Araraquara - FCF - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/254301
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ItemRelatório de pós-doc Desenvolvimento de modelo com pele 3D para estudo de biofilmes de dermatófitos e bactérias e aplicação de estratégias de controle(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-01-13) Fernandes, Lígia de Souza ; Giannini, Maria José Soares Mendes ; Fusco Almeida, Ana Marisa ; Faculdade de Ciências Farmacêuticas ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dermatófitos são fungos que atingem os tecidos queratinizados como a pele, pelos e unhas, causando infecções denominadas dermatofitoses. As dermatofitoses são as micoses mundialmente mais comuns, responsáveis por atingir aproximadamente 20 a 25% da população, independente de sexo, raça, cor e idade. Os dermatófitos, assim como as bactérias, são capazes de formar biofilmes aumentando desse modo a virulência, a resistência aos fármacos e consequentemente persistência da infecção. A patogênese dessas micoses ainda não foi completamente desvendada e o conhecimento do envolvimento dos biofilmes no mecanismo de patogenia é incipiente. Além disso, a maioria dos agentes antifúngicos usados para o tratamento da dermatofitose, pertencem à classe dos azóis e das alilaminas e há relatos que os dermatófitos estão apresentando resistência à maioria dos fármacos comerciais, além da considerável toxicidade. Por isso, deve-se ressaltar a importância da busca por novas moléculas e métodos eficazes contra os biofilmes microbianItemRelatório de pós-doc Fermentação etanólica de hidrolisados de subprodutos de cana-de-açúcar submetidos por diferentes pré-tratamentos(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-10-04) Miranda Roldán, Ismael Ulises ; Masarin, Fernando ; Universidade Estadual Paulista (UNESP)O presente trabalho tem dois resumos, apresentados no formato de dois artigos científicos já escritos na língua inglês. Primeiro resumo: O termotratamento é um pré-tratamento promissor porque é simples, de baixo custo e ecologicamente correto e facilita o acesso das celulases na etapa de hidrólise enzimática. Embora existam vários estudos sobre hidrólise enzimática em SB e poucos SS, o estudo comparativo entre a hidrólise enzimática desses resíduos termotratados ainda não foi publicado. As amostras foram caracterizadas quimicamente, seguidas de hidrólise enzimática de SB e SS termotratados e estudo de parâmetros cinéticos. O bagaço de cana-de-açúcar (SB) foi termotratado a 161,9°C por 75,3 min e a palha de cana-de-açúcar (SS) a 177,2°C por 64,8 min, resultando em níveis de celulose de 40,4 e 50,7%, respectivamente. A hidrólise enzimática dos subprodutos termotratados resultou em maiores conversões de celulose em glicose e concentrações do que os subprodutos não tratados. Hidrólises com aumento de carga de massa de 1, 5, 10, 20% foram realizadas e SB e SS atingiram conversões máximas na consistência de 20% (63,6 e 73,1%) e concentração máxima de glicose de 63,8 e 89,2 gL-1, respectivamente. Em ensaios com aumento de carga enzimática de 15, 20 e 30 FPU.g-1 as conversões máximas de celulose para glicose de SB e SS foram de 93,6 e 94,5%, resultando em concentrações de glicose de 105,1 e 124,8 gL-1, respectivamente. A análise das taxas máximas de formação de glicose estimadas para os ensaios realizados sob diferentes consistências mostrou que houve diferenças significativas entre os ensaios, exceto entre os ensaios realizados a 1% e 5%, enquanto as taxas máximas de formação de glicose estimadas nos ensaios com variação de carga enzimática mostraram que houve diferenças significativas entre os ensaios realizados a 10, 15 e 20 FPU, mas os ensaios a 20 e 30 FPU não apresentaram diferenças significativas. Assim, os ensaios realizados no biorreator mostraram que houve rápida liquefação da biomassa, tanto SB quanto SS, quando comparados ao erlenmeyer. A conversão máxima e a concentração de glicose alcançadas foram maiores no teste realizado com SB e SS no biorreator e erlenmeyer. Houve pouca diferença significativa nas concentrações de glicose durante a maior parte do tempo de hidrólise enzimática. Segundo resumo: A desconstrução da biomassa lignocelulósica por pré-tratamentos químicos ou combinados, como sulfito-NaOH usando altas temperaturas, não é uniforme, gerando algumas frações líquidas com alto valor agregado (lignina sulfonada) e frações sólidas (polpa celulósica). Embora existam vários estudos separados sobre hidrólise enzimática em SB e SS, o estudo comparativo entre o pré-tratamento com sulfato-NaOH dos subprodutos, seguido da hidrólise enzimática desses resíduos, e finalizando com a fermentação desse hidrolisado ainda não foi publicado. As amostras foram caracterizadas química e estruturalmente, seguidas de hidrólise enzimática dos subprodutos da cana-de-açúcar, pré-tratamento, estudo dos parâmetros cinéticos e fermentação desses hidrolisados. O pré-tratamento com sulfito-NaOH reduziu significativamente o teor de lignina dos subprodutos e exibiu a maior eficiência na hidrólise enzimática de celulose e xilana, atingindo conversões de 88,49 e 63,40%, 92,24 e 65,99%, para SB e SS, respectivamente. A hidrólise enzimática a 20% de consistência resultou em uma taxa máxima de formação de glicose e xilose de 12,62 e 4,87 g L−1 h−1, respectivamente, e um hidrolisado enzimático contendo 103,01 e 45 g L− 1 de glicose e xilose, para SB, respectivamente. Quanto ao SS, a hidrólise enzimática com a mesma consistência resultou em uma taxa máxima de formação de glicose e xilose de 10,91 e 3,71 g L−1 h−1, respectivamente, e um hidrolisado enzimático contendo 108,21 e 41,79 g L−1 de glicose e xilose. A fermentação dos hidrolisados SB e SS não apresenta diferença significativa na concentração de etanol e nos parâmetros fermentativos. A análise estrutural confirma os resultados da composição química das amostras das etapas de produção de etanol de segunda geração (2G). Portanto, a produção de etanol dentro de uma biorrefinaria, utilizando subprodutos de cana-de-açúcar com pré-tratamento com sulfito-NaOH, resulta na produção de glicose, xilose e lignina, que podem ter diversas aplicações biotecnológicas e químicas.ItemRelatório de pós-doc Tendências evolutivas em Rhodniini (Hemiptera, Triatominae): hibridação, estudo das barreiras reprodutivas e caracterização morfo-molecular de híbridos, em condições de laboratório(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-12) Ravazi, Amanda ; Rosa, João Aristeu da ; Alevi, Kaio Cesar ChaboliA tribo Rhodniini é composta por 19 espécies pertencentes ao gênero Rhodnius e três ao gênero Psammolestes. Rhodnius é considerado um gênero parafilético, pois espécies do grupo prolixus são evolutivamente mais próximas de Psammolestes spp. do que dos outros grupos de Rhodnius. Além disso, as espécies desse gênero apresentam uma taxonomia complexa, pois similaridades morfológicas, em conjunto com eventos de plasticidade fenotípica e especiação críptica, dificultam a correta classificação desses vetores da doença de Chagas. Diante desses eventos evolutivos, bem como da problemática taxonômica associada com Rhodnius, a taxonomia integrativa vem sendo a principal vertente utilizada para a caracterização de novas espécies da tribo Rhodniini. Entre as diferentes ferramentas que podem integrar a taxonomia integrativa, a realização de cruzamentos experimentais e análise das barreiras reprodutivas interespecíficas mostram-se de grande importância para avaliar o status específico dos táxons (com base no conceito biológico de espécies). São poucos os testes de cruzamentos experimentais realizados para a tribo Rhodniini e esses cruzamentos sinalizam que, possivelmente, não existem barreiras pré-zigóticas interespecífica para Rhodnius spp. Assim, considerando que os estudos dos cruzamentos experimentais e dos híbridos resultantes (a) podem ajudar a compreender a taxonomia e sistemática deste grupo de vetores, (b) podem ser usados para analisar os mecanismos de isolamento que limitam o fluxo gênico entre as diferentes espécies, (c) assim como podem ser empregados para o estabelecimento do papel da hibridação natural na geração de novas variantes (que podem levar à evolução adaptativa e/ou a fundação de novas linhagens evolutivas), o presente projeto tem como objetivo principal realizar cruzamentos experimentais interespecíficos e analisar as possíveis barreiras de isolamento reprodutivo (pré e pós-zigóticas) instaladas no gênero Rhodnius.ItemRelatório de pós-doc Eferocitose e resposta imune celular na infecção pelo Zika vírus(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-10-11) Souza-Moreira, Tatiana Maria ; Medeiros, Alexandra Ivo ; Faculdade de Ciências FarmacêuticasA infecção por ZIKV provoca intensa morte celular por apoptose em células-tronco humanas precursoras de células neurais, e a indução de apoptose nessas células parece ser dependente da ativação do receptor Toll-like-3 (TLR3) e caspase-3. Esses achados indicam que o ZIKV é altamente neurotrópico e atinge o sistema nervoso central após a infecção, o que implica que o vírus pode ser prejudicial, tanto no adulto, quanto durante o desenvolvimento cérebro nos fetos. A fagocitose de corpos apoptóticos, processo denominado eferocitose, é realizada tanto por fagócitos profissionais, como os macrófagos e células dendríticas (DCs), como por fagócitos não profissionais, como as células epiteliais. Durante o processo de degradação do corpo apoptótico, as DCs podem apresentar peptídeos, via MHC-II, oriundos tanto do patógeno, quanto de peptídeos próprios, provenientes das células apoptóticas infectadas. A apresentação desses peptídeos próprios por DCs, mediante a eferocitose de células apoptóticas, torna essas células permissivas em induzir a ativação de clones autorreativos e, aumenta as chances de desencadear uma doença autoimune. Um dos protocolos mais utilizados para o reconhecimento de peptídeos específicos é através da expressão de proteínas heterólogas ao organismo humano, cuja sequência seja expressa constitutivamente na célula, mimetizando a expressão de um antígeno próprio. A ovalbumina (OVA) é a proteína mais abundante na clara no ovo e tem sido amplamente utilizada em pesquisas como um modelo de antígeno para estudos de imunização e vacinação. Assim, o objetivo deste trabalho foi gerar um reagente contendo a sequência codificadora de OVA para expressão em neuroblastoma a fim de avaliar posteriormente a resposta autoimune pela ativação de receptores específicos para a proteína. Desta forma, o presente relatório descreve a obtenção do DNA recombinante contendo a sequência codificadora de OVA em um plasmídeo para integração ao genoma de mamífero, reagente fundamental para a modificação genética das células de neuroblastoma e avaliação da autorreatividade devida à infecção por ZIKV. O vetor de transferência foi obtido com sucesso e purificado em quantidade suficiente para a transfecção e transdução das células de HEK293 para avaliação do MOI e das células de neuroblastoma.