Análise energética do processo de pirólise lenta da casca de arroz

Abstract

The rice husk, byproduct with the highest amount in rice production, it is one of the most important agroindustrial residues. Its current disposition cause environmental impacts. One way to use the rice husk is in the pyrolysis process. The literature exhibits many studies about the rice husk pyrolysis, however, there are few studies that perform the energetic analyze of the rice husk slow pyrolysis process. In this work, it was done an energy analysis of the slow pyrolysis process of rice husk, evaluating the effects of temperature in pyrolysis product yields, in the immediate analysis of biochar, in SCP of bio-oil and biochar, and in the energy consumption ratio. The temperatures considered were: 300°C, 400°C and 500°C. The results showed that in all three temperatures the value of ECR (energy consumption ratio) was lower than 1, indicating that the energy contained in the products is greater than the total energy consumption of the rice husk slow pyrolysis process. The best ECR (0.035) was obtained in 300 °C, where it was the biggest biochar fraction (68.40%), the smallest bio-oil fraction (7.22%) and a significant pyrolytic gas fraction (24.38%)

A casca de arroz, subproduto com maior volume na produção de arroz, está entre os resíduos agroindustriais mais importantes. A sua disposição atual provoca impactos ambientais. Uma forma de aproveitar a casca de arroz é através do processo de pirólise. A literatura apresenta diversos trabalhos sobre a pirólise de casca de arroz, no entanto, há poucos trabalhos que realizam uma análise energética do processo de pirólise lenta da casca de arroz. Nesse trabalho, foi realizada uma análise energética do processo de pirólise lenta de casca de arroz, avaliando o efeito da temperatura nos rendimentos dos produtos da pirólise, na análise imediata do biochar, no PCS do bio-óleo e biochar e na proporção de consumo energético. As temperaturas consideradas foram: 300°C, 400°C e 500°C. Os resultados mostraram que nas três temperaturas o valor do PCE (proporção de consumo energético) foi menor que 1, indicando que a energia contida nos produtos é maior que o consumo total de energia usada no processo de pirólise lenta da casca de arroz. O melhor valor de PCE (0,035) foi obtido a 300°C, onde obteve-se a maior fração de biochar (68,40%), a menor fração de bio-óleo (7,22%) e uma significativa fração de gás pirolítico (24,38%)