Araraquara - FCF - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/254301
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ItemRelatório de pós-doc Tendências evolutivas em Rhodniini (Hemiptera, Triatominae): hibridação, estudo das barreiras reprodutivas e caracterização morfo-molecular de híbridos, em condições de laboratório(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-12) Ravazi, Amanda ; Rosa, João Aristeu da ; Alevi, Kaio Cesar ChaboliA tribo Rhodniini é composta por 19 espécies pertencentes ao gênero Rhodnius e três ao gênero Psammolestes. Rhodnius é considerado um gênero parafilético, pois espécies do grupo prolixus são evolutivamente mais próximas de Psammolestes spp. do que dos outros grupos de Rhodnius. Além disso, as espécies desse gênero apresentam uma taxonomia complexa, pois similaridades morfológicas, em conjunto com eventos de plasticidade fenotípica e especiação críptica, dificultam a correta classificação desses vetores da doença de Chagas. Diante desses eventos evolutivos, bem como da problemática taxonômica associada com Rhodnius, a taxonomia integrativa vem sendo a principal vertente utilizada para a caracterização de novas espécies da tribo Rhodniini. Entre as diferentes ferramentas que podem integrar a taxonomia integrativa, a realização de cruzamentos experimentais e análise das barreiras reprodutivas interespecíficas mostram-se de grande importância para avaliar o status específico dos táxons (com base no conceito biológico de espécies). São poucos os testes de cruzamentos experimentais realizados para a tribo Rhodniini e esses cruzamentos sinalizam que, possivelmente, não existem barreiras pré-zigóticas interespecífica para Rhodnius spp. Assim, considerando que os estudos dos cruzamentos experimentais e dos híbridos resultantes (a) podem ajudar a compreender a taxonomia e sistemática deste grupo de vetores, (b) podem ser usados para analisar os mecanismos de isolamento que limitam o fluxo gênico entre as diferentes espécies, (c) assim como podem ser empregados para o estabelecimento do papel da hibridação natural na geração de novas variantes (que podem levar à evolução adaptativa e/ou a fundação de novas linhagens evolutivas), o presente projeto tem como objetivo principal realizar cruzamentos experimentais interespecíficos e analisar as possíveis barreiras de isolamento reprodutivo (pré e pós-zigóticas) instaladas no gênero Rhodnius.ItemRelatório de pós-doc Eferocitose e resposta imune celular na infecção pelo Zika vírus(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-10-11) Souza-Moreira, Tatiana Maria ; Medeiros, Alexandra Ivo ; Faculdade de Ciências FarmacêuticasA infecção por ZIKV provoca intensa morte celular por apoptose em células-tronco humanas precursoras de células neurais, e a indução de apoptose nessas células parece ser dependente da ativação do receptor Toll-like-3 (TLR3) e caspase-3. Esses achados indicam que o ZIKV é altamente neurotrópico e atinge o sistema nervoso central após a infecção, o que implica que o vírus pode ser prejudicial, tanto no adulto, quanto durante o desenvolvimento cérebro nos fetos. A fagocitose de corpos apoptóticos, processo denominado eferocitose, é realizada tanto por fagócitos profissionais, como os macrófagos e células dendríticas (DCs), como por fagócitos não profissionais, como as células epiteliais. Durante o processo de degradação do corpo apoptótico, as DCs podem apresentar peptídeos, via MHC-II, oriundos tanto do patógeno, quanto de peptídeos próprios, provenientes das células apoptóticas infectadas. A apresentação desses peptídeos próprios por DCs, mediante a eferocitose de células apoptóticas, torna essas células permissivas em induzir a ativação de clones autorreativos e, aumenta as chances de desencadear uma doença autoimune. Um dos protocolos mais utilizados para o reconhecimento de peptídeos específicos é através da expressão de proteínas heterólogas ao organismo humano, cuja sequência seja expressa constitutivamente na célula, mimetizando a expressão de um antígeno próprio. A ovalbumina (OVA) é a proteína mais abundante na clara no ovo e tem sido amplamente utilizada em pesquisas como um modelo de antígeno para estudos de imunização e vacinação. Assim, o objetivo deste trabalho foi gerar um reagente contendo a sequência codificadora de OVA para expressão em neuroblastoma a fim de avaliar posteriormente a resposta autoimune pela ativação de receptores específicos para a proteína. Desta forma, o presente relatório descreve a obtenção do DNA recombinante contendo a sequência codificadora de OVA em um plasmídeo para integração ao genoma de mamífero, reagente fundamental para a modificação genética das células de neuroblastoma e avaliação da autorreatividade devida à infecção por ZIKV. O vetor de transferência foi obtido com sucesso e purificado em quantidade suficiente para a transfecção e transdução das células de HEK293 para avaliação do MOI e das células de neuroblastoma.