Avaliação do efeito citotóxico e estresse oxidativo da injeção intracameral de lidocaína com e sem conservante em pacientes submetidos à facoemulsificação

Abstract

RESUMO Objetivo Avaliar os efeitos e consequências sobre a estrutura corneana e o estresse oxidativo gerado na câmara anterior em pacientes submetidos à facoemulsificação utilizando como solução anestésica lidocaína 2% intracameral com e sem conservante. Pacientes e métodos Estudo prospectivo, randomizado, incluindo 41 portadores de catarata operados por facoemulsificação com anestesia tópica, separados em dois grupos que diferiram pela injeção intracameral de lidocaína 2% sem vasoconstritor com conservante metilparabeno (grupo I) ou sem conservante (grupo II). Os olhos foram avaliados clinicamente com paquimetria e microscopia especular no pré-operatório e depois de 90 dias da cirurgia. Foi realizada análise do estresse oxidativo no humor aquoso, coletado imediatamente após a paracentese da câmara anterior. A energia dissipada pelo facoemulsificador foi avaliada em cada grupo. Resultados A análise do estresse oxidativo pela dosagem de 4-Hydroxynonenal como Carbonilação de proteínas não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos I e II. Tanto a contagem endotelial corneana como espessura central de córnea não resultaram diferenças entre ambos os anestésicos. Conclusão O uso de lidocaína 2% com conservante se mostrou seguro dentro das variáveis analisadas tanto na análise clínica como molecular para paciente submetidos a facoemulsificação com anestesia tópica. Palavras-chave: Catarata. Facoemulsificação. Lidocaína. Estresse oxidativo

ABSTRACT Purpose Evaluate the effects and consequences on the corneal structure and the oxidative stress generated in the anterior chamber in patients undergoing phacoemulsification under intracameral 2% lidocaine anesthetic solution with and without preservative. Patients and Methods Prospective randomized study of 41 eyes with cataract which underwent phacoemulsification surgery under topical anesthesia, separated into two groups that differed by 2% lidocaine intracameral injection without vasoconstrictor with methylparaben preservative (group I) or without preservative (group II). The eyes were clinically evaluated with pachymetry and specular microscopy preoperatively and 90 days after surgery. The analysis of the oxidative stress on the aqueous humor, which was collected immediately after the anterior chamber paracentesis, was performed. The cumulative dissipated energy was evaluated in each group. Results The oxidative stress analysis by 4-hydroxynonenal dosage as protein carbonylation had no significant statistical difference between the groups I and II. The corneal endothelial count as well as the corneal central thickness did not result a difference between both anesthetics. Conclusion The use of 2% lidocaine with or without preservative was safe during clinical evaluation as well as during the oxidative stress development within the analyzed variables in patients that underwent phacoemulsification with intracameral anesthesia. Keywords: Cataract. Phacoemulsification. Lidocaine. Oxidative stress