIM e 14 animais com trombocitopenia e hipoplasia megacariocítica. Foi colhido sangue para realização do hemograma e determinação do parâmetro IPF e colheita de medula de óssea para quantificação de megacariócitos por duas técnicas e correlação com o parâmetro IPF. A correlação entre as duas técnicas de contagem de megacariócitos foi elevada (p<0,001). Há diferença significativa (p<0,0028) no IPF relativo apenas entre animais sadios e com hiperplasia megacariocítica. Para o IPF absoluto, houve diferença apenas ente o grupo de pacientes sadios e com hipoplasia megacariocítica (p=0,014). Não houve correlação entre IPF absoluto e relativo e megacariócitos medulares. A ausência de correlação observada não nos permite estabelecer relações de contagem de IPF com o aumento do número de megacariócitos.ItemDissertação de mestrado Avaliação de Ki67, BAX, Caspase-3 e VEGF em linfomas felinos(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-03) Faraldo, Natalia Camargo ; Alves, Carlos Eduardo FonsecaO linfoma é uma das neoplasias mais frequentes em gatos, tendo uma forte associação entre a infecção pelo vírus da leucemia viral felina (FeLV). Poucos estudos foram previamente realizados para identificar fatores prognósticos nesses pacientes. As técnicas de imunoistoquímica e biologia molecular podem fornecer informações valiosas sobre o prognóstico de uma doença e oferecer possibilidades terapêuticas personalizadas. Este estudo teve por objetivo investigar o papel prognóstico de alguns marcadores de proliferação celular, apoptose e neovascularização em gatos acometidos por linfoma. Para isso, foram selecionados 48 casos de linfomas felinos. Foram obtidas informações epidemiológicas dos pacientes assim como a classificação do linfoma por meio do exame histopatológico associado à técnica de imunoistoquímica para Ki67, BAX, Caspase-3 e VEGF. Dentre os 48 gatos avaliados, 83% (40/48) eram animais sem raça definida e três eram siameses. O linfoma mais frequente foi o linfoma gastrointestinal (30/48), seguido do multicêntrico (11/48), extranodal (6/48) e mediastinal (1/48). A média de idade foi de 10 (± 10) anos. Em relação aos marcadores imunoistoquímicos, não houve relação da expressão de Ki67 (p=0.803) e VEGF (p=0.1709) com a sobrevida. Em contrapartida, houve uma maior sobrevida nos gatos com maior expressão de BAX (p=0.0073). Os dados indicam que a alta expressão de BAX pode apresentar valor prognóstico em pacientes felinos com linfoma.ItemDissertação de mestrado Avaliação dos efeitos da perfusão intravenosa regional em equinos(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-24) Rambo, Ana Luisa Alves ; Hussni, Carlos AlbertoA técnica da perfusão intravenosa regional (PIR) tornou-se um tratamento frequentemente empregado em infecções da porção distal de membros de cavalos entre outras espécies, pois alcança altos níveis teciduais do fármaco nos locais afetados em comparação com a terapia sistêmica, utilizando os mesmos fármacos em baixas quantidades. Entretanto, se faz necessário o estudo da viabilidade do uso de novas drogas na rotina clínica, baseado na suscetibilidade de patógenos comuns em cavalos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial trombogênico e efeitos inflamatórios locais da técnica com o uso do Levofloxacino, na veia digital palmar comum II de equinos. Utilizaram-se cinco equinos hígidos que receberam 40 mL de levofloxacino na técnica de PIR. O membro perfundido foi avaliado por exame clínico, ultrassonografia duplex em cores, venografia e perimetria do membro ao longo de sete dias. Todos os animais apresentaram escore trombótico zero, e não foram observados efeitos adversos locais ou sistêmicos graves promovidos pela dose ou volume utilizados no estudo. A perfusão intravenosa regional com 40 mL de levofloxacino em dose única não acarretou o desenvolvimento de trombose, vasculite ou irritação nos tecidos adjacentes.ItemDissertação de mestrado Comparação da avaliação da mutação V595E do gene BRAF na urina de cães com carcinoma urotelial de bexiga pelos métodos de PCR em tempo real e digital(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-30) Santos, Tatiana Adelino ; Alves, Carlos Eduardo Fonseca ; Amorim, Renée LauferO câncer de bexiga é uma neoplasia de bexiga importante em homens e animais, devido à sua alta incidência. O carcinoma urotelial de bexiga (CUB) é considerado a neoplasia do trato geniturinário mais frequente, também chamado de carcinoma de células transicionais, o qual é encontrado frequentemente no trígono da bexiga e normalmente infiltra para a uretra e ureter. Atualmente o exame mais confiável para o diagnóstico de carcinoma urotelial de bexiga é a histopatologia, entretanto, é um teste pouco utilizado pela dificuldade de acesso à bexiga para biópsia. Por outro lado, cerca de 80% dos cães que têm CUB possuem a mutação BRAF V595E e um teste genético por meio de amostra de urina têm sido proposto para diagnóstico. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar e comparar a sensibilidade e especificidade da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real (qPCR) e digital (ddPCR) para detecção da mutação V595E do gene BRAF em amostras de urina de cães com CUB. Foram incluídos 43 animais, sendo 15 cães com CUB confirmado por histopatologia, 10 cães sem alterações na bexiga (normais), 17 cães com cistite complicada e um cão com pólipo, todos escolhidos aleatoriamente independente de raça, sexo e idade. Todos os cães foram acompanhados por um período de pelo menos quatro anos. Todos os animais que vieram a óbito foram submetidos à necrópsia e dos pacientes com cistite complicada (N=17), oito apresentavam uma afecção concomitante. Dos pacientes sem alterações na bexiga, nenhuma paciente apresentou mutação em nenhuma das técnicas. Dos pacientes com CUB, 13,3% (2/15) apresentaram mutação na PCR convencional, 33,3% apresentaram mutação em um alelo (WT/MUT) (5/15) e 6,6% mutação nos dois alelos (MUT/MUT) (1/15) na qPCR, e por fim, na ddPCR, 80% dos casos (12/15) apresentaram mutação. Um dado alarmante, foi a taxa de mutação em pacientes com cistite complicada (N=17). Nenhum dos pacientes com cistite complicada tiveram mutação de BRAF no qPCR. No entanto, 70% dos pacientes com cistite complicada apresentaram mutação de BRAF na ddPCR. A sensibilidade do qPCR, ddPCR e sequenciamento de Sanger no diagnóstico do CUB foi de 46,67%, 75% e 46,67%, respectivamente. Foi possível concluir que o ddPCR é o teste mais sensível para a detecção da mutação de BRAF e que outras afecções crônicas não neoplásicas do sistema urinário podem ser positivos para a mutação.ItemDissertação de mestrado Lignina purificada no desempenho, perfil fermentativo e parâmetros imunológicos de leitões recém-desmamados(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-08-01) Silva, Alan Roberto Alves da ; Tse, Marcos Livio PanhozaO uso de antimicrobianos como promotores de crescimento pode causar resistência antimicrobiana. Assim, buscam-se alternativas de substituição aos antimicrobianos, como a lignina com possível efeito prebiótico. Dois experimentos foram realizados com o objetivo de avaliar os efeitos da lignina purificada na dieta de leitões sobre o desempenho e incidência de diarreia (ID) (Experimento 1) e sobre os parâmetros séricos hematológicos, imunológicos e bioquímicos e concentração cecal de ácidos graxos de cadeia curta de leitões quando desafiados com inoculação oral de 6mL de suspensão enterotoxigênica de 108 UFC/mL de Escherichia coli (ETEC) K88+, a partir do 12º dia de experimento, durante três dias consecutivos. Foram utilizados 72 leitões (Experimento1) e 24 leitões (Experimento 2), ambos com 21 dias de idade, distribuídos em delineamento em blocos inteiramente casualizados, durante todo o período de creche (42 dias, Experimento 1) e 14 dias (Experimento 2), submetidos a três tratamentos, oito repetições e três animais (Experimento 1) e um animal (Experimento 2) por baia. Os tratamentos em ambos os experimentos foram: ANT = dieta basal (DB) contendo 120 ppm de antimicrobiano halquinol; 0,3L = DB sem halquinol e com inclusão de 0,3% de lignina purificada e 0,6L = DB sem halquinol e com inclusão de 0,6% de lignina purificada. Não houve diferença entre os tratamentos para desempenho e incidência de diarreia. Leitões alimentados com 0,3L tiveram menor concentração total de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e ácido acético em relação ao tratamento com antibiótico. Não houve diferença para haptoglobina, proteína total e globulina entre os tratamentos avaliados. Antes do desafio com E.coli, os animais alimentados com ANT apresentaram maior proteína C-reativa (PCR) em relação aos animais da dieta 0,3L e 0,6L e após o desafio não houve diferença entre os tratamentos para essa variável. A concentração de albumina foi menor nos animais alimentados com 0,3L em relação a 0,6L. Não houve diferença entre os tratamentos para hematócrito, hemoglobina corpuscular média (H.C.M.), plaquetas, eosinófilo, linfócito e monócito. Antes do desafio, os animais alimentados com ANT apresentaram menor concentração de hemoglobina corpuscular média (C.H.C.M.) em relação aos leitões com as dietas contendo lignina. Após o desafio com E. coli, houve dimuinição da concentração hemoglobina para os animais alimentados com ANT e 0,6L, diminuição de hemáceas e C.H.C.M para todos os tratamentos e aumento de volume corpuscular médio (V.C.M.) e segmentados para os animais alimentados com ANT e 0,3L, respectivamente. Conlui-se que adição de lignina na dieta de leitões desmamados pode substituir antimicrobianos, mantendo o desempenho produtivo e modulando resposta inflamatória com diminuição na produção de hemácias e manutenção da produçaão de plaquetas; entretanto, a menor dosagem de lignina não foi capaz de manter a produção adequada de ácido acético cecal.ItemDissertação de mestrado Análise e descrição macroscópica e imaginológica do sistema respiratório de cascavel (Crotalus durissus)(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-12) Gracia, Rayres Soares ; Filadelpho, André Luis ; Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)O trabalho teve por objetivo realizar análise macroscópica e imaginológica do sistema respiratório de Cascavel (Crotalus durissus) por meio de necropsia, injeção de látex em peça necropsiada, exames radiográficos e de tomografia computadorizada. Foram utilizados 7 cascavéis, sendo uma necropsiada, uma realizada molde por injeção de látex, em três foram realizadas radiografia digital e em duas tomografias computadorizadas. Os resultados encontrados foram comparados com a literatura. As estruturas que compõem o sistema respiratório nestes animais compreenderam a glote, a traqueia, pulmão traqueado e saco aéreo. A avaliação macroscópica permite identificar todo trato respiratório da serpente, servindo como parâmetro para o exame de imagem, é possível avaliar o sistema respiratório pela radiografia digital e tomografia computadorizada.ItemDissertação de mestrado Endoscopia digestiva alta de quatis mantidos sob cuidados humanos com base no descrito em cães e gatos domésticos(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-11) Campos, Marina Lázzari de Carvalho ; Rahal, Sheila Canevese ; Mesquita, Luciane dos ReisO objetivo do presente estudo foi efetuar a endoscopia digestiva alta de quatis clinicamente saudáveis, tendo por base o descrito em cães e gatos domésticos. Adicionalmente, foi realizada pesquisa para Helicobacter em amostras do estômago. Para tanto, foram utilizados cincos quatis, esqueleticamente adultos, machos, com massa corpórea variando 2,8 kg a 4,2 kg, mantidos sob cuidados humanos. A endoscopia foi efetuada com vídeo-endoscópio flexível, estando os animais sob anestesia dissociativa e posicionados em decúbito lateral esquerdo. De modo geral, os achados endoscópicos entre os animais foram semelhantes. A abertura do esfíncter esofagiano cranial apresentou formato oval. O esôfago apresentou mucosa de coloração rósea clara, lisa e brilhante, com presença de vasos submucosos em toda sua extensão. O contorno da traqueia foi evidenciado com impressão de aspecto curvado na parede do esôfago. Na região médio-torácica foi identificada a pulsação do arco aórtico. O esfíncter esofágico caudal possuía formato irregular lembrando uma estrela. No estômago, foram verificadas as pregas rugosas e mucosa de coloração rosa mais escura do que a esofágica. O antro não tinha a presença das dobras mucosas. O piloro mostrou aspecto ovalado com movimento peristálticos e o duodeno apresentava coloração rósea clara. O teste rápido de urease e exame histopatológico de amostras do estômago foram negativos para Helicobacter. Conclui-se que a endoscopia digestiva alta de quatis clinicamente saudáveis tem várias similaridades com aquelas de cães e gatos domésticos, não tendo sido identificado presença de Helicobacter em amostras do estômago.ItemDissertação de mestrado Avaliação nutricional e digestibilidade aparente em tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-07-10) Gentini, Thais Moreira ; Melchert, Alessandra ; Zoológico de São Paulo ; Zoológico Municipal de BauruA mimetização da dieta de tamanduás em ex-situ é desafiadora. Diversos problemas de saúde identificados em cativeiro podem ser relacionados direta ou indiretamente com a alimentação, tanto por desbalanço nutricional, quanto pela textura e composição do alimento. Este estudo visou avaliar a composição nutricional e a digestibilidade aparente de quatro dietas ofertadas a tamanduás-bandeira, buscando compreender a relação dos componentes da dieta e seu aproveitamento pelos animais, pertencentes a Instituições e Zoológicos do estado de São Paulo. Foram avaliados 17 tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) adultos, sendo 10 fêmeas e 7 machos mantidos em cativeiro para determinação da composição nutricional da ingesta alimentar, ingestão alimentar, e colheita de fezes para bromatologia. Foram avaliadas as composições químicas dos alimentos ofertados e das fezes e realizado o cálculo posterior da digestibilidade aparente da dieta. A análise das dietas estudadas revelou que a composição nutricional não foi muito divergente nas diferentes Instituições, apesar das diferenças na composição de ingredientes. Os teores de proteína e lipídeos das dietas foram: 25,6% e 6,4% (dieta 1), 34,7% e 10,9% (dieta 2), 31,9% e 10,3% (dieta 3) e 38,2% e 12,7% (dieta 4), respectivamente. De acordo com os coeficientes obtidos, o nutriente com melhor coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) foi o extrato etéreo (EE) e a dieta com menores CDA foi a dieta 3. Foi possível concluir que as dietas das diferentes Instituições do estado de São Paulo apresentaram bom coeficiente de digestibilidade aparente para os nutrientes proteína bruta e, principalmente, extrato etéreo. Os escores fecais precisam ser melhorados, uma vez que houve predominância de fezes amolecidas nos animais avaliados. A quantidade de energia consumida interfere no escore corporal dos tamanduás e precisa ser adequada às necessidades energéticas de cada animal.