Botucatu - FMB - Faculdade de Medicina

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  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Estudo da matriz na leucemia mieloide crônica: análise da expressão do hialuronano (HA), das enzimas hialuronano sintases e do CD44 para predição de casos resistentes ao Imatinibe (IMB)
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-28) Vieira, Thiago Henrique Meinicke ; Domingues, Maria Aparecida Custódio ; Bidinotto, Lucas Tadeu ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa clonal caracterizada pela expansão do setor mieloide a partir da célula-tronco pluripotente. Foi a primeira doença definida por metodologia citogenética através da identificação do cromossomo Philadelphia, originado a partir da t(9;22)(q34;q11.2). O desenvolvimento dos inibidores de tirosina quinase (ITQ) como Imatinibe (IMB) revolucionou a história natural da LMC, contudo uma porção dos pacientes apresenta resistência à terapia, sendo necessário o uso de ITQ mais potentes. A elucidação da patogênese da LMC a partir da compreensão do papel do remodelamento dos nichos da medula óssea pode contribuir para a identificação de preditores de risco aumentado de evolução para resistência. Objetivos: Analisar a expressão do hialuronano, das enzimas hialuronano sintases e do CD44 nos casos de LMC resistentes ao IMB juntamente com as características morfológicas da medula óssea; entender o papel desses marcadores no mecanismo de quimioressistência; identificar possíveis fatores preditores do risco de evolução para resistência. Materiais e métodos: Seleção de 161 pacientes com diagnóstico de LMC provenientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, Hospital de Amor de Barretos e Hospital de Amor Amazônia. Realizada divisão em 3 grupos: LMC resistente (116 casos), LMC não resistente (25 casos) e LMC intolerante (20 casos). Foram resgatadas as biópsias de medula óssea de cada grupo para análise morfológica e imuno-histoquímica com os marcadores CD44, hialuronano e hialuronano sintases (HAS1, HAS2 e HAS3). Resultados: A análise morfológica identificou que a presença de quantidade moderada de micromegacariócitos pode corresponder a um fator protetor contra a resistência. Na análise imuno-histoquímica, houve intensa expressão de CD44 no grupo resistente em fase crônica quando comparado com o grupo não resistente, no qual a intensidade de expressão foi baixa. Foi identificada perda de expressão de HAS2 celular nos nichos perivascular e peritrabecular na LMC resistente juntamente com ausência de expressão estromal como consequência da intensificação do remodelamento dos nichos na quimiorresistência. Conclusão: A resistência na LMC permanece um desafio terapêutico, apesar dos contínuos avanços no aprimoramento dos ITQ. O remodelamento dos nichos proporciona a manutenção da leucemogênese com desenvolvimento de resistência. A análise de CD44 e HAS2 em biópsias de medula óssea por exame imuno-histoquímico no momento do diagnóstico de LMC pode constituir uma abordagem eficaz na identificação de casos que evoluirão com resistência, evitando o impacto socioeconômico negativo que a quimiorresistência acarreta. Palavras chave: LMC, resistência, medula óssea, nicho, CD44, hialuronano, hialuronano sintases, remodelamento.
  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Fake News na área de saúde: um estudo sobre a disseminação de notícias falsas em redes sociais e a necessidade de adequação da legislação brasileira
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-14) Barbuio, Rita de Cássia ; Simões, Rafael Plana ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A Constituição Federal assegura o direito à livre expressão do pensamento e à informação. A popularização das novas tecnologias trouxe uma maior valorização da liberdade de expressão e o cidadão, cada vez mais, toma conhecimento de forma célere de notícias mundiais, podendo manifestar sua opinião através de comentários e compartilhamentos de notícias. Ocorre, porém, que a propagação de notícias falsas por meio da internet gera grande impacto mundial, trazendo insegurança e consequências, em especial nas áreas da política e saúde pública. Durante a pandemia causada pelo coronavírus, as “Fake News” foram responsáveis pela disseminação, cada vez maior, do vírus, prestando um desserviço à comunidade, colocando em risco o trabalho de cientistas e pesquisadores do mundo todo. Nesse cenário, fizeram-se necessárias alterações substanciais em nossa legislação, com a adoção de medidas mais eficazes para o combate de “Fake News”, em especial na área da saúde, a fim de coibir atitudes criminosas que coloquem em risco a saúde coletiva. Objetivos: Identificar características e elaborar modelos que ajudem a compreender/elucidar como ocorre a propagação de “Fake News” por meio de redes sociais, apontando mecanismos hábeis à adequação da legislação brasileira para o efetivo combate da disseminação de Fake News na área médica, em redes sociais, em proteção à saúde coletiva. Métodos: A pesquisa foi realizada em três etapas: revisão da legislação vigente, análise de questionários socioculturais com aprendizado de máquina e estudo da propagação de Fake News por meio da teoria dos grafos. Resultados: A legislação brasileira ainda não caracteriza dolo na disseminação de Fake News e o compartilhamento dessas notícias não apresentou correspondência com características socioculturais. Além disso, a propagação de Fake News não segue padrões típicos para redes livres de escala. Como ação prática, foi elaborada uma sugestão legislativa e encaminhada à OAB seção Botucatu e à ONG Renascer com a intenção de apresentá-la à Câmara dos Deputados para tornar a legislação mais eficaz no combate à Fake News e seus impactos na saúde coletiva
  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Expressão de endotelina-1, receptores de endotelina A e B, bem como receptor de hidrocarboneto arílico (AhR) no melasma facial em comparação com a pele sã adjacente fotoexposta
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-26) Silva, Carolina Nunhez ; Lemos, Ana Cláudia Cavalcante Espósito ; Miot, Hélio Amante ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Fundamentos: O melasma é uma hipermelanose focal adquirida crônica, de etiologia multifatorial, que acomete principalmente a face de mulheres em idade fértil. Embora seja altamente prevalente, sua patogênese ainda não é totalmente compreendida. A radiação ultravioleta (RUV) é seu principal gatilho ambiental, agindo direta e indiretamente na melanogênese. Uma alta prevalência de melasma é observada em países com maior exposição solar e população miscigenada, mas também com altas taxas de poluição. Endotelina-1 (ET-1) é um peptídeo sintetizado por diferentes tipos de célula e tem ação vasoconstritora. Na pele, ET-1 é produzida pelos queratinócitos em resposta à exposição RUV do tipo B, e desempenha um papel na melanogênese ao se ligar a receptores específicos na superfície dos melanócitos - receptores de endotelina A e B (ERA e ERB). O receptor de hidrocarboneto arílico (AhR) é uma proteína citoplasmática que sofre translocação nuclear quando ativada, e atua como um fator de transcrição regulador para a resposta a estímulos ambientais e manutenção da homeostase celular. O AhR pode ser ativado por bifenilos policlorados, dioxinas ou outros hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) presentes na poluição ambiental, além de metabólitos endógenos induzidos pela RUV. Quando ativado, AhR regula positivamente enzimas envolvidas na depuração de xenobióticos e aumenta espécies reativas de oxigênio (ERO), induzindo a expressão de p38. Por sua vez, p38 aumenta a atividade do fator de transcrição MITF, regulando diretamente a expressão da tirosinase nos melanócitos. Até o momento, a expressão de ET-1, ERA, ERB e AhR no melasma não foi sistematicamente investigada. Objetivos: Avaliar a expressão de ET-1, ERA, ERB e AhR na pele de mulheres com melasma facial em comparação com a pele sã adjacente fotoexposta. Métodos: Estudo transversal, com 40 amostras de pele (20: melasma facial; 20: pele sã adjacente) obtidas de biópsias por punch (3mm), realizadas em mulheres com melasma facial moderado a grave, sem tratamento há ao menos 30 dias, exceto por uso de protetor solar, obtidas por conveniência entre as pacientes atendidas em hospital terciário. Coletaram-se dados clínicos e demográficos das pacientes. Foram excluídos extremos fenotípicos, gestantes, lactantes e portadoras de outras dermatoses. As amostras foram emblocadas em parafina e, após, realizou-se técnica de imunofluorescência de tripla marcação para anti-vimentina, DAPI, mais um dos seguintes anticorpos testes: (a) anti-ET1, (b) anti-ERA; (c) anti-ERB. Para análise de Ki67 (anticorpo monoclonal clone MIB1, Dako, M7240 , Glostrup, Denmark – 1/50), e para AhR (ab190797, Abcam, Cambridge - MA – 1/100), 40 lâminas foram previamente coradas para Hematoxilina & Eosina, e submetidos à imuno-histoquímica (DAB). De maneira cega para topografia (melasma; pele sã), as áreas interfoliculares de maior intensidade nas lâminas foram fotografadas em triplicata. Para as técnicas de imunofluorescência, foi utilizado microscopia confocal a laser (LEICA TCS SP8) para diferentes filtros de cor. Já para imuno-histoquímica, as lâminas foram fotografadas em microscópio óptico convencional. Usando o software ImageJ v1.51, realizou-se análise semiquantitativa das imagens obtidas, sendo a análise cega quanto à topografia. Resultados: A média (DP) de idade dos participantes foi de 44,9 (9,2). A expressão de ET-1 mostrou-se aumentada em toda a epiderme com melasma quando comparada à pele sã adjacente, sendo 32,8% (IC95% 14,7%─52,6%) maior na camada espinhosa (p=0,013), 30,4% (IC95% 13,7 % ─47,9%) maior na camada basal (p=0,014) e 29,7% (IC95% 11,4%─49,7%) maior nos melanócitos (p=0,006). Houve correlação positiva entre a expressão de ET-1 na epiderme com melasma e a espessura da epiderme (eho=0,51; p=0,02) e com a idade (rho=0,58; p=0,01). Não houve expressão perceptível de ET-1 nas células da derme superior. Nem o ERA nem o ERB resultaram em expressão epidérmica diferencial entre melasma e a pele sã ajdacente (p≥0,1). A imuno-histoquímica revelou maior ativação do AhR na epiderme do melasma em comparação com o epitélio adjacente (1,3 vs. 1,1 núcleo por campo; p=0,03). Não houve marcação citoplasmática do AhR na epiderme. Nos folículos pilossebáceos, houve marcação tanto nuclear quanto citoplasmática, sendo mais frequente no melasma que na pele sã adjacente (70% vs. 30%; p=0.03). A epiderme com melasma apresentou menor espessura do epitélio (187 vs. 207 µm; p<0,01), entretanto, maior taxa de proliferação (HSCORE 36 vs. 27; p=0.02). Não houve, porém, correlação entre o HSCORE, a espessura da epiderme e a expressão epitelial do AhR (p>0,3). Limitações: Foram incluídas apenas mulheres (embora isso garanta a homogeneidade da amostra) oriundas de apenas um centro de pesquisa e não houve um estudo funcional das vias ativadas pelo AhR. Conclusão: A ET-1 é expressa mais intensamente na pele de mulheres com melasma facial em comparação com a pele sã adjacente fotoexposta e este aumento se dá às custas de ET-1 epidérmica em detrimento da expressão dérmica. Evidenciou-se ativação do AhR epidérmica e maior expressão do AhR nas unidades pilossebáceas da pele com melasma em comparação com a adjacente.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Avaliação da deleção de MTAP no desenvolvimento e resposta a terapia e imunoterapia em glioblastomas
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-27) Gonçalves, Paola Gyuliane ; Bidinotto, Lucas Tadeu ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Glioblastoma (GBM) é um tumor cerebral altamente agressivo e letal, caracterizado por crescimento rápido, resistência à terapia e prognóstico ruim. Estudos recentes enfatizaram o papel central da metiltioadenosina fosforilase (MTAP), uma enzima no metabolismo de purina e metionina, em vários tipos de câncer. Entretanto, o impacto do silenciamento do MTAP no GBM ainda não está claro. Neste estudo, investigamos os efeitos do silenciamento de MTAP no crescimento de GBM usando linhagens de células de glioblastoma e um modelo de xenoenxerto. O knockout de MTAP mediado por CRISPR-Cas9 em células de glioblastoma, implantadas em camundongos imuno deficientes, demonstrou que o silenciamento de MTAP atrasou significativamente o crescimento do tumor (p<0,001) e alterou a celularidade (p<0,009), fibrose (p<0,006) e necrose (p<0,0003) em xenoenxertos em camundongos imuno deficientes. Mecanicamente, a perda de MTAP interrompeu a proliferação (p<0,001), a migração (p<0,001) e a formação de colônias (p<0,001) em estudos in vitro. Além disso, o acúmulo de metiltioadenosina (MTA) no microambiente tumoral (TME) promoveu um ambiente imunossupressor e aumentou a angiogênese (p<0,0001), o que facilitaria a progressão do tumor. Também exploramos o potencial terapêutico da síntese de purina e dos inibidores de MAT2A no GBM deficiente em MTAP, sugerindo que a 2-Fluoroadenina (2-FA) inibiu a migração celular (p<0,0001), a formação de colônias (p<0,0001) e a viabilidade do tumor, particularmente em células com MTAP deletado. Além disso, na presença de MTA houve letalidade sintética apenas em células MTAP-/-, revertendo a citotoxicidade da droga nas células MTAP+/+. Entretanto, nenhuma letalidade sintética foi observada com pemetrexede ou AG-270. Essas descobertas destacam o silenciamento de MTAP como um potencial alvo terapêutico no GBM e sugerem que direcionar o metabolismo da purina pode oferecer uma estratégia promissora para tumores deficientes em MTAP. Mais estudos são necessários para validar esses resultados in vivo e avaliar a eficácia dos inibidores da via relacionada ao MTA no tratamento do GBM.
  • ItemTese de doutorado
    Desenvolvimento de ferramenta para modelo de cálculo de blindagem em instalações de medicina nuclear
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-03-25) Silva, Eduardo Tinois da ; Moriguchi, Sonia Marta ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A Medicina Nuclear é uma modalidade médica com procedimentos em diagnóstico e terapia. Sua técnica baseia-se na administração de radiofármacos em pacientes que tornam-se fontes radioativas no Serviço de Medicina Nuclear (SMN) as quais transitam nas dependências que compõem a instalação e cuja única forma de blindá-las é blindando as paredes das dependências para promover Proteção Radiológica aos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos e Indivíduos do Público. Como há uma diversidade de radioisótopos utilizados, há na mesma proporção uma diversidade de espectros de emissão, resultando que uma espessura de barreira exerce diferentes intensidades de atenuação para os diferentes isótopos. Essa dificuldade, somada à dificuldade resultante da diversidade de exames e fluxos desses pacientes por essas dependências, faz com que várias aproximações e simplificações sejam realizadas nos cálculos de blindagem para estimar as espessuras adequadas dessas paredes e para tornar esses cálculos humanamente viáveis, promovendo distanciamento do contexto real. O modelo proposto nesse trabalho parametriza a instalação de modo digital, registrando as coordenadas espaciais das paredes, a característica multiradioisotópica e posição espacial das fontes, as características e posições espaciais dos alvos e as quantidades de exames de cada procedimento que o SMN pretende realizar, e calcula de maneira automática as espessuras das paredes que promoverão a redução das doses nos alvos, para valores abaixo dos níveis de segurança/limite estabelecidos para todos os alvos, inclusive considerando as contribuições de todas as fontes e as redundâncias de blindagem decorrentes de haver mais de uma parede interposta entre um par fonte-alvo. O modelo foi implementado em um aplicativo baseado na plataforma EXCEL, denominado PMV (Protótipo Minimamente Viável) e aplicado nos cálculos de blindagem para diversos SMN. Os projetos de blindagem desses SMN foram submetidos à CNEN e aprovados, confirmando que o modelo de representação do SMN, o método e o aplicativo desenvolvidos atingiram resultados satisfatórios pela análise realizada pelo órgão regulador.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Condições associadas ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados por pessoas idosas no município de São Paulo - estudo SABE - saúde, bem estar e envelhecimento
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-17) Barbieri, Silvio Fernando. ; Villas Boas, Paulo José Fortes ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O uso de Medicamentos Potencialmente Inapropriados (MPI) é prevalente em pessoas idosas da comunidade e é associado à maior incidência de eventos adversos como risco de interações medicamentosas, aumento das admissões hospitalares e Reações Adversas a Medicamentos. Objetivo: Estimar a prevalência do uso de MPI em coorte de idosos do município de São Paulo e verificar associação com condições sociodemográficas, clínicas e com Índice Brasileiro de Privação (IBP). Material e Métodos: estudo transversal com dados do estudo SABE da coorte de 2015, composta por pessoas de 60 anos ou mais domiciliados no município de São Paulo. Medicamentos utilizados foram classificados se potencialmente inapropriados segundo os critérios de Beers da American Geriatrics Society (versão 2019). Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência das variáveis sociodemográficas e clínicas, obtidas pela regressão de Poisson. Foi conduzida análise geoespacial do uso de MPI por idosos utilizando o IBP. Resultados: A média de idade foi de 71 anos (dp=8.3). A prevalência do uso de MPI foi de 52% e de polifarmácia de 50.3%. Os MPI mais citados foram Omeprazol (30%), Clonazepam (5.2%), Orfenadrina e Combinações (4.8%). As condições que apresentaram associação com uso de MPI foram Problema nervoso (p<0.001), Depressão (p=0.01), Polifarmácia (p<0.001) e estar Acamado (p=0.005). Na análise geoespacial foi encontrado risco aumentado de 22% do uso de MPI em decil de baixa privação (2) utilizando o IBP. Conclusões: Foi observada alta prevalência do uso de MPI pelas pessoas idosas, que foi associado com problema nervoso, depressão, polifarmácia e estar acamado. Na análise geoespacial o uso de MPI foi associado com decil de baixa privação utilizando o IBP.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Mecanismos genéticos e celulares envolvidos na perda dentária e estratégias de prevenção
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-03-14) Leme, Kamila Sauer Veiga ; Salvadori, Daisy Maria Fávero ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A promoção e manutenção da saúde bucal sempre foram desafios para a odontologia. Devido à complexidade dos tecidos orais e da microbiota, mesmo com o avanço de técnicas e materiais, o desfecho pode ser a perda dentária derivada principalmente de cáries e doença periodontal, além de doenças sistêmicas como o diabetes. Todos esses processos geram resposta inflamatória, com aumento do estresse oxidativo que intensifica o envelhecimento precoce dos tecidos de suporte e sustentação do dente. Assim sendo, o controle de processos inflamatórios e do desbalanço oxidativo são importantes para prevenção da senescência celular e para melhoria da saúde dentária. A senescência celular, caracterizada pela parada irreversível da proliferação, é usualmente precedida pelo estado de pré-senescência, o qual é tipificado pela alteração da morfologia e metabolismo celular e pelo acúmulo de danos no DNA. Apesar do campo de pesquisa sobre senescência celular estar evoluindo rapidamente, há questões ainda não completamente elucidadas, especialmente com relação à progressão de mudanças que ocorrem em células primárias levando à indução da senescência e culminando na morte celular. Tecnologias emergentes e a padronização de metodologias estão proporcionando melhor compreensão sobre essa interação intrincada e certamente resultarão em estratégias mais eficazes para prevenir a senescência e os distúrbios relacionados. Portanto, no contexto geral, este estudo buscou estabelecer uma metodologia para auxiliar no melhor entendimento dos mecanismos ou marcadores que caracterizam o estado de pré-senescência em células de tecidos de sustentação dos dentes, e avaliar alternativas para reduzir as alterações e retardar o processo de envelhecimento celular. Assim, utilizando o modelo de pré-senescência induzida pelo H2O2 e tendo como base a premissa de que o estresse oxidativo pode ser reduzido pela ação de agentes antioxidantes, este estudo objetivou investigar se os compostos metformina e própolis poderiam atuar como moduladores do processo de senescência em células tronco mesenquimais de polpa e do ligamento periodontal humanas. Para isso, foram isoladas por digestão enzimática e caracterizadas com anticorpos monoclonais de superfície (CD105, CD90, CD45 e CD34) as células tronco mesenquimais humanas da polpa dental (HDPSCs) e do ligamento periodontal (HPLSCs) e avaliados a cinética do ciclo, proliferação e migração celular, taxas de células senescentes e apoptóticas, alterações mitocondriais (massa e potencial de membrana) e no DNA, além do perfil de expressão de genes de vias de autofagia (ATG7), apoptose (BCL2, TP53), senescência (GLB1) e metabolismo energético celular (PGC-1α). Primeiramente, os dados evidenciaram o aumento na atividade lisossomal (aumento da atividade da β-galactosidase) e mudanças no tamanho e morfologia das células (dois dos principais biomarcadores de senescência celular), confirmando a eficácia do modelo experimental utilizando o H2O2 para a indução de pré-senescência. Posteriormente, os resultados mostraram que a metformina e a própolis reduziram a atividade dos lisossomos, a quantidade de danos primários no DNA, além de induzir maior expressão dos genes TP53 e BCL2 e menor do PGC-1α. Concluindo, nossos achados indicaram que a metformina e a própolis podem criar condições favoráveis para a redução de alterações celulares as quais poderiam promover a transição do estado de pré-senescência para a parada persistente do ciclo, retardando, assim, o envelhecimento e a morte celular.
  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Avaliação do tratamento homeopático em pacientes sintomáticos covid-19 positivo durante onda de 2021: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-01-22) Lemonica, Renata ; Patrício, Karina Pavão ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A homeopatia tem sido utilizada ao longo da história no controle de doenças epidêmicas, e pode ter aplicações no tratamento clínico da COVID-19. Objetivo: Avaliar o impacto dos medicamentos homeopáticos individualizados (MHI) na melhora dos desfechos clínicos e no tempo até a alta médica em pacientes com COVID-19. Método: Ensaio clínico exploratório, prospectivo, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, com grupos paralelos, realizado em um município do Estado de São Paulo, de fevereiro a julho de 2021. Foram incluídos pacientes sintomáticos, com diagnóstico confirmado de COVID-19 por RT-PCR, encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde para tratamento domiciliar. Os efeitos sobre o estado de saúde foram avaliados por meio de fichas clínicas desenvolvidas pelos pesquisadores, baseadas em dados da literatura, que continham os sintomas típicos da COVID-19, com graduações de intensidade, duração dos sintomas e medicamentos utilizados. Um escore global individualizado de COVID-19 e o tempo de tratamento foram analisados com base na pontuação das fichas clínicas. Os pacientes foram alocados aleatoriamente nos grupos placebo ou MHI. A análise estatística utilizou modelos de regressão linear múltipla, de Poisson e de Cox para os desfechos. As análises foram realizadas com o software SPSS v.21, e associações foram consideradas estatisticamente significativas se P<0,05. Resultados: Um total de 82 pacientes sintomáticos de COVID-19, todos não vacinados, foram randomizados para receber medicamentos homeopáticos individualizados (MHI) ou placebo. Desses, 68 pacientes completaram o estudo e foram incluídos na análise estatística (32 no grupo MHI e 36 no grupo placebo). Não houve diferença significativa nos escores iniciais de sintomas de COVID-19 entre os grupos. O grupo MHI apresentou tempo médio significativamente menor entre a consulta inicial e a alta médica em comparação ao grupo placebo (p<0,05: MHI 74,5 horas [±57,47, IC 95%: 55,73-93,27]; placebo 137,42 horas [±87,85, IC 95%: 106,98-167,86]). Usando o teste de tendência qui-quadrado em tempos selecionados (74,5 e 137,42 horas), os escores de COVID-19 mostraram reduções sustentadas associadas ao MHI. No primeiro ponto de alta, o grupo MHI apresentou escores de sintomas significativamente menores (p<0,05) (7,31 [±5,19]) em comparação ao placebo (11,72 [±5,5]). Essa tendência se manteve no segundo ponto de alta, com o grupo MHI apresentando escores significativamente menores (p<0,05) (2,83 [±2,79]) em relação ao placebo (5,09 [±4,78]). Os medicamentos mais utilizados foram Arsenicum album (47%), Bryonia alba (31%) e Antimonium tartaricum (12%). Conclusão: O tratamento com MHI reduziu significativamente os escores de sintomas de COVID-19 e o tempo até a alta médica em comparação ao placebo, sugerindo um potencial papel dos MHI no manejo domiciliar de sintomas leves a moderados de COVID-19.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Curso de medicina como fator de mudança no estilo de aprendizagem dos estudantes
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-21) Ribeiro, Renato Antunes ; Cyrino, Antonio de Padua Pithon ; Abbade, Joelcio Francisco ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A presente tese – de natureza quantitativa e qualitativa – se debruça sobre o curso de Medicina como fator de mudança no Estilo de Aprendizagem (EA) de estudantes matriculados na Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FMB-Unesp). Para tanto, na parte quantitativa do trabalho investigou-se a mudança ou permanência dos EA ao início e ao final do curso de Medicina, aplicando o questionário Honey-Alonso de Estilos de Aprendizagem (CHAEA) ao mesmo grupo de alunos nos anos de 2014 e 2019. Na parte qualitativa, realizou-se uma revisão integrativa de literatura, bem como, grupo focal com estudantes do 6º ano do curso de Medicina, matriculados no ano letivo de 2024, na FMB-Unesp. Na análise quantitativa- comparativa, constatou-se que todos os alunos apresentaram alterações na somatória de cada uma das escalas dos estilos, ainda que 29 alunos (54,7%) tenham permanecido com seu EA predominante e 24 alunos (45,3%) tenham modificado sua predominância de Estilo. A revisão integrativa, apontou que o Internato é um ponto de inflexão na formação médica, com alteração das preferências de EA dos estudantes de Medicina, entre os anos pré-clínicos e clínicos, dada à exigência de adaptação aos modos de ensino e às disposições do ambiente clínico. Por sua vez, o grupo focal, possibilitou refinamento na compreensão sobre o impacto da graduação em medicina nos EA, destacadamente no Internato, revelando fatores de mudança nas formas de viver e aprender dos alunos nesta fase do currículo médico. Defende-se assim a tese de que o curso de Medicina é um fator de mudança no EA dos alunos e propõe-se o uso da teoria dos EA em estratégias pedagógicas na formação médica, bem como, estudos futuros de natureza quantitativa e qualitativa na graduação em Medicina, na FMB-Unesp.
  • ItemTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Comparação do cultivo celular 2D versus 3D em linhagem de adipócitos viscerais humanos tratados com irisina sobre os efeitos do pseudo SARS-COV-2
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-08-05) Rocha, Paula Barreto da ; Nogueira, Célia Regina ; Sibio, Maria Teresa De ; Universidade Estadual Paulista (Unesp) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introduction: Since the beginning of the COVID-19 pandemic, there has been a collective effort aimed at understanding the behavior of the SARS-CoV-2 virus and, thus, developing effective treatments; however, the literature on the relationship between the virus and adipose tissue is scarce. Obesity is among the biggest negative prognostic factors given its chronic pro-inflammatory characteristic. Irisin, an endogenous myokine produced during physical exercise, can influence viral infection in obese individuals. Although monolayer (2D) cell culture studies are the standard for preclinical studies, three-dimensional (3D) culture is more similar to the in vivo environment, enabling the development of new drugs that more faithfully mimic the repercussions of the various possible interactions. Comparison of techniques can enable the development of reproducible studies. Objective: To compare 2D and 3D cell cultures of human visceral adipocyte lineage treated with irisin and infected by Pseudo SARS-CoV-2. Materials and Methods: Monolayer (2D) and three-dimensional (3D) cell cultures of human visceral pre-adipocytes were used to carry out the study, consisting of 4 groups: Control Group (C): adipocytes without treatment; ACE2 Group: adipocytes treated with Angiotensin- Converting Enzyme-2 (ACE2), ACE2+PV Group: adipocytes treated with SARS-CoV-2 pseudovirus (PV) and ACE2+I+PV Group: adipocytes treated with 20nM irisin for 24h and with Pseudo SARS-CoV-2. In these cell cultures, the uptake of fluorescence levels for Pseudo SARS-CoV-2 and ACE2 was measured. Results: Irisin treatment promoted a decrease in pseudo SARS-CoV-2 uptake levels for 2D (G3, 48796±321 vs G4, 44801±328) and 3D (G3, 51540±214 vs G4, 47027±165) in both cell culture models. For all differences, p<0.001 was observed. Conclusion: 3D culture of human visceral adipocytes showed similar results to those of monolayer culture, suggesting that both techniques can be used in future studies.
  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Infecção pelo sars-coronavírus-2 (SARS-CoV-2) e resposta sorológica em profissionais de saúde de unidade de transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH): estudo prospectivo
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-02-04) Santos, Ana Claudia Ferrari dos ; Machado, Clarisse Martins ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Os receptores de transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) são submetidos a imunossupressão intensa e prolongada. Os profissionais de saúde (PAS) das unidades de transplante precisam ser testados periodicamente pela RT-PCR do SARS-CoV-2 para evitar a transmissão durante a hospitalização. Não há estudos prospectivos de vigilância de SARS CoV-2 em PAS destas unidades. Este estudo em coorte prospectivo incluiu análise periódica de sorologia e de lavado nasal (LN) para estimar a incidência cumulativa de COVID-19 em PAS da unidade de TCTH durante a pandemia, antes e após a vacinação contra a COVID-19, e para avaliar a ocorrência de COVID-19 adquirida no hospital em receptores de TCTH. Além da amostragem periódica os PAS foram interrogados diariamente quanto à presença de sintomas. Se ocorresse sintomas e/ou exposição a caso confirmado/suspeito de COVID-19 foi coletada amostra de LN. Caso positivo por RT-PCR, ficavam afastados 14 dias e retornavam ao trabalho com dois resultados negativos. A detecção do SARSCoV-2 foi realizada por RT-PCR (RealStar SARSCoV-2, Altona Diagnostics/ Alemanha) e sorologia mensal por ELISA (Anti-SARSCoV-2 ELISA, Euroimmun/ Brasil). A incidência de SARSCoV-2/COVID-19 foi estimada pela incidência cumulativa. Os participantes receberam a 1ª dose das vacinas contra a COVID-19 (Sinovac/Butantan ou Oxford/ AstraZeneca/Covishield) entre janeiro e março de 2021, e a 2ª dose entre fevereiro e junho de 2021. A efetividade vacinal (EV) foi determinada pela fórmula EV = (r0-r1) /r0 (r0 = taxa em indivíduos não vacinados; r1 = taxa em vacinados). Entre 13 de maio de 2020 e 22 de março de 2021, 109 PAS foram incluídos e a mediana de acompanhamento foi de 259 (79-309) dias. Antes da vacinação, 29 participantes com SARSCoV-2/COVID-19 foram diagnosticados em mediana de 53 dias, para incidência cumulativa de 30%. Treze casos (11,9%) foram detectados na inclusão e 16 no acompanhamento. Dos 13 participantes detectados na inclusão, 8 (30,8%) foram diagnosticados por sorologia, mostrando infecção anterior. Sete PAS abandonaram o estudo e um não foi vacinado, assim 101 PAS foram incluídos na análise pós-vacinação. Oito PAS (8%) receberam chAdOx1 (Oxford/Astrazeneca/Covishield) e 93 (92%) Sinovac (Butantan). Após a vacinação, 76/78 (97,4%) PAS suscetíveis (sem presença de anticorpos contra SARS-CoV-2) tiveram resultado positivo por sorologia, 1 (1,3%) teve resultado indeterminado e 1 (1,3%) resultado negativo após a segunda dose. No seguimento pós-vacina de mediana de153 (91-165) dias, 9 PAS adquiriram a COVID-19 e a incidência cumulativa foi de 9,7%. Três (33,35) adquiriram COVID-19 apesar da presença de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2. Considerando apenas os susceptíveis no momento da vacinação (n=78) a taxa de COVID-19 foi de 44,8% (35/78) em não vacinados e 3,8% (3/78) nos que receberam duas doses da vacina, para uma EV de 91,5%. Não foi observada COVID-19 adquirida na unidade durante o estudo. Houve boa resposta sorológica avaliada por ELISA após a vacinação (97,4%), resultando em redução na incidência de COVID-19 de 30% para 9,7%. A pandemia de COVID-19 representou grande desafio para as unidades de TCTH. As políticas de controle da COVID-19 adotadas evitaram com sucesso a transmissão hospitalar do SARS-CoV-2 para os receptores de TCTH.
  • PublicaçãoTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Ensino de cuidados paliativos em residência médica de neurologia e o impacto na internação de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) em unidade de AVC.
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-18) Carvalho, Ana Cláudia Pires ; Bazan, Rodrigo ; Lopes, Laura Cardia Gomes ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) mantém-se como uma das principais causas de morbimortalidade mundial, com significativo impacto na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. A integração dos Cuidados Paliativos (CP) no manejo de pacientes com AVC tem se mostrado fundamental, especialmente em casos graves. O reconhecimento da importância dos CP levou à implementação de programas de treinamento em residências médicas de neurologia, porém seu impacto na prática clínica permanece pouco estudado. Metodologia: Realizou-se um estudo caso-controle no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), comparando desfechos de pacientes com AVC atendidos por residentes antes e após a implementação do ensino de CP. Utilizou-se o método Coarsened Exact Matching (CEM) para pareamento dos grupos, considerando idade, sexo, NIHSS na admissão, mRS prévio e fase do AVC. A amostra final incluiu 270 pacientes (141 no grupo pré-treinamento e 129 no grupo pós- treinamento). Foram analisados tempo de internação, práticas específicas de CP e desfechos clínicos. Resultados: Pacientes atendidos por residentes com treinamento em CP apresentaram redução significativa no tempo de internação total (mediana 6,0 vs 8,0 dias, p=0,002) e na Unidade de AVC (mediana 6,0 vs 7,0 dias, p<0,001). No subgrupo de pacientes com desfechos desfavoráveis (mRS 4-6), o treinamento em CP associou-se à redução no tempo de internação na UAVC (-3,58 dias, IC 95%: - 6,44 a -0,72, p=0,015). Não houve diferenças significativas no uso de opioides, suspensão de dieta ou solicitação de interconsultas para CP. O NIHSS na admissão foi o principal preditor de práticas paliativas em ambos os grupos. Conclusão: O treinamento em CP para residentes de neurologia mostrou impacto significativo na redução do tempo de internação, principalmente em pacientes com desfechos desfavoráveis. Contudo, não influenciou significativamente práticas específicas de CP, sugerindo que a integração efetiva dos CP requer uma abordagem mais abrangente, incluindo protocolos institucionais e trabalho multidisciplinar. Os resultados indicam que o treinamento em CP pode contribuir para uma gestão mais eficiente dos recursos hospitalares, embora seja necessário aprimorar a implementação de práticas paliativas específicas.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Análise quantitativa da hipsarritmia em pacientes com Síndrome de West
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2025-01-03) Santos, Lara Cristina Antunes ; Betting, Luiz Eduardo Gomes Garcia ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    A hipsarritmia pode ser visualizada no eletroencefalograma de crianças com encefalopatias epilépticas e é constituída de atividade de base desorganizada com predomínio de atividade epileptiforme do tipo onda aguda-onda lenta, onda lenta, ponta-onda e poliponta onda, de altíssimo potencial e aspecto anárquico. Ocorre mais frequentemente na síndrome de West e faz parte do contexto dessa síndrome, uma encefalopatia epiléptica cujo diagnóstico está baseado na tríade: crises epilépticas do tipo espasmos epilépticos/infantis, atraso, parada ou involução do desenvolvimento neuropsicomotor e hipsarritmia ao eletroencefalograma. Apesar do padrão bem estabelecido, seu reconhecimento pode ser difícil. Em adição, a fisiopatologia completa, incluindo as estruturas cerebrais envolvidas na patogênese deste padrão permanecem em investigação. Os objetivos desse estudo foram: analisar quantitativamente a hipsarritmia dos traçados dos eletroencefalogramas de crianças com Síndrome de West utilizando a técnica de coerência; localizar as descargas usando Imagem Dinâmica dos Focos de Coerência (DICS); correlacionar os dados encontrados com os achados de neuroimagem. Foram incluídos 21 pacientes com hipsarritmia. As análises mostraram redução acentuada da conectividade cerebral demonstrada pela análise de coerência na frequência de 12Hz. A origem das descargas observadas na hipsarritmia é heterogênea com predomínio nas regiões temporal e frontal. A análise entre a avaliação localizatória da coerência e o volume de substância cinzenta mostrou áreas de correlação positiva localizadas nas regiões temporais, frontais, no cíngulo posterior e cerebelo.
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    Suplementação de Ácido Ursodesoxicólico na modulação do LPB sérico e na gravidade clínica da psoríase: um estudo tipo prova de conceito
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 0025-01-23) Lai, Mariana Righetto de Ré ; Miot, Hélio Amante ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: A composição do microbioma intestinal (MI) está associado à doenças inflamatórias e síndrome metabólica. Há particularidades no MI dos pacientes com psoríase, as quais podem refletir em uma disbiose intestinal, além de síndrome metabólica ser prevalente nesses pacientes. Ácido ursodesoxicólico (UDCA) administrado via oral pode interferir na composição do MI e contribuir para os parâmetros metabólicos nesses pacientes. OBJETIVOS: Identificar alterações na composição do MI, parâmetros clínicos e proteína de ligação a lipopolissacarídeos (LPB) após suplementação oral de UDCA em pacientes com psoríase. MÉTODOS: Estudo quasi-experimental, aberto, envolvendo 40 homens adultos com psoríase divididos em dois grupos. O grupo intervenção recebeu ácido ursodesoxicólico oral 300mg/d por 28 dias, e o grupo controle não recebeu nenhuma intervenção. Desfechos: níveis séricos de LPB, além de dados clínicos e análise metagenômica fecal, em D0 e D28. RESULTADOS: Houve aumento na riqueza do MI (p<0,01) após tratamento com UDCA, com aumento médio de 40 espécies bacterianas, bem como redução média de 19% na carga bacteriana do filo Firmicutes (p=0,017). Verificou-se ainda uma maior redução do PASI no grupo tratado em comparação ao grupo controle: -1,0 vs -0,3 (p=0,037). Contudo, não houve diferença entre os grupos quanto à variação do LPB (p=0,166). CONCLUSÃO: UDCA oral por 28 dias modificou a diversidade do MI e promoveu discreta melhora clínica em pacientes com psoríase. Estudos com seguimentos mais longos e envolvendo pacientes sem tratamento sistêmico, podem revelar benefícios adicionais da modificação do MI com UDCA oral na psoríase.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Espiritualidade como lenitivo no processo de tratamento e enfrentamento da doença entre pacientes oncológicos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-16) Oliveira, Fabiano Fernandes ; Popim, Regina Célia ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A prevalência de diversos tipos de câncer permanece como um desafio significativo para a saúde pública global, sendo uma das principais causas de mortalidade antes dos 70 anos em vários países. No Brasil, as projeções indicam cerca de 704 mil novos casos entre 2023 e 2025. Essas neoplasias malignas representam um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anômalo de células, que invadem as tecidos e formam tumores, os quais têm o potencial de se disseminarem pelo organismo na forma de metástases, ocasionando sérios impactos. Para aprofundar a compreensão dessa temática foi realizado uma revisão integrativa, cujo objetivo foi: Objetivo: Analisar produções científicas nacionais e internacionais que tiveram como objeto de estudo a espiritualidade e a esperança como estratégias de enfrentamento ao tratamento oncológico. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada em seis etapas, incluindo artigos completos e disponíveis, no período de 2019 a 2024. Foram encontrados 124 artigos, excluídos 114 e incluídos 10 para análise, todos dentro dos níveis de evidência. Resultado: Sabe-se que os pacientes com diagnóstico de câncer utilizam a espiritualidade e a esperança como estratégias de enfrentamento durante sua vivência do tratamento. Os profissionais da enfermagem têm o desafio de integrar a espiritualidade aos cuidados, pois a assistência integral pode oferecer maior qualidade e conforto aos pacientes. Conclusão: Evidenciou-se o conhecimento e a compreensão de que a espiritualidade e a esperança, juntamente com outros fatores como suporte social, religiosidade e otimismo, podem melhorar a qualidade de vida e reduzir os níveis de ansiedade, angústia e depressão de paciente em tratamento oncológico. Esse estudo compõe o capitulo primeiro dessa tese. Posterior a esse primeiro estudo, foi desenvolvido a tese cujo objetivo foi: Objetivo: compreender como pacientes com câncer vivenciam a espiritualidade no processo de tratamento e o modo como essa dimensão se manifesta no enfrentamento da doença. Método: pesquisa qualitativa, que utilizou o referencial metodológico de Granhen e Ludmam, e teórico de Coping Espiritual e Religioso, proposto por Folkman e Lazarus. Participaram do estudo 17 pacientes do setor de quimioterapia de um hospital público de grande porte, no interior do Estado de São Paulo, Brasil, os quais responderam questões semiestruturadas: O que significa espiritualidade para você? Você se considera uma pessoa religiosa? Se sim, conte-me sobre sua percepção sobre a sua crença? E a esperança? É presente na sua vida de que forma. As entrevistas ocorreram no mês de janeiro de 2024, sendo audiogravadas, com duração média de 20 minutos e transcritas na íntegra para análise. Foi aplicado questionário para a caracacterização sociodemográfica e de religiosidade como idade, sexo e tempo de tratamento e escala de Durel. Resultados: foram observadas três categorias centrais: A) Espiritualidade e fé vivenciados como sentimento de vínculo de felicidade; B) Religiosidade e crença como conexão e diálogo com Deus; C) Esperança e expectativa de vida como fator de positividade e gratidão. Conclusão: o estudo permitiu compreender como a espiritualidade e a esperança influenciam positivamente o enfrentamento ao diagnóstico e tratamento do câncer. Observou-se que os indivíduos, embora possam ter atitudes diferentes, em seu substrato interno, vivenciam esse momento da vida, de forma esperançosa, mediada por sua crença, religião, fé, e expectativa de cura, contribuindo para seu bem-estar-espiritual. Dessa forma foi possível apresentar essa tese em artigos: O primeiro estudo Intitulado: Espiritualidade e esperança no enfrentamento do diagnóstico e tratamento oncológico: Revisão integrativa. Está aceito na Revista Contribuciones a Las Ciencias Sociales (CLCS), O segundo intitulado: Espiritualidade: Melhorando a disposição para bem-estar espiritual entre pacientes oncológicos, encaminhado a Revista Texto & Contexto.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Desenvolvimento, implementação e análise de estratégias educativas para a promoção de boas práticas baseadas em direitos de crianças submetidas a procedimentos de saúde em contexto hospitalar
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-18) Mourão, Iracema Sousa Santos ; Tonete, Vera Lúcia Pamplona ; Ávila, Marla Andreia Garcia de ; Junior, Francisco Alves Lima ; Universidade Estadual Paulista (Unesp) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: crianças atendidas em hospital têm melhores experiências quando são orientadas, preparadas e apoiadas pelos profissionais que as assistem. A preparação e suporte para realização de procedimentos de saúde em crianças devem ser ajustados, considerando: a faixa etária, as experiências prévias, as habilidades e os níveis cognitivos, bem como, os direitos a serem respeitados de cada uma. O uso de restrição física para que os procedimentos sejam realizados, sem contemplar tais aspectos, ainda é comum na prática clínica pediátrica. Evidências indicam que conter crianças sem concordarem, pode lhes causar traumas e contribuir para não estabelecerem confiança nos profissionais e serviços de saúde. No Brasil, as terminologias restrição física, contenção e imobilização muitas vezes são utilizadas equivocadamente como sinônimos e pouca atenção tem sido dada às necessidades infantis. Contenção com apoio é definida como um método de imobilização para ajudar as crianças, com sua permissão, a gerenciar rapidamente e efetivamente um procedimento doloroso ou incomodo, no entanto, é um termo pouco utilizado no Brasil. Objetivo: desenvolver, implementar e analisar estratégias educativas para promoção de boas práticas baseadas em direitos de crianças submetidas a procedimentos de saúde em hospital municipal público maranhense. Métodos: esta pesquisa contempla: um estudo metodológico, visando a adaptação transcultural para a realidade brasileira de material educativo e de instrumentos de auditagem elaborados originalmente na língua inglesa pela Colaboração ISupport, criada em 2021, para investir na produção científica internacional sobre boas práticas baseadas em direitos de crianças submetidas a procedimentos de saúde; e uma pesquisa participativa, composta por duas etapas: Etapa 1- elaboração, implementação e avaliação de oficina de capacitação sobre a temática, pautada em pressupostos freireanos e voltada a profissionais de saúde do referido hospital, com a proposição de novos materiais educativos alinhados à produção da Colaboração ISupport, e Etapa 2 - análise de procedimentos de saúde realizados com crianças por 8 profissionais de saúde participantes da Etapa 1, por meio da aplicação dos instrumentos de auditoria adaptados aos profissionais, às crianças que passaram pelos procedimentos de saúde e seus pais ou responsáveis legais. Resultados: os produtos desta pesquisa foram os instrumentos da Colaboração ISupport adaptados para a realidade brasileira: folheto lúdico “Boas práticas para procedimentos de saúde - Isupport” e instrumentos de auditoria sobre boas práticas baseadas em direitos das crianças em procedimentos de saúde, na perspectiva de crianças, pais/responsáveis legais e profissionais de saúde. Também foram elaborados os instrumentos: banner informativo “Boas práticas baseadas em direitos das crianças submetidas a procedimentos de saúde”, apresentação em tela “Boas práticas baseadas em direitos das crianças submetidas a procedimentos de saúde: perspectiva brasileira” e plano de ensino da ação educativa “Oficina de Capacitação em Boas Práticas Baseadas em Direitos das Crianças Submetidas a Procedimentos de Saúde”. Os instrumentos da Colaboração ISupport em sua versão brasileira foram utilizados durante as sete oportunidades de oferecimento da oficina de capacitação, da qual participaram 52 profissionais de saúde. Constatou-se que houve sensibilização e ampliação significativa do conhecimento na temática abordada na ação educativa. Na Etapa 2, foram acompanhadas 40 crianças em procedimentos de saúde, na maioria para acesso/punção venosa, realizados por 40 profissionais de saúde, na maioria técnicas/os de enfermagem, junto a 40 mães. A análise dos resultados do processo de auditoria revelou considerável adoção das boas práticas nos procedimentos de saúde com crianças acompanhados, contudo apontaram aspectos procedimentais e atitudinais que necessitam ser aprofundados junto aos profissionais de saúde. Considerações finais: as estratégias educativas produzidas mostraram-se pertinentes para a adoção institucional de boas práticas baseadas em direitos de crianças antes, durante e após os procedimentos de saúde, devendo ser qualificadas para melhores desfechos nesses dois últimos momentos.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Adaptação transcultural, validação e comparação preditiva do instrumento CALCULATE para identificação de risco de lesão por pressão em unidade de terapia intensiva de adultos
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-11) Velozo, Bruna Cristina ; Abbade, Luciana Patricia Fernandes ; Castro, Meire Cristina Novelli e ; Budri, Aglecia Moda Vitoriano ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A lesão por pressão é um evento adverso que acomete principalmente pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Pacientes críticos têm potenciais fatores de risco inerentes para desenvolvimento dessas lesões. A avaliação de risco é uma ferramenta chave para prevenção das lesões por pressão, visando a utilização de escalas de predição de risco, além da avaliação da pele e julgamento clínico. Há uma lacuna na literatura quais escalas tem maior acurácia no cenário de terapia intensiva. Objetivo: Adaptar transculturalmente para língua portuguesa e avaliar as propriedades psicométricas do instrumento CALCULATE e comparar sua capacidade preditiva com a Escala de Braden, Cubbin&Jackson, EVARUCI e Sunderland (validação e confiabilidade). Método: O CALCULATE foi adaptado seguindo seis etapas metodológicas, aos quais incluem: tradução, síntese, retrotradução, comitê de especialistas, pré-teste e submissão da versão adaptada ao autor da versão original. A comparação preditiva do instrumento CALCULATE adaptado para o Brasil foi realizada através de estudo de coorte com as escalas já adaptadas na língua portuguesa: escala de Braden, Cubbin&Jackson, EVARUCI e Sunderland. A aplicação das escalas era diariamente até o desenvolvimento de lesão por pressão (desfecho primário) ou alta, óbito e 21 dias de seguimento (endpoints). As análises compreenderam, a validade de construto pela correlação de Spearman, validade de critério pela Curva ROC, área sob a curva (Area Under the Curve -AUC) e cálculo do risco relativo (RR); confiabilidade pelo alfa de Cronbach, Kuder-Richarson-20, coeficiente de correção intraclasse (ICC) e Cohen’s Weighted Kappa. Resultados: A adaptação transcultural do instrumento CALCULATE foi realizada respeitando as diretrizes metodológicas com equivalências semântica, idiomática, conceitual e experimental. Identificado um índice de validade de conteúdo de 0,9 pelo comitê de especialistas e enfermeiros intensivistas, que sugeriram alteração no item sobre proteína baixa. Com relação a comparação preditiva, nenhuma escala demonstrou uma AUC satisfatória (>0,7). Os participantes classificados como de alto risco pela Sunderland, Cubbin & Jackson e EVARUCI tiveram uma probabilidade 3,0, 2,5 e 2,1 vezes maior, respectivamente, de desenvolver lesão por pressão de acordo com os seus valores de corte. Quanto a confiabilidade, a escala de Cubbin&Jackson se sobressaiu em todos os quesitos, porém a Sunderland na avaliação do Kappa ponderado foi a que teve menos variabilidade. Conclusão: Realizada adaptação e validação do instrumento CALCULATE para o contexto brasileiro, assim como foram avaliadas propriedades psicométricas e correlações de confiabilidade com outras escalas. Este estudo permitiu identificar que embora as escalas não tiveram validade esperada, a Cubbin & Jackson teve confiabilidade em todos os parâmetros avaliados. A utilização de escalas deve ser aliada ao julgamento clínico, tecnologias, atenção às áreas de risco e cuidado individualizado para efetividade de medidas de prevenção em pacientes críticos.
  • ItemTese de doutoradoAcesso Aberto Acesso Aberto
    Medidas de hidratação avaliadas por bioimpedância elétrica para a predição de desfechos cardiovasculares intermediários na diálise peritoneal
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-20) Xavier, Patricia Santi ; Martin, Luís Cuadrado ; Barretti, Pasqual ; Bazan, Silméia Garcia Zanati ; Reis, Nayrana Soares do Carmo ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    INTRODUÇÃO: A causa mais comum de óbito em pacientes com doença renal crônica submetidos à diálise é a doença cardiovascular. As lesões de órgão alvo cardiovascular, hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) e dilatação do átrio esquerdo (DAE) são importantes preditores de desfechos cardiovasculares. A pressão arterial ambulatorial (MAPA) também constitui um importante preditor de desfechos cardiovasculares. Todos esses desfechos intermediários estão associados a sobrecarga de volume (SV). Estudos mostram que a SV é um problema frequente, principalmente nos pacientes em diálise peritoneal (DP), o que se associa com risco de morte por causa cardiovascular. A avaliação da água corporal e sua distribuição nos diferentes compartimentos é um dos principais desafios no tratamento desses pacientes. Avaliação do estado de hidratação por bioimpedância (BIA) é um dos métodos mais utilizados na prática clínica. A massa muscular corporal poderia estar associada a uma diferente distribuição de água (intra e extracelular) e influenciar os pontos de corte de SV dessa população. Ademais, não há trabalhos que compararam a bioimpedância multifrequencial de corpo inteiro (BIACI) e a bioimpedância multifrequencial segmentar (BIAS) na predição desses desfechos. Desta forma, foram realizados três trabalhos. O primeiro trabalho teve como objetivo encontrar pontos de corte de SV, avaliados por bioimpedância unifrequencial (BIAUNI) e bioimpedância multifrequencial (BIAMULTI), capazes de discriminar os seguintes desfechos cardiovasculares intermediários: HVE e DAE em pacientes em DP, bem como avaliar se esses pontos de corte podem diferir de acordo com a classificação da área muscular do braço corrigida (AMBc) avaliada pela antropometria. O objetivo do segundo trabalho foi avaliar qual ponto de corte de SV avaliado por BIAUNI e BIAMULTI estaria associado a presença de hipertensão arterial resistente (HAR) avaliada por MAPA. O objetivo do terceiro trabalho foi comparar dois métodos de avaliação por bioimpedância multifrequencial sendo uma de corpo inteiro (BIACI) e outra segmentar (BIAS), quanto à predição de lesões de órgão alvo cardiovasculares avaliadas por ecocardiografia em pacientes tratados por DP. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo observacional transversal realizado em pacientes em DP. A partir dos prontuários médicos, foram obtidos dados demográficos e clínicos. No momento das avaliações por BIA, foram avaliadas a antropometria, pressão arterial de 24 horas, além de ecocardiografia. Foram traçadas curvas ROC (receiver operating curve) para a casuística como um todo e separadamente para os pacientes com percentil da AMBc maior ou igual ao percentil 50 (p50) e menor que o p50. No segundo trabalho foram traçadas curvas ROC utilizando como variável desfecho a presença de HAR definida pela MAPA e como variável independente a SV avaliada por BIAUNI e BIAMULTI. No terceiro trabalho foram traçadas curvas ROC para a avaliação com a BIAS e a BIACI. Os pontos de corte foram determinados pelo índice de Youden. Um valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: Foram incluídos 69 pacientes no primeiro trabalho. Em relação à presença de HVE, quando foram analisados os 37 pacientes com percentil da AMBc maior ou igual que p50, a SV avaliada pela BIAMULTI apresentou poder discriminatório estatisticamente significante (ASC: 0,777; IC 95%: 0,600 – 0,954; p: 0,007). Sendo que o melhor ponto de corte para detectar a HVE foi uma SV ≥ 0,55L, nesse ponto a sensibilidade foi de 72% e a especificidade de 83%. A razão de verossimilhança positiva foi de 4,32 e a razão de verossimilhança negativa foi de 0,34. Em relação à presença da DAE, quando foi analisada a casuística como um todo, a SV avaliada pela BIAMULTI (ASC: 0,664; IC 95%: 0,526 – 0,882; p: 0,027) apresentou poder discriminatório estatisticamente significante. Uma SV ≥ 0,25 L teve uma sensibilidade de 87% e especificidade 44%. No segundo trabalho foram avaliados 59 pacientes. A SV avaliada tanto pela BIAUNI (ASC: 0,706; IC 95%: 0,558 – 0,854; p: 0,012) quanto pela BIAMULTI (ASC: 0,745; IC 95%: 0,613 – 0,876; p: 0,03) se associaram com HAR. No terceiro trabalho foram incluídos 43 pacientes. Em relação à presença de HVE a razão da água extracelular pela água corporal total (AEC/ACT) avaliada tanto pela BIAS (ASC: 0,633; IC 95%: 0,461 – 0,805; p: 0,126) quanto pela BIACI (ASC: 0,602; IC 95%: 0,428 – 0,775; p: 0,240) não apresentaram poder discriminatório estatisticamente significante. Quando foi analisada a presença de DAE a AEC/ACT avaliada tanto pela BIAS (ASC: 0,633; IC 95%: 0,461 – 0,805; p: 0,010) quanto pela BIACI (ASC: 0,676; IC 95%: 0,522 – 0,831; p: 0,043) apresentaram poder discriminatório estatisticamente significante. CONCLUSÃO: O presente estudo foi capaz de encontrar pontos de corte de SV que podem ser utilizados na prática clínica em pacientes em DP. A SV avaliada por BIAMULTI foi capaz de prever a HVE, em pacientes com a AMBc maior ou igual que o p50, bem como a DAE na casuística como um todo sem a influência da AMBc. Ademais, a SV avaliada tanto por BIAUNI e BIAMULTI foi capaz de prever a presença de HAR avaliada pela MAPA. Tanto a BIAS quanto a BIACI foram capazes de prever a DAE nesses pacientes. Assim, o desempenho de ambos os métodos foi equivalente quanto à predição desses desfechos intermediários. Ressaltamos a necessidade de repetir estudos semelhantes ao nosso em outras casuísticas para validar nossos achados.
  • PublicaçãoTese de doutorado
    Efetividade do enfermeiro na auditoria financeira hospitalar: estudo de caso único
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-20) Meneguin, Sílvia Helena ; Bocchi, Silvia Cristina Mangini ; Universidade Estadual Paulista (UNESP) ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: a auditoria de enfermagem nos hospitais permite a avaliação da qualidade da assistência prestada ao cliente, por análise dos registros multidisciplinares no prontuário médico e pela avaliação do processo de faturamento da conta contábil, com enfoque gerencial e econômico-financeiro, para maior precisão na remuneração pela prestação de serviço médico às operadoras de planos de saúde suplementar. Objetivo: analisar a efetividade da atuação do enfermeiro na auditoria financeira retrospectiva, comparada à realizada por “não enfermeiros”, na remuneração de um hospital por operadoras de planos da saúde suplementar. Método: estudo de caso único, quantitativo, retrospectivo, documental e analítico, tendo como unidade de análise o conjunto de 238 contas contábeis faturadas por “não enfermeiros” e auditadas por enfermeiro, de procedimentos ambulatoriais em serviço de hemodinâmica, entre 2019 e 2021, em hospital público do estado de São Paulo. Realizou-se uma análise comparativa da conta contábil faturada individualmente por profissional “não enfermeiro” com a auditada por enfermeiro especialista em auditoria, estimada por grupos de faturamento – taxa-sala, gasoterapia, taxa-equipamento, materiais de consumo, medicamentos e órteses, próteses e materiais especiais (OPME). Resultados: constatou-se subfaturamento, faturado < auditado em 100% dos grupos de faturamento, independentemente de se ter realizado procedimento diagnóstico ou terapêutico, com valor acumulado de R$ 1.024.692,00 e, considerando a faixa faturado < auditado, os procedimentos terapêuticos apresentaram diferenças significativamente maiores em comparação com os procedimentos de diagnóstico nos grupos sala e OPMEs. Já na faixa faturado > auditado, os procedimentos terapêuticos apresentaram diferenças significativamente menores no grupo materiais e maiores no grupo OPMEs. Conclusão: a auditoria financeira retrospectiva, realizada por enfermeiro, aumenta a receita hospitalar. Por fim, este estudo contribui para demonstrar a necessidade de formação de enfermeiros com competência econômico-financeira em saúde, vislumbrando a importância do papel emergente do enfermeiro auditor financeiro no mercado da saúde.
  • ItemTese de doutorado
    Construção e avaliação de aplicativo móvel para apoio ao ensino-aprendizagem de pré-natal à estudantes de enfermagem e medicina
    (Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2024-12-17) Chaves, Arlane Silva Carvalho ; Spiri, Wilza Carla ; Jensen, Rodrigo ; Universidade Federal do Maranhão ; Universidade Estadual Paulista (Unesp)
    Introdução: A jornada gestacional é única para a gestante, para o profissional que a acompanha e também para os estudantes, que partilham do aprender-fazer na assistência. Dada a singularidade, o acompanhamento da gestante requer conhecimentos, competências e habilidades ímpares, as quais começam a ser construídas ainda na academia. Os estudantes enfrentam desafios para realizar assistência pré-natal, especialmente frente ao grande volume de conteúdo a serem apreendidos sobre essa temática. Por isso, ensinar requer lançar mão de recursos pedagógicos atrativos e dinâmicos que corroborem com a construção do conhecimento de forma ativa, autônoma e dinâmica. As tecnologias de informação e comunicação vêm proporcionando transformações em diversas áreas do saber e esses recursos são ferramentas potentes capazes de transformar os conceitos educacionais e fortalecer a construção de novos conhecimentos de forma dinâmica e prática. Diante disso, o uso de aplicativos para dispositivos móveis, tem potencial valioso para auxiliar na construção do conhecimento. Objetivo: Construir e avaliar um aplicativo móvel para apoio ao ensino do acompanhamento pré-natal de baixo risco a estudantes de Enfermagem e Medicina. Procedimentos metodológicos: Trata-se de um estudo metodológico, tecnológico, baseado no Design Instrucional Sistemático, com densidade de participação de “média intensidade”. O estudo foi conduzido por multimétodos, desenvolvido em 4 fases: análise, design/desenvolvimento, implementação e avaliação, distribuídas em 7 etapas. A fase 1 (análise) foi desenvolvida em três etapas: 1 - mapeamento dos aplicativos sobre pré-natal, por meio de uma revisão de escopo, 2 – realização de Grupo Focal Virtual 1 com 14 estudantes de Enfermagem e Medicina de uma Instituição de Ensino Federal da cidade de Imperatriz – MA, para identificação das lacunas de conhecimento dos estudantes sobre acompanhamento pré-natal, idealização do app ideal, e definição dos temas centrais para o arcabouço teórico para o app e 3 – definição dos objetivos instrucionais para a tecnologia. A fase 2 (Design/Desenvolvimento), foi realizada em 2 etapas: 4 – definição do arcabouço teórico e produção do livro “Guia teórico para atendimento da gestante e promoção de educação em saúde no pré-natal de baixo risco” e 5 – prototipagem e construção do aplicativo e-Gest – ambiente virtual de aprendizagem do estudante da saúde sobre o pré-natal, baseado na jornada da gestante. A construção da tecnologia, foi conduzida por uma equipe composta pelos pesquisadores e 1 programador. A fase 3 (implementação), desenvolvida em 1 etapa: 6 – disponibilização do app para uso por estudantes de Enfermagem e Medicina, por um período de 6 semanas. A fase 4 (Avaliação), corresponde à etapa 7 na qual foi realizada avaliação do aplicativo por 7 estudantes de Enfermagem (3) e Medicina (4) por meio de Grupo Focal Virtual 2. Os dados foram analisados de forma qualitativa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética e Pesquisa – CEP da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu, sob número 6.767.240. Resultados: Os resultados são apresentados em capítulos, assim tem-se: Capítulo 1 – Artigo de revisão - Aplicativos móveis de pré-natal descritos e/ou avaliados na literatura científica: uma revisão de escopo, no qual realizou-se levantamento teórico com vistas a identificar e caracterizar os aplicativos móveis disponíveis na literatura acerca do acompanhamento pré-natal. Capítulo 2, intitulado - “Desafios e Lacunas na Formação em Cuidados Pré-Natal: uma análise qualitativa com estudantes de Enfermagem e Medicina. Foram identificados, por meio de Grupo focal virtual com estudantes de enfermagem e medicina, os principais desafios/dificuldades enfrentado para aprendizado sobre acompanhamento da gestante no pré-natal de baixo risco, bem como foram identificados os temas considerados relevantes para compor uma tecnologia educativa para apoiar o aprendizado sobre pré-natal. Capítulo 3 – Produto técnico 1 – Guia teórico para atendimento da gestante e promoção de educação em saúde no pré-natal de baixo risco. Nesse capítulo está descrito o Guia teórico baseado na jornada da gestante, estruturado a partir dos temas emergentes no grupo focal com finalidade de subsidiar teoricamente a construção do aplicativo móvel e-Gest. A capa foi ilustrada com a mesma identidade visual do aplicativo móvel e-Gest, ao longo do seu corpo também foram utilizadas imagens, quadros e tabelas provenientes do acervo da pesquisa, construído para o estudo. Capítulo 4 – Apresentação do produto 2 - Descrição das telas do aplicativo móvel “e-Gest – ambiente virtual de aprendizagem do estudante da saúde sobre o pré-natal”. O e-Gest está estruturado em oito temas centrais, os quais estão em destaque no menu principal, com respectivos subtemas e conteúdos complementares (manuais, livros, vídeos, artigos e podcasts), que são acessados à medida que as telas vão sendo exploradas. Ao todo, temos 8 temas centrais, distribuídos ao longo de 75 telas. Capítulo 5 – Avaliação do aplicativo móvel e-Gest por estudantes de Enfermagem e Medicina. A avaliação dos estudantes acerca da tecnologia foi positiva e reforça seu potencial como ferramenta de apoio pedagógico, onde foram destacadas sua utilidade para o estudo prévio, revisão de conteúdo para a prática e preparação para provas. A interface do aplicativo, embora funcional, apresentou necessidades de melhoria para tornar a navegação mais intuitiva e envolvente, as quais em sua maioria foram consideradas e ajustadas. Considerações finais: O app e-Gest, desponta como potencial tecnologia inovadora de ensino para amparar a construção do conhecimento sobre assistência pré-natal e desenvolvimento de habilidade e competências necessárias aos estudantes de Enfermagem e Medicina, com vistas a favorecer o aprendizado autônomo e ativo, mediado por tecnologia móvel.