O jornalismo através das crônicas de Carlos Heitor Cony

Abstract

Enquanto gênero textual, a crônica é de tipo narrativa, surgida a partir de publicações em folhetins, e tratando, fundamentalmente, de eventos da vida diária, costumeiramente relatados de forma irônica, reflexiva ou informativa, sendo que seu principal objetivo é de distrair os leitores através da imaginação e da reflexão sócio crítica. Como gênero narrativo ela contêm a subjetividade do autor e seu olhar, sem perder a característica de algo que registra um fato. Carlos Heitor Cony, escritor carioca, que morreu no início de 2018 e o quinto ocupante da terceira cadeira na Academia Brasileira de Letra, apesar de ser conhecido, principalmente, pelos muitos livros que escreveu, foi um dos mais importantes cronistas do país. Ao participar do cenário jornalístico por mais de quatro décadas, sem dúvida, imprimiu sua marca, estabeleceu parâmetros e criou teorias que passaram a delinear as características do jornalismo brasileiro. Em seus textos é possível perceber tudo aquilo que se espera de uma crônica, e em muitas é possível perceber sua fala sobre o jornalismo e como a profissão funciona. Para analisar a sua obra, exige-se, como condição sinequanon,conhecer sua história, sua postura sócio-política e, fundamentalmente, a herança cultural da qual ele é produto. Esse trabalho visa, através análise das crônicas jornalísticas de Cony, encontrar teorias sobre o jornalismo brasileiro e qual a perspectiva do autor sobre a profissão. Para isso é importante entender a história do jornalismo no Brasil e a história de Cony

As a textual genre, the chronicle is a narrative type, arising from publications in serials, and dealing, fundamentally, with events of daily life, usually reported in an ironic, reflective or informative way, and its main objective is to distract readers through imagination and socio-critical reflection. As a narrative genre, they contain the author's subjectivity and perspective, without losing the characteristic of something that registers a fact. Carlos Heitor Cony, a writer from Rio de Janeiro, who died in early 2018, and the fifth occupant of the third chair at the Academia Brasileira de Letra, despite being known mainly for the many books he wrote, was one of the most important chroniclers in the country. By participating in the journalistic scene for more than four decades, he undoubtedly left his mark, established parameters and created theories that began to outline the characteristics of Brazilian journalism. In his texts it is possible to perceive everything that is expected of a chronicle, and in many it is possible to perceive his speech about journalism and how the profession works. To analyze his work, it is required, as a sine qua non condition, to know his history, his socio-political stance and, fundamentally, the cultural heritage of which he is a product. This work aims, through analysis of Cony's journalistic chronicles, to find theories about Brazilian journalism and what is the author's perspective on the profession. For this it is important to understand the history of journalism in Brazil and the history of Cony