Publicação: Piperina: modula a expressão gênica em células de câncer de colo de útero?
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Autores
Orientador
Lisoni, Flavia Cristina Rodrigues 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biológicas - IBILCE
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer mais frequente e é a quarta causa de morte por câncer em mulheres no mundo, ele é mais comum em países em desenvolvimento que contribui com 70% dos casos. Isso ocorre porque o principal fator envolvido com o desenvolvimento tumoral nas células cervicais é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) 16 e 18. A infecção por esse vírus leva a incorporação das oncogenes E5, E6 e E7 nas células cervicais que revoga os principais reguladores da proliferação celular, além de desencadear um processo inflamatório mediado pela ativação da via ciclooxigenase-prostaglandina (PTGS2-PGE2). Sabe-se que essas vias inflamatórias atuam sobre o desenvolvimento do processo tumoral e metástase nas células do colo uterino. Os agentes anti-inflamatórios são capazes de inibir a via da cicloxigenase e a piperina é um desses agentes que possui inúmeras propriedades farmacológicas, sendo que a que mais se destaca é a antitumorigênica, cujo mecanismo de atuação é sob as vias gênicas de regulação do ciclo celular e da apoptose. Em função desses relatos, o presente projeto teve como objetivo geral investigar se a piperina modula a morfologia celular e a expressão dos oncogenes E6 e do vírus HPV16. Assim, a piperina foi aplicada nas células neoplásicas de colo de útero (SiHa e CasKi, que são infectadas pelo HPV 16) para avaliação da morfologia celular, pela análise em microscopia óptica e para a análise da expressão dos genes E6 e E7 do HPV16, por PCR quantitativo. Foi observado que a piperina tem efeito na alteração morfológica das células tumorigênicas SiHa e CaSki, demonstrando intensa vacuolização e condensação citoplasmática nas respectivas células; e que a mesma modula a expressão dos genes E6 e E7, reduzindo a expressão desses genes apenas na linhagem CaSki. Assim, esse fitoterápico pode ser um grande aliado no tratamento coadjuvante na carcinogênese de colo de útero.
Resumo (inglês)
Cervical cancer is the fourth most common type of cancer and is the fourth leading cause of
cancer death in women worldwide, and is most common in developing countries where it
accounts for 70% of cases. This is because the main factor involved in tumor development in
cervical cells is infection with the human papilloma virus (HPV) 16 and 18. Infection by this
virus leads to the incorporation of the oncogenes E5, E6, and E7 in cervical cells that override
the main regulators of cell proliferation, in addition to triggering an inflammatory process
mediated by activation of the cyclooxygenase-prostaglandin pathway (PTGS2-PGE2). These
inflammatory pathways are known to act on the development of the tumor process and
metastasis in cervical cells. The anti-inflammatory agents are able to inhibit the
cyclooxygenase pathway and piperine is one of these agents that has numerous
pharmacological properties, and the one that stands out the most is the anti-tumorigenic,
whose mechanism of action is on the gene pathways of cell cycle regulation and apoptosis. In
light of these reports, the present project had as a general objective to investigate whether
piperine modulates cell morphology and the expression of E6 and HPV16 oncogenes. Thus,
piperine was applied to cervical neoplastic cells (SiHa and CasKi, which are infected by HPV
16) for the evaluation of cell morphology by light microscopy analysis and for the analysis of
the expression of E6 and E7 genes of HPV16 by quantitative PCR. It was observed that
piperine has an effect on the morphological alteration of SiHa and CaSki tumorigenic cells,
showing intense vacuolization and cytoplasmic condensation in the respective cells; and that
it modulates the expression of genes E6 and E7, reducing the expression of these genes only
in the CaSki lineage. Thus, this phytotherapy may be a great ally in the coadjuvant treatment
in cervical carcinogenesis.
Descrição
Palavras-chave
Cultura de células, CasKi, SiHa, Oncogenes, Cell culture
Idioma
Português