Publicação: No meu tempo, isso não era assim, não: apontamentos sobre o processo de educação de pessoas adultas
Carregando...
Arquivos
Data
Orientador
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho apresentado em evento
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Esta comunicação objetiva apresentar uma reflexão teórica a respeito de práticas voltadas para o processo de alfabetização/letramento de pessoas adultas. Compreende-se, aqui, a dimensão da pesquisa vinculada ao encontro do trabalho do educador em sala de aula com as vivências e memórias dos educandos. A problematização desses aspectos no contexto da EJA pauta-se no pensamento freireano de educação voltada para a autonomia dos sujeitos, uma vez que: "Não há docência sem discência: Ensinar exige pesquisa e reflexão crítica sobre a prática" (FREIRE, 1996). De acordo com tal propósito, o educando deve participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem, no qual deve estar inserida sua história, sua visão de mundo, seu cotidiano; ou seja, aquilo que irá compor um sentido na ação pedagógica, de forma que o ensino seja atravessado pela vida e sua multiplicidade. A metodologia utilizada consistiu em aulas expositivas seguidas de discussões dos temas abordados, atividades com músicas (escrita, leitura e interpretação) e também elaboração de poemas e textos de autoria dos alunos. Entre os temas, destacam-se: noções de historicidade; as mudanças da vida no decorrer do tempo; memória individual e coletiva; questões intergeracionais ("no meu tempo, isso não era assim, não"); o mundo do trabalho; História do Brasil e miscigenação; as conquistas da mulher na História; questões de gênero; cidadania e nossos papéis na sociedade; histórias de vida. A principal meta a ser alcançada com este trabalho (em andamento) é o gradual e significativo desenvolvimento dos alunos quanto à escrita e leitura, bem como a conscientização da importância deste processo de estudo para a própria vida, levando-os, assim, a um maior envolvimento e comprometimento com as aulas. A afetividade que permeia estas ações também atua como ponto positivo no trabalho, na medida em que permite maior proximidade entre todos, rompendo com a dicotomia entre quem ensina e quem aprende. Deste modo, o Programa de Educação de Jovens e Adultos contribui para uma educação voltada à autonomia que suscita, nos participantes, constante reflexão a respeito da importância de estudar, dialogar e partilhar conhecimentos, ou seja, a autocompreensão como sujeitos da (inter)ação.
Descrição
Palavras-chave
EJA, Memória, Autonomia
Idioma
Português
Como citar
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09881