São Vicente - IBCLP - Instituto de Biociências
URI Permanente para esta coleçãohttps://hdl.handle.net/11449/254418
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ItemRelatório de pós-doc Avaliação da toxicidade dos poluentes presentes no Rio Doce após rompimento da barragem do Fundão (MG) através de diferentes biomarcadores em peixes(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2023-01-27) Yamamoto, Flávia Yoshie ; Abessa, Denis Moledo de Souza ; Tauler, Romà ; Instituto de Biociências ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)Vários estudos têm mostrado os impactos ambientais da mineração e do rompimento da barragem do Fundão, no Rio Doce. Análises químicas na água detectaram ao longo do percurso do rio, elevadas concentrações de elementos como Fe, Al, Mn, e os de maior potencial tóxico como As, Cd e Pb após o acidente. Apesar dos seus efeitos na biota parecerem evidentes, poucos estudos investigaram as respostas desencadeadas nos peixes considerando toda a extensão do rio, bem como a maioria têm negligenciado a ocorrência de contaminantes orgânicos e suas misturas complexas com os metais. Desta forma, o presente projeto tem como objetivo avaliar a qualidade ambiental após o acidente, através de diversas abordagens que integrem tanto os aspectos abióticos como os bióticos deste ecossistema. Para este estudo foram coletadas amostras de água e sedimento em 8 locais da bacia do Rio Doce para a detecção e quantificação dos poluentes (metais e compostos orgânicos), assim como a captura de 474 peixes adultos (lambaris, jundiás e mandis), em duas estações do ano de 2019, para a avaliação dos parâmetros biológicos: bioacumulação, biomarcadores bioquímicos, moleculares, histopatológicos. Adicionalmente foi realizado um teste de toxicidade com embriões de jundiá expostos ao elutriato do Rio Doce durante 96hpf para verificar as respostas desencadeadas nas fases iniciais do desenvolvimento. Os resultados preliminares mostraram que os peixes coletados no Alto Rio Doce (local mais próximo do rompimento da barragem) apresentaram mais respostas de toxicidade: como elevados níveis de peroxidação lipídica, menores níveis de antioxidantes, alterações morfológicas nucleares nos eritrócitos e nas brânquias, assim como maiores taxas de deformidades nos embriões, sendo provável que estas respostas estejam associadas aos elevados níveis de metais presente neste ambiente. Já no médio Rio Doce os peixes apresentaram danos no DNA, e deformidades nos embriões o que sugere que outras fontes de poluição locais possam estar causando estes efeitos. Enquanto no baixo Rio Doce, a maior atividade da AChE nos peixes do baixo Rio Doce, pode representar uma resposta de exposição à outros contaminantes na região, como os pesticidas. Portanto, os resultados sugerem que diferentes fontes de poluição, pontuais e difusas, desencadeiam distintas respostas nos peixes, não havendo um gradiente de contaminação contínuo ao longo do Rio Doce. Com a conclusão das análises e a integração de todos os dados deste estudo, através da estatística multivariada, foi possível fornecer um diagnóstico mais completo da qualidade ambiental da Bacia do Rio Doce, servindo de suporte para tomadas de decisões por parte das autoridades públicas.ItemRelatório de pós-doc Perigo iminente: performance térmica de um camarão nativo e um camarão invasor em potencial frente ao cenário de aquecimento global(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-09-10) Miyai, Caio Akira ; Costa, Tânia Marcia ; Instituto de Biociências - Câmpus do Litoral Paulista - São VicenteMudanças climáticas e invasões biológicas exercem impacto significativo na biodiversidade global, alterando ecossistemas aquáticos e influenciando interações entre espécies nativas e invasoras. Espécies invasoras, especialmente aquelas filogeneticamente próximas às nativas, competem por recursos, acarretando efeitos prejudiciais. O clima desempenha papel crucial no estabelecimento dessas espécies, evidenciando a importância da temperatura. Animais ectotérmicos aquáticos, como camarões, enfrentam consequências fisiológicas e comportamentais devido às mudanças térmicas. A plasticidade térmica varia entre espécies, sendo explicadas pelas hipóteses de trade-off e latitudinal. Potimirim brasiliana, um camarão nativo de água doce, está suscetível a riscos de invasão biológica, particularmente pelo camarão Neocaridina davidi. O aumento da temperatura pode agravar os efeitos da invasão, enfatizando a necessidade de compreender suas tolerâncias térmicas. Este estudo visa avaliar as diferenças na tolerância e plasticidade térmica entre P. brasiliana e N. davidi, utilizando a metodologia da temperatura crítica (CTM), com o objetivo de determinar a temperatura crítica mínima (CT Mín) e a temperatura crítica máxima (CT Máx), possibilitando a elaboração do polígono de tolerância térmica (PTT) e a plasticidade térmica através da razão de resposta de aclimatação (RRA). Comparativamente, N. davidi e P. brasiliana apresentaram notáveis divergências em suas características térmicas, no qual N. davidi apresenta uma tolerância térmica maior, abrangendo um intervalo amplo de temperatura, e uma maior plasticidade térmica, indicando maior capacidade de adaptação a ambientes com variações térmicas significativas. Em contraste, P. brasiliana exibe uma tolerância térmica mais restrita, sugerindo uma adaptação mais específica a condições térmicas mais estáveis. Essas diferenças são de relevância particular em ambientes tropicais, onde as mudanças climáticas podem intensificar a variabilidade térmica. Neocaridina davidi destaca-se como um sério competidor em potencial, explorando eficientemente uma ampla gama de condições térmicas, reforçando a hipótese de trade-off. Essas descobertas são fundamentais para estratégias de conservação, considerando potenciais invasões biológicas e mudanças climáticas.ItemRelatório de pós-doc Parasitos de caranguejos como bioindicadores da qualidade ambiental de ecossistemas estuarinos da Baixada Santista, Estado de São Paulo, Brasil(Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-08-01) Wunderlich, Alison Carlos ; Pinheiro, Marcelo Antonio AmaroA Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) compreende um dos ambientes marinhos de maior degradação ambiental, seja por poluição atmosférica, hídrica, principalmente de origem industrial. No presente projeto, nós avaliamos o papel dos parasitos de organismos aquáticos como bioindicadores da poluição antropogênica da RMBS, utilizando as variações nos índices parasitológicos e na composição das comunidades de parasitos como variáveis respostas. Neste sentido, o relatório apresenta os resultados do projeto sobre as análises dos efeitos da degradação dos habitats dos manguezais da RMBS sobre a abundância, prevalência, intensidade parasitária e composição da comunidade de parasitos em sete espécies de caranguejos (Aratus pisonii, Ucides cordatus, Leptuca thayeri, Goniopsis cruentata, Minuca mordax, Minuca vocator e Minuca burgersi). Nós comparamos os resultados parasitológicos de localidades com alto ou moderado grau de degradação (i.e., São Vicente; e Itanhaém / Bertioga, respectivamente), em relação a uma localidade prístina/controle (Estação Ecológica da Juréia-Itatins, em Peruíbe). Foram coletados 507 caranguejos, pertencentes a sete espécies, nessas quatro localidades de manguezal da RMBS, com 71,4 % delas (5 spp.) registradas pelo menos por uma espécie de parasito. Nos exemplares parasitados (i.e., 45 = 8.9 %), encontramos cinco espécies de parasitos/simbiontes: duas espécies de crustáceos parasitos ou simbiontes (i.e., isópodo Bopirídeo e copépodos da família Cancrincolidae, respectivamente), três espécies de helmintos (i.e., uma espécie de nematódeo da família Cystidicolidae e duas espécies de acantocéfalos da família Polymorphidae). As maiores prevalência e intensidades médias de parasitismo foram encontradas nas localidades mais antropizadas, seja com moderado (Bertioga e Itanhaém) ou alto grau de degradação (São Vicente). Em relação as análises comparativas da composição da comunidade de parasitos entre as quatro localidades, nós encontramos uma diferença significativa, com um efeito do habitat/localidade sobre a composição das espécies de parasitos. Nossos resultados indicam que as comunidades de parasitos de caranguejos podem refletir o estado de conservação desses ambientes costeiros, além de servirem como sentinelas da qualidade ambiental, para auxiliar futuros estudos ecotoxicológicos sobre o ecossistema manguezal.ItemRelatório de pós-doc Fosfolipase A2 de zebrafish como biomarcador de contaminação aquática(2023-09-01) De Carli, Bruno Paes ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)