A condição e o lugar das ciências sociais no pensamento de Habermas

Abstract

O objetivo da presente pesquisa é analisar o papel das ciências sociais a partir do enfoque filosófico oferecido por Habermas, mais especificamente a hermenêutica da obra “A lógica das ciências sociais”. A ciência promove o conhecimento no horizonte antropocêntrico. O Eu integra, como sujeito cognoscitivo, em suas capacidades inerentes: conhecimento, linguagem e intersubjetividade. O sujeito é parcialmente determinado pela objetividade do mundo, mas também pelas relações mútuas entre identidade do eu e sociedade. A propósito, melhorar a concepção de ciência experimental inclui uma linguagem como método. Por causa disso, as ciências sociais reconstrutivas comparam a análise dos métodos distintos entre Mead na “natureza do juízo moral” e de Kohlberg no “isomorfismo das formas lógicas e moral do juízo”, ambos responsáveis pelo sujeito epistêmico e esse confronta o mundo, além da perspectiva evolutiva entre ontogênese (conhecimento e ação) e filogênese (linguagem e ação). A relevância situa-se em uma abordagem atual perante a concepção de ciência, cujo resultado evidencia as abordagens e usos da linguagem como novo paradigma de investigação. Nesse paradigma após a virada linguística é o convencimento o instrumento de pesquisa, cabe a efetividade estar na necessidade dos atos de fala, pois o todo se dissipa em todas as diferenças do conceito que está destranscendentalizado na razão. Conclui-se que os atos de fala descritivo, explicativo e expressivo são explorados respectivamente na representação do espaço, estética e imagens de mundo. Aponta uma falta de unidade entre a existência e a natureza por meio da identidade do eu que utiliza da ética do discurso nas distinções entre ética, estética e moral junto ao uso das críticas de Habermas e de seus intérpretes.

This research's goal is to analyze the role of social sciences from the philosophical focus offered by Habermas, more specifically the hermeneutics of the work “The logic of social sciences”. Science promotes knowledge in the anthropocentric horizon. The Self integrates, as a cognitive subject, in its inherent capacities: knowledge, language and intersubjectivity. The subject is partly determined by the objectivity of the world, but also by the mutual relations between self-identity and society. By the way, improving the conception of experimental science includes language as a method. For this reason, the reconstructive social sciences compare the analysis of different methods between Mead in the "nature of moral judgment" and Kohlberg in the "isomorphism of the logical and moral forms of judgment", both responsible for the epistemic subject and that confronts the world beyond from the evolutionary perspective between ontogenesis (knowledge and action) and phylogenesis (language and action). The relevance lies in a current approach to the conception of science, whose result highlights the approaches and uses of language as a new research paradigm. In this paradigm, after the linguistic turn, convincing is the research instrument, it is up to effectiveness to be in need of speech acts, as the whole dissipates in all the differences of the concept that is detranscendentalized in reason. It is concluded that descriptive, explanatory and expressive speech acts are respectively explored in the representation of space, aesthetics and world images. It points to a lack of unity between existence and nature through the identity of the self that uses discourse ethics in the distinctions between ethics, aesthetics and morals, together with the use of criticisms by Habermas and its interpreters.