Publicação:
O ácido docosahexaenóico aliado ao tratamento com hidroxicloroquina é capaz de modular a autofagia no câncer de próstata em camundongos TRAMP?

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Data

2024-11-25

Orientador

Góes, Rejane Maira

Coorientador

Silva, Alana Della Torre da

Pós-graduação

Curso de graduação

São José do Rio Preto - IBILCE - Ciências Biológicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A modulação da autofagia pode ser um adjuvante nas terapias de tratamento do adenocarcinoma de próstata (CaP). Contudo, seu papel no câncer é complexo e contexto dependente, pois a autofagia pode atuar como supressora de tumor nas fases iniciais do desenvolvimento tumoral ou favorecer a progressão tumoral no tumor estabelecido ou avançado. Evidências experimentais mostram que o ácido graxo poliinsaturado (PUFA) docosahexaenóico (DHA) atrasa a progressão tumoral em células prostáticas tumorais, mas seu efeito sobre a autofagia ainda não é bem compreendido. Neste estudo iremos examinar se a via autofágica é alterada ao longo da progressão tumoral do CaP em camundongos transgênicos para o adenocarcinoma de próstata e se essa via é afetada pelo tratamento com o inibidor de autofagia hidroxicloroquina (Hq) e/ou pelo consumo de dieta rica no ômega-3 ácido docosahexaenóico (d-DHA), um indutor dessa via e quais as implicações para a progressão tumoral. Foram utilizados camundongos TRAMP de 12 (fase inicial da progressão tumoral), 16 (fase intermediária) e 18 (fase avançada) semanas de vida alimentados com ração padrão (C12, C16 e C18) ou com ração enriquecida com DHA (D12, D16 e D18). Além desses, também foram utilizados camundongos TRAMP de 16 semanas de vida alimentados com ração padrão e tratados com Hq (H16) ou alimentados com ração enriquecida com DHA e tratados com Hq (DH16) também. As próstatas foram processadas histologicamente e analisadas quanto a frequência de áreas com epitélio normal, neoplasias intraepiteliais prostáticas e adenocarcinomas. Realizou-se imunofluorescência para marcadores de autofagossomos (LC3B), método do TUNEL para avaliação da apoptose, e Western blotting para detecção da expressão do recepetor de andrógeno (AR). Constatou-se, então, que a frequência de adenocarcinoma indiferenciado diminuiu em todos os grupos tratados de 16 semanas, sendo a menor incidência encontrada no grupo DH16. Em relação a autofagia, o número de autofagossomos aumentou ao longo da progressão dos graus de lesões, mas esse processo foi suprimido no adenocarcinoma bem diferenciado e indiferenciado. Além disso, o aumento da autofagia induzido pelo tratamento conjunto de d-DHA e Hq está associado à redução nas taxas de apoptose, a qual foi constatada em todos os grupos e a menor densidade de células apoptóticas foi registrada para DH16. Assim, observou-se que a Hq atrasa a progressão do CaP no TRAMP, mitigando a gravidade tumoral e o DHA potencializa esse atraso; e os resultados também sugerem que a autofagia parece estar associada a esse atraso.

Resumo (inglês)

Autophagy modulation may be an adjuvant in prostate adenocarcinoma (PCa) treatment therapies. However, its role in cancer is complex and context-dependent, as autophagy can act as a tumor suppressor in the early stages of tumor development or favor tumor progression in established or advanced tumors. Experimental evidence shows that the polyunsaturated fatty acid (PUFA) docosahexaenoic acid (DHA) delays tumor progression in prostate tumor cells, but its effect on autophagy is still not well understood. In this study, we will examine whether the autophagic pathway is altered throughout PCa tumor progression in transgenic mice for prostate adenocarcinoma and whether this pathway is affected by treatment with the autophagy inhibitor hydroxychloroquine (Hq) and/or by consumption of a diet rich in the omega-3 docosahexaenoic acid (d-DHA), an inducer of this pathway, and what the implications are for tumor progression. TRAMP mice aged 12 (early stage of tumor progression), 16 (intermediate stage) and 18 (advanced stage) weeks were fed standard chow (C12, C16 and C18) or DHA-enriched chow (D12, D16 and D18). In addition, 16-week-old TRAMP mice fed standard chow and treated with Hq (H16) or fed DHA-enriched chow and treated with Hq (DH16) were also used. The prostates were processed histologically and analyzed for the frequency of areas with normal epithelium, prostatic intraepithelial neoplasias and adenocarcinomas. Immunofluorescence for autophagosome markers (LC3B), TUNEL method for evaluation of apoptosis and Western blotting for detection of androgen receptor (AR) expression were performed. It was then observed that the frequency of undifferentiated adenocarcinoma decreased in all groups treated for 16 weeks, with the lowest incidence found in the DH16 group. Regarding autophagy, the number of autophagosomes increased throughout the progression of the lesion grades, but this process was suppressed in well-differentiated and undifferentiated adenocarcinoma. In addition, the increase in autophagy induced by the combined treatment of d-DHA and Hq is associated with a reduction in apoptosis rates, which was observed in all groups and the lowest density of apoptotic cells was recorded for DH16. Thus, it was observed that Hq delays the progression of PCa in TRAMP, mitigating tumor severity, and DHA potentiates this delay; and the results also suggest that autophagy appears to be associated with this delay.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

MAZARINI, Giulia Panula. O ácido docosahexaenóico aliado ao tratamento com hidroxicloroquina é capaz de modular a autofagia no câncer de próstata em camundongos TRAMP?. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São José do Rio Preto, p. 55. 2024.

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