Avalição da precisão de um método de registro facial utilizando diferentes regiões de interesse

Abstract

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é o padrão-ouro na avaliação de tratamentos ortodônticos e cirúrgicos, mas novas tecnologias, como o scanner 3D facial, oferecem alternativas sem radiação. Este estudo avaliou a acurácia de registros de face em tecido mole usando modelos de superfície, comparando-os com a TCFC. Foram analisados registros de 22 pacientes antes e após cirurgia ortognática, utilizando três métodos de registro: equivalência de voxel na base do crânio, todas as landmarks e landmarks específicas na região superior da face. As diferenças foram mensuradas em milímetros e analisadas estatisticamente. No eixo X, não foram observadas diferenças significativas relevantes. Nos eixos Y, Z e na distância 3D, foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, indicando variações nos métodos de registro, especialmente quando todas as landmarks foram utilizadas como referência. Concluímos que o uso de landmarks na região superior da face é uma alternativa eficaz para avaliar movimentos cirúrgicos na ausência de TCFC, embora medidas em grandes deslocamentos devam ser interpretadas com cautela.

Cone beam computed tomography (CBCT) is the gold standard for evaluating orthodontic and surgical treatments, but new technologies such as 3D facial scanning offer radiation-free alternatives. This study evaluated the accuracy of soft tissue facial registrations using surface models, comparing them with CBCT. Registrations of 22 patients before and after orthognathic surgery were analyzed using three registration methods: voxel equivalence at the skull base, all landmarks, and specific landmarks in the upper face. Differences were measured in millimeters and analyzed statistically. On the X axis, no significant differences were observed. On the Y, Z, and 3D distance axes, significant differences were found between groups, indicating variations in registration methods, especially when all landmarks were used as reference. We conclude that the use of landmarks in the upper face is an effective alternative to assess surgical movements in the absence of CBCT, although measurements at large displacements should be interpreted with caution.