São José do Rio Preto - IBILCE - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas

URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/254571

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  • ItemTese de livre-docência
    O papel da nominalização no continuum categorial
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2009-05-27) Camacho, Roberto Gomes ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A continuidade categorial é uma propriedade indiscutível da linguagem para a tradição funcionalista, que a trata como um verdadeiro universal linguístico. Além de buscar evidência sistemática para a comprovação desse axioma, o principal objetivo deste trabalho é analisar a estrutura argumental da nominalização, num esforço concentrado por demonstrar que esse mesmo princípio universal é metodologicamente útil e teoricamente válido para postular relações intralinguísticas de continuidade categorial mesmo entre classes aparentemente discretas como as de substantivo e verbo. A trajetória percorrida para a sustentação da hipótese da continuidade categorial passa necessariamente pela comprovação de uma hipótese secundária, a de preservação de valência, postulada por Dik (1985; 1997), segundo a qual a estrutura argumental é parte constitutiva da nominalização. Essa busca não teria êxito se a trajetória percorrida não utilizasse um atalho necessário, representado pela teoria prototípica de categorização. De fato, postular a existência de categorias intermediárias, como a de nominalização, implica necessariamente a existência de membros mais prototípicos de uma categoria. A existência de estrutura argumental, que sinaliza a representação de entidades de ordem superior, permite aproximar a nominalização de membros não-prototípicos da categoria dos verbos como formas não-finitas, enquanto a ausência de estrutura argumental, que sinaliza a representação de uma entidade de primeira ordem, permitiu aproximá-lo de membros prototípicos da categoria dos substantivos