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Botucatu - FMB - Faculdade de Medicina

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  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Acesso à saúde da população em situação de rua: desafios para os princípios fundamentais do SUS
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-05) Palma, Joice Vitória de Oliveira ; Pinto, Tiago Rocha ; Mendonça, Carolina Siqueira ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A presença de pessoas em situação de rua (PSR) aumenta com o êxodo rural e o crescimento industrial. A última Pesquisa Nacional de 2008 identifica 31.922 indivíduos nessa condição, e a situação se agrava durante a pandemia de COVID-19, revelando desafios significativos no acesso a serviços de saúde. Muitos PSR relatam recusa em buscar atendimento devido a experiências de mau atendimento e negativa de acesso, o que viola os princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa realidade destaca a necessidade de estudos que garantam o direito à saúde dessa população vulnerável. Objetivo: analisar as barreiras que PSR enfrenta para acessar os serviços de saúde, identificando suas principais necessidades. A investigação se propõe a aprofundar a compreensão de como a vulnerabilidade social impacta tanto o acesso quanto a qualidade dos serviços de saúde, contribuindo para um diagnóstico abrangente e crítico das condições de vida e saúde dessa população historicamente marginalizada. Método: O estudo exploratório e qualitativo, realizado no Espaço Acolhedor do município de Botucatu, interior do estado de São Paulo, foi aprovado no CEP, com o parecer nº 6.237.729. A pesquisadora analisa os dados com base na transcrição das entrevistas gravadas, utilizando o referencial de uma análise temática do conteúdo. Resultados: Os determinantes sociais, como fatores econômicos, culturais e familiares, impactam diretamente a saúde e a educação, afetando a dignidade humana. A estrutura familiar e as condições socioeconômicas frequentemente levam ao abandono escolar, pois a urgência de contribuir financeiramente se sobrepõe à educação, perpetuando a vulnerabilidade social. A PSR enfrenta 8 diversas necessidades de saúde, incluindo acesso limitado a serviços de saúde, condições de vida precárias e maior vulnerabilidade a doenças. Esses fatores são exacerbados pela falta de moradia e apoio social, dificultando a busca por cuidados adequados. Os princípios fundamentais do SUS encontram desafios, como a desigualdade no acesso, a escassez de recursos e a falta de integração entre serviços. Conclusão: A superação da vulnerabilidade social e a garantia do acesso aos serviços de saúde exigem um compromisso coletivo que integre ações intersetoriais, promovendo assim a dignidade e os direitos de todos os cidadãos.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Letramento em saúde de cuidadores informais de pacientes pediátricos no pós-operatório de cirurgias neurológicas: um estudo transversal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-08) Silva, Daniela Santos ; Avila, Marla Andréia Garcia de ; Gimenez, Viviane Cristina de Albuquerque ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Letramento em Saúde (LS) é definido como os conhecimentos, motivações e competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar as informações de saúde, visando tomar decisões que os auxiliem a navegar pelos sistemas de saúde, bem como promover, prevenir e cuidar de sua saúde. Objetivo: Avaliar o LS de cuidadores informais de crianças e adolescentes, medido pelo European Health Literacy Survey Questionnaire short-short form (HLS-EU-Q6), no pós-operatório de neurocirurgias e seus fatores associados. Método: Estudo transversal quantitativo com coleta de dados realizada de março a novembro de 2023, em um hospital de ensino paulista. Foram incluídos cuidadores informais de crianças e adolescentes submetidos a cirurgias neurológicas que se encontravam em alta hospitalar. As variáveis investigadas nos cuidadores foram: idade, escolaridade, relação com a criança, renda, plano de saúde e ser ou não profissional da saúde e o LS medido pelo HLS-EU-Q6. As variáveis dos pacientes foram: idade (meses), sexo, neurocirurgia prévia, tipo de cirurgia e o nível de dependência funcional medido pela Functional Status Scale pediátrica (FSS). Resultados: Foram incluídos 39 cuidadores, dos quais 94,9% (n=37) são do sexo feminino, com idade média de 30,97 ± 7,71 anos e 25,6% apresentaram LS suficiente. As variáveis associadas ao LS foram: criança ter sido submetida a cirurgia neurológica prévia (p=0,038) em que o escore do LS foi em média 1,6 pontos menor nos cuidadores cujos filhos haviam sido submetidos a neurocirurgia. Quanto aos anos de estudo do cuidador (p=0,005), um ano a mais de estudo gerou aumento médio de 0,40 pontos no escore do LS. Conclusões: O baixo LS dos cuidadores foi influenciado pelo fato da criança ter realizado neurocirurgia prévia e por menos anos de estudo dos cuidadores. Recomenda-se que o LS dos cuidadores de crianças no perioperatório seja considerado com vista a realizar orientações apropriadas a cada família para alcançar melhores desfechos no pós-operatório.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Acompanhamento de crianças nascidas com sífilis congênita em hospital de referência do interior do Estado de São Paulo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-18) Granado, Gabriela Ferreira. ; Duarte, Marli Teresinha Cassamassimo ; Dias, Mariana Souza ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A prevenção e o acompanhamento das crianças nascidas com sífilis congênita permanece como um grande desafio para a saúde pública. A literatura nacional é escassa nessa temática. Assim, o objetivo do presente estudo foi descrever e analisar o acompanhamento ambulatorial de crianças diagnosticadas com sífilis congênita em um hospital de referência do interior do estado de São Paulo. Método: estudo transversal e descritivo, envolvendo 136 crianças nascidas entre julho de 2016 e dezembro de 2021 em hospital terciário de referência do interior de São Paulo, notificadas como caso de sífilis congênita e que foram encaminhadas para acompanhamento ambulatorial no referido hospital. A coleta de dados foi realizada de julho de 2023 a junho de 2024, por duas graduandas em enfermagem treinadas, a partir dos prontuários eletrônicos e analisados tendo por base o Protocolo Clínico e Terapêutico do Ministério da Saúde brasileiro, por meio da estatística descritiva. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa local (Parecer nº. 6.565.018). Resultados: A maioria das crianças era do sexo feminino (51,5%), branca (86,8%), procedente de municípios pertencentes ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Regional (49,3%) e residente em zona urbana (93,4%); teve o exame VDRL coletado (98,5%) com resultado reagente (83,1%), foi submetida à punção liquórica (90,4%), que apontou que 33,1% e 2,9% apresentaram alterações de celularidade e VDRL reagente, respectivamente; apresentou normalidade em RX de ossos longos (94,1%) e era assintomática (54,4%) e todas as crianças foram tratadas. Apenas 16,9% das 136 crianças incluídas no estudo compareceram ao acompanhamento clínico antes do primeiro mês de vida; dentre as crianças esperadas, compareceram no primeiro, segundo, quarto, sexto e nono mês: 52,6% 44,9%, 43,4%, 52,5% e 37,1%, respectivamente. Aos 12 meses de vida compareceram apenas 4,2% das crianças esperadas e aos 18 meses, 67,6%. O acompanhamento sorológico seguiu o mesmo padrão do acompanhamento clínico, com pequenas diferenças nos percentuais. O teste treponêmico preconizado após os 18 meses de vida foi realizado por 47,8% das crianças. A taxa de abandono do acompanhamento no serviço de referência foi de 42,6%. A avaliação neurológica foi realizada por 98,5% no primeiro semestre, caindo no segundo e terceiro e as avaliações oftalmológica e audiológica atingiram pequeno percentual de avaliação desde o primeiro semestre. Conclusão: houve baixa adesão ao seguimento clínico e laboratorial recomendado pelo Ministério da Saúde e elevada taxa de abandono, o que pode sugerir falta de comunicação entre o serviço de referência e o município de origem das crianças.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Efetividade do uso de materiais educativos para pacientes cirúrgicos: revisão sistemática.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-08) Sarzi, Gabriela Crespan ; Lemos, Cassiane de Santana ; Spin, Mayara ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A jornada cirúrgica é complexa, composta por orientações e experiências novas ao paciente, além da suscetibilidade a um estresse significativo relacionado ao seu processo saúde-doença. Neste contexto, a promoção de literacia em saúde, por meio de materiais educativos, surge como uma ferramenta fundamental para oferecer informações necessárias aos pacientes sobre seu quadro de saúde-doença, capacitando os indivíduos a tomar decisões conscientes sobre seu cuidado. Objetivo: Avaliar o impacto do uso de materiais educativos durante o perioperatório de pacientes adultos. Metodologia: Revisão sistemática de literatura, em consonância às diretrizes de revisões sistemáticas de efetividade do Joanna Briggs Institute (JBI) e Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta‐Analyses (PRISMA). Para a extração dos dados foram utilizados os descritores obtidos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical subject Headings (MESH), nas bases de dados/portais: Biblioteca Virtual em saúde (BVS); Scielo; Scopus; Web of Science; Cinahl; Embase e PubMed/Medline. Após a aplicação dos critérios de inclusão, 29 artigos compuseram esta revisão. A análise da qualidade metodológica dos estudos foi realizada por meio do instrumento padronizado de avaliação crítica do Joanna Briggs Institute para o tipo de estudo relacionado. O protocolo foi registrado no PROSPERO (número de registro: CRD42023428251). Resultados: Dentre os 29 artigos, 23 (79.3%) apresentaram um efeito estatisticamente significativo nas intervenções educativas empregadas, como aumento do nível de conhecimento cirúrgico e pós cirúrgico dos pacientes, melhora da ansiedade e da qualidade de vida no pós-operatório. Quanto ao tipo de intervenção educativa, destacaram-se o uso de sessões educativas, que incluíram recursos verbais e impressos (10; 34.5%), uso de materiais multimídias (8;27.6%) e, nos estudos mais recentes, intervenções tecnológicas, como materiais 3D (3;10.3%) ou Realidade Virtual (1;3.5%). Na análise do rigor metodológico, não houve exclusão de artigo para a síntese final. Conclusão: A revisão sistemática demonstrou que a utilização de materiais educativos teve um impacto positivo na experiência cirúrgica dos pacientes, principalmente relacionado a desfechos como: qualidade de vida, ansiedade, compreensão sobre o procedimento cirúrgico e cuidados no pós-operatório. Contudo, as fragilidades observadas na mensuração dos desfechos podem impactar no avanço de evidências para melhorias da prática assistencial.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Fatores associados ao ganho de peso interdialítico
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-08) Santos, Talita Gomes Xavier dos ; Oliveira, Mariele Gobo de ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introduction: Chronic kidney disease (CKD) is characterized by a functional disorder that persists for a period longer than 3 months, with changes in the glomerular filtration rate (GFR) and the presence of albuminuria. Due to its progressive characteristic, when patients reach the terminal stage of CKD, renal replacement therapy begins, with hemodialysis being the most widespread form of dialysis therapies. In each hemodialysis session, dry weight, defined as post-dialysis weight, must be assessed after removing all excess fluid. This dry weight serves as a comparison parameter for the pre-dialysis weight, whose values are used to evaluate interdialytic weight gain (IDWG), measured by the pre-dialysis weight minus the previous post- dialysis weight. The IDWG is crucial data, as deficient or excessive values indicate a high risk of morbidity and mortality. The appropriate IDWG should be between 2 and 4% of dry weight. Objective: To verify factors associated with interdialytic weight gain. Method: Cross-sectional study carried out with people diagnosed with CKD, over 18 years of age, having been in the chronic hemodialysis program for more than three months, and undergoing hemodialysis three times a week. The Mini Mental State Examination (MMSE), the sociodemographic questionnaire and the questionnaire on lifestyle habits were administered. Laboratory tests were verified through access to the electronic medical record and analysis of dialysis prescriptions from the last 11 hemodialysis sessions was carried out. Results: Of the 218 hemodialysis patients, 113 participants were included, 71 (62.8%) male, with a mean age of 50.11±23.47 years and a mean IDWG of 2.85±1.34%. The IDWG was higher among younger people (4.73 ± 0.94) (p<0001), with a mean age of 31.25± 21.82 years (p = 0.0019) and a lower dry weight of 64. 39± 14.92kg (p = 0.0098), on dialysis treatment for 57.96± 58.15 months (p = 0.0036). There were changes in CRP values (2.09 mg/dl) (p = 0.0024) in the group with IDWG < 2% and glucose (135.64 mg/dl) (p = 0.0222) for participants with IDWG 2 - 4%. In the multivariate analysis, dry weight and age were related to IDWG. Conclusion: Factors such as younger age, longer time on hemodialysis and lower dry weight were associated with increased IDWG. The need for stricter control of this group became evident, as they are more susceptible to an increase in IDWG. Nursing is also essential, acting in guiding strategies to achieve the ideal IDWG. Future studies may enable the development of new strategies that favor the control of IDWG.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Letramento em saúde de profissionais de uma APAE no interior paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-04) Alves, Bianca Isa Nascimento ; Minharro, Michelle Cristine de Oliveira ; Serafim, Clarita Terra Rodrigues ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Deficiência Intelectual (DI) é caracterizada por limitações consideráveis que afetam tanto o funcionamento cognitivo quanto o comportamento adaptativo, impactando as habilidades conceituais, práticas e sociais de um indivíduo, sendo assim, destaca-se a necessidade de acompanhamento por cuidadores que forneçam o suporte adequado para que essa população realize suas atividades cotidianas. Neste contexto, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE surge como uma rede de apoio às pessoas com DI, portanto, esse trabalho tem como justificativa avaliar o letramento em saúde (LS) de profissionais da saúde, educação e da assistência social que prestam cuidados aos DI e seus cuidadores de uma APAE situada no interior do estado de São Paulo. Objetivo: Avaliar o LS de profissionais de uma APAE do interior paulista e seus fatores associados. Métodos: Estudo transversal de amostra não probabilística do tipo intencional, sendo um recorte do projeto de extensão universitária denominado “Vamos promover o LS na APAE Botucatu: uma ação entre Universidade e Comunidade”, de aspecto quantitativo. Realizado em uma APAE de Botucatu-SP com profissionais da saúde, educação e assistência social. A coleta de dados foi realizada através um formulário eletrônico que continha questões sobre dados sociodemográficos, e um questionário sobre LS (European Health Literacy Survey Questionnaire short form). As variáveis analisadas foram faixa etária, estado civil, área de atuação, tempo de profissão, tempo na instituição APAE e nível de LS. Resultados: Da amostra de 59 participantes, a maioria eram mulheres, com média de idade de 36,51 anos com desvio padrão de 11,64, de estado civil casado(a) 50% (n = 30), de área de atuação da educação 71,1% (n = 42), de tempo de profissão e instituição APAE entre um a cinco anos e com o nível de LS problemático ou inadequado. Nenhuma das variáveis sociodemográficas analisadas nesse estudo mostrou associação estatisticamente significante com o nível de LS. Conclusão: Este trabalho possibilitou a pesquisa de elementos que poderiam ter contribuído para a avaliação do LS da população selecionada. Além disso, destaca-se a importância sobre o nível de LS de profissionais que lidam diariamente com indivíduos portadores de DI.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Construção e validação de folder explicativo para desobstrução de vias aéreas em crianças
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-08) Ianaba, Beatriz Kaori ; Segalla, Amanda Vitória Zorzi ; Meneguin, Silmara ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A obstrução das vias aéreas em crianças, comumente referida como engasgo, é um risco elevado, especialmente em menores de sete anos, estando associado a fase de desenvolvimento infantil. Objetivo: Construir e validar um folder explicativo sobre manobras de primeiros socorros aplicáveis em situações de obstrução das vias aéreas em crianças. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico a fim de validar um material educativo seguindo três etapas: (1) revisão integrativa da literatura, utilizando a estratégia PICO para formular a questão central, resultando na seleção de 8 artigos relevantes; (2) construção de um folder intitulado “Meu Filho Engasgou, e Agora?”, fundamentado na revisão; e (3) avaliação do material por um comitê de 8 especialistas, utilizando um formulário com escala Likert para mensurar validade de conteúdo. O Índice de Validade de Conteúdo foi calculado, buscando uma taxa mínima de concordância de 0,80. Resultados: Os avaliadores do folder eram enfermeiros, com média de 37 anos, predominando mestres (62,5%) e profissionais com mais de dez anos de experiência (75%), atuando principalmente em emergência (75%). O Índice de Validade de Conteúdo foi de 0,946, indicando boa concordância geral. Contudo, os especialistas sugeriram modificações em onze dos 21 itens avaliados. A concordância total foi de 61,9%, com destaque de 100% na dimensão linguagem, 75% na ilustração e 50% no layout. Conclusão: A validação do folder apresentou um grau satisfatório de concordância, refletindo a análise dos componentes e do instrumento global. Este material pode melhorar o manejo de obstruções das vias aéreas em crianças por leigos, promovendo uma abordagem segura e embasada em evidências. Revisões poderão ser necessárias com a introdução de novos protocolos. Recomenda-se condução de novas pesquisas para avaliar sua aplicação prática e efetividade, além de aprimorar o instrumento, visto que esta validação inicial não contempla propriedades métricas completas.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Fatores associados ao aumento da carga de trabalho da enfermagem na UTI pediátrica
    (Universidade Estadual Paulista [UNESP], 2024-11-18) Barros, Ayla Silveira de ; Cyrino, Claudia Maria Silva ; Castro, Meire Cristina Novelli ; Universidade Estadual Paulista (UNESP)
    Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva assiste crianças e adolescentes internados com doenças potencialmente graves e/ou com sistemas fisiológicos comprometidos, que necessitam de suporte e tratamento intensivo. A atuação da equipe de enfermagem nessa unidade é de extrema importância para o cuidado de crianças/adolescentes gravemente adoecidos e uma equipe de enfermagem dimensionada adequadamente é fundamental para a segurança e qualidade da assistência prestada. O Nursing Activities Score (NAS) é um instrumento utilizado para mensurar o tempo da assistência de enfermagem aos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva. Composto por sete grandes categorias divididas em 23 itens. A aplicação dele auxilia o enfermeiro na adequação do quantitativo de enfermagem, além da avaliação de demanda do cuidado de enfermagem a ser prestado dentro de 24 horas. Objetivo: Analisar os fatores associados ao aumento da carga de trabalho de enfermagem na UTI pediátrica. Método: Trata se de uma pesquisa de delineamento retrospectivo, quantitativo e transversal realizada em uma UTI pediátrica de um hospital do interior de São Paulo. Utilizou-se o Nursing Activities Score para avaliar a carga de trabalho, foram utilizados dados dos pacientes internados na UTI no ano de 2022. Os dados foram obtidos por meio de relatórios fornecidos pelo Centro de Informática Médica (CIMED) do HCFMB. Autorizado pelo Comitê de Ética e Pesquisa Local. Resultados: Participaram do estudo, 442 pacientes, mensurado o NAS 1047 vezes. A carga de trabalho se apresentou mais alta para as crianças de sexo masculino, com os diagnósticos prevalentes de comunicação atrioventricular e exame radiológico não classificado em outra parte e os que evoluíram ao óbito. Conclusão: A carga de trabalho de enfermagem, por meio do NAS, se associou ao sexo da criança, diagnóstico médico e ao desfecho óbito.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Intervenções para a redução da sífilis congênita: revisão integrativa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-01) Fabiano, Thais Vieira ; Andrade, Juliane ; Ravagnani, Juliana Sanches ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, é uma infecção sexualmente transmissível curável, porém de caráter crônico na ausência do tratamento adequado. Pode ser transmitida verticalmente durante a gestação, resultando na sífilis congênita (SC), associada a graves consequências, como prematuridade, abortos e óbitos fetais. Na última década, foi registrado um aumento substancial no número de casos de sífilis e SC. A Organização Mundial da Saúde estabeleceu metas para 2030, visando a eliminação da SC. Objetivo: Identificar as intervenções realizadas no pré-natal para redução da Sífilis Congênita. Método: Revisão integrativa, cuja busca foi realizada no dia 18 de agosto de 2024, nas bases de dados LILACS, EMBASE, PubMed, Web of Science e Scopus, sem delimitação de período, utilizando estratégia PICO e as palavras-chave “Sífilis Congênita” e “Pré-natal”. Utilizou-se as ferramentas Endnote como gerenciador de referências e Rayyan para leitura de títulos e resumos, com revisão por pares. Resultados: Foram incluídos sete artigos, publicados entre 2003 e 2024, nos idiomas inglês e português, desenvolvidos no Brasil, China e Reino Unido, com intervenções relacionadas a efetividade de campanhas de eliminação da SC, sistema de encaminhamento eletrônico, nomograma de risco individualizado, plataforma de monitoramento de casos, lacunas dos profissionais em relação a sífilis e capacitação, demonstrando potencial impacto ao enfrentamento da SC. Conclusão: As intervenções analisadas envolvem o fortalecimento dos sistemas de saúde, formação e qualificação dos profissionais, além de estratégias que ampliem o acesso ao diagnóstico e o uso de novas tecnologias.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Fatores associados ao enfrentamento do HIV/aids por profissionais da Atenção Primária à Saúde de um município do interior paulista
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-01) Caldana, Isabella Cristina da Silva ; Andrade, Juliane ; Santos, Lucas Cardoso dos ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A infecção pelo vírus do HIV apresenta dados expressivos em todo mundo. No Brasil, a Atenção Primária à Saúde é privilegiada para ações de controle do HIV/aids. Contudo, as dificuldades permeiam uma diversidade de aspectos: de ordem moral, ética, técnica, de organização e política. Destarte, é fundamental o (re)conhecimento destas ações neste nível de atenção. Objetivo: Identificar as ações de enfrentamento do HIV/aids associadas ao perfil, conhecimento e atitude dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa realizado em unidades de saúde da Atenção Primária de um município do interior paulista. A amostra incluiu 120 profissionais, entre gestores das unidades, enfermeiros e médicos assistenciais, e outros profissionais com ensino superior e que realizam teste rápido para HIV e Sífilis. A coleta de dados ocorreu entre maio e agosto de 2023, utilizando dois instrumentos: um para identificar o perfil sociodemográfico, conhecimento e atitudes dos profissionais sobre IST/HIV/aids; e outro para verificar as ações de enfrentamento, com base em uma escala validada. A análise de dados foi conduzida no software gratuito Statistical Package for the Social Sciences. Os dados relacionados ao perfil, conhecimento e atitudes sobre IST/HIV/aids foram analisados com estatística descritiva. O escore das ações de enfrentamento ao HIV/aids foi calculado a partir de 18 variáveis, representando a soma das ações realizadas. A regressão linear múltipla foi usada para identificar fatores associados ao escore (perfil, conhecimento e atitude) considerando variáveis com p<0,20 na análise bivariada e, no modelo final, associações significativas com p<0,05. Os modelos de atenção foram comparados pelos testes qui-quadrado e exato de Fisher, com significância estatística para p<0,05. Os profissionais participaram voluntariamente após leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu Resultados: A amostra foi composta majoritariamente por mulheres (73,4%), médicos (54,8%), enfermeiros (30,6%) e que desempenham funções assistenciais (73,4%). A análise de regressão linear múltipla indicou que profissionais da Estratégia de Saúde da Família apresentaram escores mais altos de enfrentamento ao HIV/aids [b=1,68, IC95% (0,6–2,70), p=0,001]. Na Estratégia de Saúde da Família, houve maior realização de ações como busca ativa de parcerias (94,5% vs. 76,9%), acompanhamento de gestantes com HIV/aids (90,9% vs. 67,7%) e notificação de Infecções Sexualmente Transmissíveis (100% vs. 90,8%), além de menos dificuldades em ações educativas (61,8% vs. 33,8%). Conclusão: Os resultados indicam que o modelo de atenção influenciou na efetividade das ações de enfrentamento ao HIV/aids. Profissionais da Estratégia de Saúde da Família realizaram mais atividades preventivas e de acompanhamento, evidenciando a potência desse modelo em promover ações de prevenção e integralidade. Os achados contribuem para o entendimento das diferenças entre os modelos de atenção e reforçam a Estratégia de Saúde da Família como modelo prioritário na Atenção Primária à Saúde.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Transtorno mental comum em estudantes de curso de graduação em enfermagem: prevalência e fatores associados
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-18) Giorgi, Laura Queçada ; Duarte, Marli Teresinha Cassamassimo ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O transtorno mental comum (TMC) é caracterizado pela presença de sintomas ansiosos, depressivos ou ainda somatoformes. Estudantes universitários estão expostos a uma série de fatores de risco para o desenvolvimento de TMC, sendo que os discentes da área da saúde acabam ainda por ter agravantes a mais como o contato direto com o sofrimento psíquico, podendo aumentar as chances de desenvolver TMC. A literatura nacional é escassa sobre a prevalência e fatores associados ao TMC entre estudantes de enfermagem, dessa forma destaca-se a importância do presente trabalho. Objetivo do presente trabalho foi estudar a prevalência de TMC os fatores associados ao aumento da pontuação do Self Reporting Questionnaire em estudantes de último ano de curso de graduação em enfermagem. Método: Estudo transversal, desenvolvido junto a um curso de graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública do interior do Estado de São Paulo. A população do estudo constituiu-se por estudantes concluintes das turmas de 2023 a 2024. Para o levantamento da prevalência e fatores associados ao TMC nesses discentes do último semestre da graduação, foi aplicado o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). As variáveis analisadas foram: sociodemográficas, motivação para a aprendizagem, empregando a escala de Avaliação da Motivação para Aprender para Universitários (EMA-U) e ano de conclusão do curso. Os dados foram coletados por meio de questionário autopreenchível. A análise foi realizada por meio de regressões lineares simples com resposta Normal. As variáveis que apresentaram associação com p < 0,20 foram inseridas em um modelo de regressão linear múltipla com resposta Normal. As variáveis foram consideradas estatisticamente significativas se p < 0,05. As análises foram feitas no software SPSS 21. Estudo aprovado por Comitê de Ética Local (Parecer Nº 6.175.408). Resultados: Participaram do estudo 59 alunos. A mediana de idade dos estudantes foi de 23 anos, predominaram aqueles que se encontravam na faixa etária entre 20 a 25 anos, do sexo feminino, de cor da pele autodeclarada branca, que não viviam com a parceria, católicos e que completaram o ensino médio em escola pública. A mediana da pontuação da EMA-U das duas turmas foi de 81 pontos, a da pontuação do SRQ-20, em conjunto foi de 11 pontos, sem diferença estatística entre as turmas. A idade, a cor parda e a pontuação da EMA-U associaram-se independentemente à pontuação do SRQ-20. Conclusão: A pesquisa apontou elevada prevalência de TMC entre os estudantes participantes e sugere que a gestão mantenha atenção aos estudantes com maior idade e que apresentem menor motivação durante o processo ensino-aprendizagem, atentando-se para aqueles com esse perfil, por mais que ter declarado cor da pele parda reduziu a pontuação do SRQ-20, esse grupo deve também receber atenção diferenciada.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Fatores associados a lesão de pele em pacientes pediátricos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-05) Chequito, Laura Melli ; Carvalheira, Ana Paula Pinho ; Serafim, Clarita Terra Rodrigues ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, a segurança do paciente diz respeito a uma redução de riscos de danos desnecessários, abrangendo o risco das lesões de pele. Evidencia-se que as crianças são pacientes com alto risco de lesão. A fim de caracterizar as unidades de internação e os pacientes pediátricos e auxiliar em sua segurança, surge o Sistema de Classificação de Pacientes, que avalia as demandas de cuidados e dependência da equipe de enfermagem. Considerando que as lesões de pele são eventos adversos evitáveis, questiona-se: Quais os fatores associados a lesão de pele em pacientes pediátricos? Objetivo: Identificar os fatores associados aos pacientes acometidos por lesões de pele notificadas em uma unidade de internação pediátrica. Métodos: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, de abordagem quantitativa, por meio de coleta de dados de relatórios gerenciais anonimizados oriundos dos prontuários eletrônicos do paciente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu referente ao período de 01 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2023, dos pacientes internados na unidade de internação pediátrica. As variáveis analisadas foram relacionadas a caracterização da amostra, como idade, sexo, tipo e classificação da internação, diagnóstico no momento da internação e tempo de internação (média); Sistema de Classificação de Pacientes Pediátricos (Escala de Fugulin Pediátrica: cuidados mínimos, cuidados intermediários, cuidados de alta-dependência e cuidados semi-intensivos) e Notificação de Lesão de Pele, por meio do preenchimento da Escala de Qualidade da Assistência diariamente. Resultados: De maneira independente, aumentaram o risco de lesão de pele em pacientes pediátricos as seguintes variáveis: maior tempo de internação, diagnóstico clínico de malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas e algumas outras consequências de causas externas, os pacientes que necessitaram de cuidados intermediários, semi-intensivo e alta dependência quando comparados aos que tiveram cuidados mínimos. Por outro lado, também de maneira independente, foi fator de proteção para a lesão de pele em pacientes pediátricos: pacientes com diagnóstico clínico de doenças do aparelho respiratório. Considerações finais: Essas evidências auxiliam no entendimento de que é necessário estar em constante avaliação para manutenção da integridade da pele, avaliando-se os fatores de risco e identificando qualquer alteração.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Saúde mental materna e saúde da criança nos primeiros 1000 dias de vida em tempos de pandemia
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-07) Marques, Larissa Yasmin da Silva. ; Ferrari, Anna Paula ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A pandemia de COVID-19 trouxe impactos na saúde física e na saúde mental, econômica e social, afetando especialmente as mulheres. Para mulheres grávidas, esses riscos podem levar a complicações como parto prematuro e baixo peso fetal, além de afetar o desenvolvimento cognitivo dos filhos. Objetivo: Verificar o efeito da pandemia causada pelo SARS-COV-2 sobre a saúde mental materna e seu reflexo nos cuidados à criança nos primeiros 1000 dias de vida. Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectiva cuja coleta de dados foi realizada em 3 momentos, sendo eles: triagem da amostra na população na Clínica do Bebê; entrevista telefônica com a mãe e levantamento de dados do prontuário do bebê. Para a análise de dados realizou-se análise bivariada entre sintomas de transtorno mental comum (TMC) no período gravídico-puerperal e os desfechos e as covariáveis. As covariáveis que apresentaram associação com nível de significância estatística menor que 0,20 foram inseridas nos modelos de regressão múltipla. Relações foram consideradas significativas se p<0,05, sendo as análises realizadas com o software SPSS versão 29.0.2.0 Resultados: Foram coletados dados de 357 binômios mãe-bebê e analisados 317. Na análise bivariada, associação estatisticamente significativa foi identificada entre relato de sintomas de TMC materno e idade materna menor de 19 anos e ausência de parceria fixa. Com relação ao desfecho rotina de atendimento prejudicada, houve associação estatisticamente significativa com mulheres que relataram sintomas de TMC, sendo que seus filhos têm maior risco de apresentarem falhas na continuidade da rotina de puericultura nos primeiros 2 anos de vida quando comparados àqueles cujas mães não relataram sintomas de TMC. Não foi identificada associação estatisticamente significativa entre sintomas de TMC relatados pelas mães e exposição precoce às telas Conclusão: Esses resultados sugerem que a pandemia de COVID-19 exacerbou os desafios já enfrentados no âmbito da saúde materno infantil, no que se refere à saúde mental materna e as repercussões nos cuidados com as crianças.
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    Letramento em saúde de cuidadores informais de pacientes submetidos a cirurgia neurológica: uma análise qualitativa
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-07) Oliveira, Hiago Henrique de ; Avila, Marla Andréia Garcia ; Almeida, Graziela Maria Ferraz ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O letramento em saúde (LS) é fundamental para que os cuidadores informais desempenhem seu papel no cuidado do paciente no pós-operatório. Objetivo: Compreender o nível do LS de cuidadores informais de pacientes submetidos a cirurgia neurológica, por meio de suas experiências com o tratamento cirúrgico e os cuidados no pós-operatório. Métodos: Estudo qualitativo tendo como referencial teórico os pressupostos do LS e como metodológico a análise de conteúdo de proposta por Bardin. O estudo foi conduzido em 2023 em unidade de internação neurológica em hospital público no interior paulista. Os critérios de inclusão foram: cuidadores informais de pacientes neurocirúrgicos com 18 anos ou mais. Os instrumentos de coleta de dados foram: questionário sociodemográfico, o European Health Literacy Survey Questionnaire shortshort (HLS-EU-Q6) para medir LS e o Ask Me Three® para guiar as perguntas norteadoras. Resultados: Dos 71 cuidadores informais, 71,8% (n = 51) eram mulheres, com idade média de 47 ± 13.0 anos, e 61,9% (n = 44) apresentaram LS provavelmente problemático. Por meio do Ask Me Three®, emergiram três categorias e oito subcategorias. Da pergunta, “Qual é o principal problema do paciente?”, a categoria central foi “Identificando as necessidades de cuidado no pós-operatório”, que se subdividiu em três subcategorias. Na segunda pergunta, “O que devo fazer?”, emergiu a categoria central “Compreendendo e apresentando dúvidas sobre o cuidado a ser realizado”, com três subcategorias. Na terceira pergunta, “Por que é importante para você fazer isso?”, a categoria central foi “Considerando a importância do cuidador e do cuidado na recuperação do paciente”, subdividida em duas categorias. Considerações Finais: Dos cuidadores, 61,9% (n = 44) apresentaram um LS provavelmente problemático. Apesar disso, esses cuidadores demonstraram compreensão sobre a designação da doença e a capacidade de estabelecer uma ordem dos acontecimentos que levaram os pacientes às circunstâncias atuais. Mostraram-se engajados em buscar informações com a equipe de saúde e a tomar decisões para os cuidados no pós-operatório, destacando seu papel crucial na continuidade do cuidado fora do hospital. A pesquisa também evidenciou a importância de estratégias e ferramentas de comunicação acessíveis, como o Ask Me Three®, com potencial de contribuir o LS desses cuidadores.
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    Risco de lesão por pressão decorrente do posicionamento cirúrgico em pacientes adultos e idosos: Estudo Transversal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-07) Donofre, Laura Maria ; Ávila, Marla Andreia Garcia de ; Oliveira, Rhavenna Thaís Silva ; Oliveira, Karime Rodrigues Emílio de ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: Estima-se que cerca de 50% dos pacientes submetidos a cirurgias eletivas apresentam risco elevado de desenvolver LP. Objetivo: comparar os fatores de risco de adultos e idosos submetidos a cirurgias eletivas desenvolverem lesões por pressão (LP) decorrentes do posicionamento cirúrgico segundo a escala de Avaliação de Risco para Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico (ELPO). Método: estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa e amostra não probabilística do tipo intencional. A amostra foi composta por indivíduos com 18 anos ou mais submetidos a cirurgias eletivas de diferentes especialidades. Foram excluídos pacientes hospitalizados na unidade de pronto socorro e com LP prévia, de acordo com a avaliação visual. Para associação do desfecho e as variáveis explanatórias de interesse foi utilizado o Teste Qui quadrado ou Exato de Fisher quando necessário. Para comparar a variável quantitativa, foi realizado um teste t Student. Para verificar a influência da idade em relação ao desfecho realizou-se uma regressão logística univariada, considerando-se p<0,05 como nível de significância. Resultados: Dos 143 pacientes do estudo, 53,85% são adultos e 46,15% idosos, com idades variando de 18 a 93 anos, e mediana de 59 anos. O escore médio da ELPO foi de 16.08 (desvio-padrão: 3.11) em adultos e 18.62 (desvio-padrão: 2.93) em idosos (p=0.0003). Com relação à classificação de risco segundo a ELPO (20 a 35 pontos), 11.69% dos adultos e 34.85% dos idosos (p=0.0009) demonstraram risco elevado para o desenvolvimento das LP decorrentes do posicionamento cirúrgico, com maior frequência tendo sido observada na população idosa. Foi possível observar que, para o avanço de 1 ano de idade, há aumento de 1,035 vezes (p=0.0215) a chance do idoso apresentar escore de classificação de “risco maior” para o desenvolvimento de LP. Conclusão: Ser idoso é uma condição que está relacionada ao maior risco de desenvolver LP em decorrência do posicionamento cirúrgico, a importância do desenvolvimento de protocolos de prevenção de LP destinados aos pacientes idosos em contexto cirúrgico.
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    Fatores associados à negligência/abandono em mulheres idosas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-08) Rodrigues, Carla Maria Kortz Toledo ; Carvalheira, Ana Paula Pinho ; Ignácio, Mariana Alice de Oliveira ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A violência contra a pessoa idosa, traduz-se em um processo complexo e multifatorial, sendo relacionada ao âmbito individual e coletivo. Nesse sentido, mulheres idosas estão particularmente vulneráveis a diferentes formas de abuso, como negligência/abandono, devido a fatores relacionados à idade e ao gênero. Durante a pandemia de COVID-19, essa vulnerabilidade aumentou devido ao isolamento social, o que resultou em um aumento significativo de casos de violência contra esse grupo, incluindo no Brasil. Objetivo: Analisar os fatores associados à negligência/abandono contra mulheres idosas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Método: Trata-se de um estudo transversal e analítico, guiado pela ferramenta Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). Foram analisados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), abrangendo o período de 2020 a 2021, usando o sistema TabNet do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram excluídos casos de gênero ignorado ou violência autoprovocada. A análise estatística foi feita no Excel e modelos multivariados de regressão de Poisson para analisar fatores associados à violência. Resultados: Durante o período analisado, foram notificados 5.875 casos de negligência e abandono de mulheres idosas no país. A maioria dessas mulheres se declarou-se parda, tinha entre 1 e 4 séries incompletas do ensino fundamental, era viúva, não apresentava deficiências e se identificava como heterossexual. A negligência foi perpetrada tanto por homens quanto por mulheres, geralmente por adultos de 25 a 59 anos, sendo os filhos os principais autores. Os incidentes ocorreram predominantemente nas residências, motivados por conflitos geracionais e outras razões. A análise de regressão múltipla revelou que a pandemia aumentou o risco de negligência, associando-se a fatores como idade, presença de deficiência, autoria masculina e relações familiares próximas. As motivações incluíram homofobia, conflito geracional e deficiências. Em contraste, mulheres idosas em união consensual e autores sob suspeita de uso de álcool mostraram-se como fatores de proteção contra negligência e abandono. Discussão: Os resultados revelam alta prevalência de negligência e abandono de mulheres idosas no Brasil, com 5.875 casos registrados. Essas mulheres, em sua maioria pardas, têm baixa escolaridade (até 4ª série incompleta), são viúvas e heterossexuais, sem deficiências. A violência é cometida por ambos os sexos, principalmente por filhos(as) adultos(as) (25 a 59 anos), ocorrendo principalmente nas residências. Motivadores incluem conflitos geracionais e outros fatores. A análise mostra que, durante a pandemia, o risco aumentou em idosas com deficiências e quando o agressor era homem ou ambos os sexos. Fatores como homofobia, deficiências e conflitos também contribuíram. Por outro lado, a união consensual e a suspeita de uso de álcool pelo agressor mostraram- se protetivas contra a negligência. Conclusão: O estudo identificou os fatores de risco e proteção relacionados à negligência/abandono de mulheres idosas no Brasil durante a pandemia. Ressalta-se a importância da notificação compulsória de violência interpessoal durante a pandemia de COVID-19, pois ela possibilitou identificar as mulheres idosas com maior vulnerabilidade, promovendo subsídios para a prevenção e intervenção precoce nos casos de violência contra a mulher idosa. PALAVRAS-CHAVE: Violência contra a Mulher; Abuso de Idosos; COVID-19
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    Prevalência e fatores relacionados à ermatite associada à incontinência em unidades pediátricas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-05) Miranda, Rafaella Manhoni Lima de ; Serafim, Clarita Terra Rodrigues ; Castro, Meire Cristina Novelli e ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A incontinência fecal e/ou urinária é um possível problema nos pacientes pediátricos hospitalizados. Independentemente de serem previamente incontinentes, a internação pode tornar a incontinência mais provável, já que, geralmente, os pacientes ficam acamados e restritos ao repouso no leito, aumentando as necessidades do uso de fraldas, fator de grande risco para o desenvolvimento de Dermatites Associadas à Incontinência (DAI). A DAI é manifestada por eritema, erosão, edema, exsudato seroso ou infecção secundária e quando não prevenida, identificada e tratada, interfere negativamente nos desfechos dos pacientes. Entretanto, a literatura científica ainda é escassa em pesquisas relacionadas a DAI em pacientes pediátricos. Objetivo: Estimar a prevalência e os fatores relacionados à dermatite associada à incontinência (DAI) em pacientes pediátricos com lesão de pele notificada. Método: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal e exploratório, de abordagem quantitativa, com base na pesquisa documental em prontuário eletrônico do paciente. Foram incluídos os dados de todos os pacientes de 0 a 14 anos completos, internados por, no mínimo, 24 horas, em unidades pediátricas de um hospital de grande porte no interior de São Paulo, no período de 01 de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2022. Para a investigação estatística, foi utilizada análise descritiva e o modelo de regressão de Poisson. Resultados: No período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022, foram realizadas 4798 internações nas unidades pediátricas da instituição de estudo, destas foram identificadas 693 (14,4%) notificações de lesão de pele. Considerando o cálculo amostral, foram incluídos no estudo os dados de 323 pacientes com notificação positiva para lesão de pele e, destes, 29,9% (n=97) foram identificados como DAI. Identificou-se que entre os pacientes com lesões de pele, ser do sexo masculino e estar em internação cirúrgica diminuiu a prevalência de DAI. As chances aumentam em 74% em pacientes com comorbidades prévias, quatro vezes mais em pacientes que utilizam anti-infecciosos e três vezes mais com o uso de fraldas. Conclusão: Evidenciou-se que a prevalência de DAI foi de 29,9%, sendo um fator fundamental para a segurança dos pacientes. A identificação dos fatores associados é essencial para o planejamento de ações preventivas, minimizando os riscos e a ocorrência de DAI.
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    Efeitos de intervenção para promoção da autoeficácia em amamentar e a duração do aleitamento materno exclusivo aos quatro meses: estudo randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-06) Mistrinel, Mariana ; Minharro, Michelle Cristine de Oliveira ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    O leite materno é imprescindível para a nutrição no início da vida, sendo responsável por suprir as necessidades nutricionais, hormonais e imunológicas do recém-nascido. O estudo teve por objetivo avaliar a importância de intervenção educativa capaz de qualificar a confiança e segurança em amamentar, denominada autoeficácia na amamentação, em associação com a duração do aleitamento materno exclusivo. Para a intervenção foi utilizado o álbum seriado “Eu posso amamentar o meu filho” além da aplicação da Escala de Autoeficácia na Amamentação para todas as participantes. A população do estudo foi composta por puérperas internadas no alojamento conjunto da maternidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp. Em seguida buscou-se comparar os dois grupos quanto aos desfechos (escore de autoeficácia na amamentação e a duração do aleitamento materno exclusivo aos 120 dias). A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, sob o número do Parecer: 5.927.149 e CAAE: 67350123.0.0000.5411. A análise estatística foi realizada mediante a comparação entre os grupos intervenção e controle utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson, com p-valor correspondendo a menor ou igual a 0,05, por meio do programa SPSS Statistics Trial. Após o período de 120 dias, 75 puérperas informaram a situação na qual se encontrava o aleitamento materno, destas, 40% relataram estar amamentando exclusivamente, 33,3% em aleitamento misto e 26,6% referiram estar oferecendo somente leite artificial para seus filhos. Quando analisada a autoeficácia associada a situação do aleitamento, identificou-se que as nutrizes inseridas na categoria de alta confiança eram em sua maioria as que continuaram a amamentar exclusivamente durante o período de quatro meses. Com relação a intervenção realizada, constatou-se uma relevância estatística negativa quando comparada a autoeficácia obtida após a execução da ação em relação ao grupo intervenção. Contudo, foi possível reconhecer que a amamentação sofre grande interferência dos fatores sociais e culturais, demonstrando a importância de ser defendida e abordada pelos profissionais da saúde durante o pré-natal, parto e puerpério, uma vez que a experiência da amamentar é singular a cada filho.
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    Fatores associados à puberdade precoce: estudo de coorte
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-04) Gonçalves, Geovana Rodrigues ; Parada, Cristina Maria Garcia de Lima ; Parenti, Ana Beatriz Henrique ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A puberdade é definida como o período de transição entre o final da infância e o início da vida adulta. É considerada precoce quando os caracteres sexuais secundários aparecem antes dos nove anos em meninos e oito anos em meninas ou na ocorrência de menarca antes dos nove anos. Sabe-se que o desenvolvimento puberal é influenciado por fatores genéticos, etnia, condições socioeconômicas, estado nutricional, sono e atividades físicas. Objetivo: Identificar os fatores associados à puberdade precoce e sua incidência nas crianças da Coorte de Lactentes de Botucatu (CLaB-fase2). Método: Trata-se de subprojeto aninhado a estudo de coorte prospectiva. A amostra foi composta por 391 crianças e a coleta de dados foi realizada entre 2023-2024. A avaliação do estágio puberal foi realizada pela Escala de Tanner, aplicada às mães em visita domiciliar. Dados sociodemográficos e dos hábitos de vida foram obtidos por entrevistas presenciais e telefônicas. Os dados foram analisados por regressão linear simples e múltipla com resposta Poisson. Aprovação pelo CEP (no 6.186.612). Resultados: Destaca-se que do total de crianças da coorte, 167 (42,7%) tiveram puberdade precoce e, destas, 46 eram meninas (27,5%) e 121 meninos (72,5%). Na análise de regressão linear múltipla com resposta de Poisson para explicar a puberdade precoce, a única variável com razão de prevalência (RP) estatisticamente significativa foi ser criança do sexo masculino (RP=2,02, IC95%=1,32-3,08, p=0,001). Conclusão: O único fator relacionado à puberdade precoce foi ser criança do sexo masculino, ainda julgam-se necessárias pesquisas adicionais sobre o tema, para explorar a influência de outros aspectos ambientais e comportamentais.
  • ItemTrabalho de conclusão de curso
    Identificação e caracterização de eventos adversos associados a medicamentos em pediatria
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-11-01) Jesus, Graziella da Silva ; Serafim, Clarita Terra Rodrigues ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Eventos Adversos a Medicamentos (EAM) como lesões ou efeitos indesejáveis decorrentes do uso de medicamentos, classificados como reações adversas (não evitáveis) e erros de medicação (evitáveis). Segundo a OMS, os erros de medicação correspondem a quase 1% dos gastos globais com saúde. Em 2017, a OMS lançou o 3º Desafio Global para Segurança do Paciente, “Medicação sem Danos”, priorizando o cuidado com pacientes hospitalizados, especialmente pediátricos, devido à alta vulnerabilidade e maior suscetibilidade aos EAMs. Nesse cenário, a análise de prontuários utilizando rastreadores destaca-se como estratégia eficaz para monitorar EAM e reforçar a segurança pediátrica. Objetivo: Identificar os eventos adversos associados a medicamentos, através de rastreadores padronizados, em pediatria. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo que analisou dados de prontuários eletrônicos de pacientes pediátricos, de julho de 2022 a julho de 2023, contendo um ou mais rastreadores de EAM, identificados por sistema informatizado. Os dados foram armazenados e processados na plataforma REDCap e analisados descritivamente e estatisticamente. Resultados: Foram incluídos 167 prontuários: 59,2% dos pacientes eram do sexo masculino, 73,0% internados em carater de urgência, idade média de 5,4 anos e tempo médio de internação de 14 dias. Cada paciente usou, em média, 19,6 medicamentos. Identificaram-se 49 EAM em 31 prontuários, o que corresponde a 29,34 EAMs por 100 pacientes, com predomínio de manifestações cardiorrespiratórias e cutâneas, sendo a descontinuação do medicamento a principal intervenção. O maior tempo de internação (p<0,001), a frequência de rastreadores (p=0,009) e o número de medicamentos (p<0,001) associaram-se à ocorrência de EAM, dos quais 55,1% eram inevitáveis, mas 42,9% poderiam ter sido mitigados de maneira mais eficiente. Conclusão: Rastreadores padronizados são ferramentas promissoras para detectar EAMs e promover uma cultura de segurança voltada à mitigação de danos e ao bem-estar de pacientes pediátricos.