Uso de partículas sintética em solos tropicais

Abstract

A geoquímica do solo nem sempre recebe a devida atenção entre as tecnologias de desenvolvimento e baseadas nos processos naturais. O solo é um corpo que se encontra em um processo constante de evolução e atua como reservatório de água, sistema de adsorção de gases, armazenamento de nutrientes, depósito de microorganismos e também fornece suporte para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Dentre os diversos processos dinâmicos que ocorrem no solo, há a formação de minerais nanoestruturados, como argilas, constituídos principalmente por óxidos e oxi-hidróxidos metálicos. O presente estudo tem como objetivo apontar quais alterações a adição de partículas sintéticas pode provocar em solos tropicais, utilizando técnicas magnéticas e espectrais. O experimento foi realizado estufa da unidade experimental da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV-UNESP). Foi realizado um delineamento em blocos ao acaso, com 4 repetições e 3 blocos, sendo: 2 solos de geologia arenítica e basáltica; 4 doses da partícula sintética e 3 avalições no tempo. Foram realizadas análises magnéticas e espectrais. Após o período de avaliação foi possível observar que a adição da partícula sintética diminui o magnetismo em solos originados de arenito e basalto. Quando consideradas as curvas espectrais também foi observada diminuição da reflectância, após a adição da partícula sintética. Provavelmente a adição da partícula sintética promove o revestimento dos óxidos do solo, causando uma diminuição na sua expressão. A adição das nanopartículas sintéticas e pó de rocha também altera a mineralogia dos óxidos presentes e os teores de K, Ca e Mg e as funções ecossistêmicas do solo. Novos projetos e experimentos são necessários para maiores esclarecimentos.