Saúde pública: a violência sofrida por usuárias do Sistema Único de Saúde

Abstract

The women´s violence is recognized as one of the main problems in Public Health around the world. The goal of this work was to verify the physical, sexual and psychological abuse along the life and during the pregnancy of the Health Unique Systems users. It was made a transversal study in the citys of Indiana, Martinópolis and Presidente Prudente. The collection of informations happened in Health Centers, through interview elaborated after the agreement of the patients (n= 113). The majority has 20 and 34 years old (35,4%) and declared itself as white (61,1%). In point of suffers violence along the life, 51,6% mentioned psychological violence, 33,6% physical, and 16,8% sexual. 91,2% had already became pregnant and among these one 7,7% affirmed that they were physically attacked during the pregnancy. Among 75,0% of the pregnancy violence cases, the attacker was the children´s father and accordant 67,1%, the attacks had already happened before this period. It was found association whith physical violence (p=0,0001) and psychologial (p=0,0004) along the life and physical abuse during pregnancy. In conclusion, the majority of the users mentioned suffer psychological violence and a notable part, physical violence during the life. Some was attacked, inclusively, during pregnancy.

A violência contra a mulher é reconhecida como um dos principais problemas de Saúde Pública em todo mundo. Objetivou-se averiguar a prevalência de abusos físicos, sexuais e/ou psicológicos, ao longo da vida e durante a gestação junto às usuárias do Sistema Único de Saúde. Realizou-se estudo transversal nos municípios de Indiana, Martinópolis e Presidente Prudente-SP. A coleta de dados ocorreu nas Unidades de Saúde, por meio de entrevista estruturada após o consentimento livre esclarecido das participantes (n=113). A maioria possui entre 20 e 34 anos (35,4%) e declarou-se branca (61,1%). A respeito de sofrer violência ao longo da vida, 51,3% relataram violência psicológica, 33,6% física e 16,8% sexual. 91,2% já engravidaram e destas 7,7% afirmaram que foram agredidas fisicamente na gestação. Em 75,0% dos casos de violência na gestação, o agressor era o pai da criança e segundo 67,1%, as agressões já ocorriam antes deste período. Foi encontrada associação entre violência física (p=0,0001) e psicológica (p=0,004) ao longo da vida e abuso físico durante a gestação. Conclui-se que a maioria das usuárias relatou sofrer violência psicológica e uma parcela considerável, violência física durante vida. Algumas foram agredidas, inclusive, durante a gravidez.