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Publicação:
Fungos Micorrízicos Arbusculares: Interações planta-substrato em dunas eólicas frontais

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Orientador

Fornari, Milene
Furlan, Isabela de Carvalho

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Ciências Biológicas - CLP

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A formação e desenvolvimento das dunas eólicas frontais (DEF) depende da ação dos ventos no transporte dos sedimentos e da vegetação, que tem a capacidade de fixar os sedimentos conforme as raízes desenvolvem-se, ocasionando o aumento da complexidade morfológica das DEF à medida que as espécies colonizam o ambiente. A instalação da cobertura vegetal é favorecida pela associação simbiótica com os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), que projetam hifas em subsuperfície para auxiliar na captura de nutrientes em troca de energia fornecida pela planta. Desse modo, neste estudo buscou-se efetuar um diagnóstico da ocorrência de FMA em vegetação nativa de morfologias de DEF e verificar as possíveis correlações com características texturais dos sedimentos. Para alcançar essa meta, realizou-se trabalhos de campo na duna frontal incipiente em Iguape, litoral Sul do Estado de São Paulo, em que os tipos morfológicos foram identificados assim como a composição das diferentes comunidades vegetais em cada morfologia, a fim de obter dados fitossociológicos (riqueza, frequência e densidade). Exemplares de raízes de cada espécie foram coletados, diafanizados e analisados quanto ao método de intersecções para estimar a porcentagem de colonização micorrízica na vegetação de cada feição morfológica de DEF. Foram encontrados, em campo, três morfologias: (a) dunas frontais em terraço, (b) dunas frontais em cordão I e (c) dunas frontais em cordão II. A análise e integração dos dados permitiu verificar que a duna frontal em terraço se caracteriza por morfologia plana, com baixa altura (<50cm) e integração entre espécies com dossel baixo (ex: Ipomoea pes-caprae) e espécies com dossel alto (ex: Panicum racemosum), e colonização micorrízica entre 21,8 e 92,7%. Já as DEF em cordão I apresentam altura <1m e largura inferior a 20m, com o predomínio de espécies vegetais com dossel baixo e colonização por FMA entre 51 e 84%. Por outro lado, a DEF em cordão II apontou maiores alturas (>1,5m) em detrimento de menores larguras (até 20m), sendo composta principalmente por espécies com o dossel alto, sempre >50cm, como Panicum racemosum e Paspalum vaginatum) e variação da colonização micorrízica entre 36,9% e 84,3%. Desse modo, para a recolonização de DEF prevê-se uma associação entre espécies com baixo dossel à frente daquelas que apresentam o dossel mais elevado, gerando uma taxa de sedimentação cumulativa conforme há a interiorização das dunas. Além disso, os resultados de análise granulométrica indicam que do terraço para o cordão II as amostras tornaram-se mais finas e melhores selecionadas, o que sugere selecionamento progressivo dos sedimentos pelo vento conforme a DEF distancia-se da linha de costa.

Resumo (inglês)

The formation and development of foredunes depends on the interaction of winds in the sediment transport and vegetation, which has the capacity to fix the sediments as the root develop, causing an increase in the morphological complexity of the foredune as the species colonize the environment. This installation of vegetation cover is aided by the symbiotic association with arbuscular mycorrhizal fungi (AMF), which project hyphae into the subsurface to help capture nutrients in exchange for energy provided by the plant. Thereby, this study carried out a diagnosis of the occurrence of AMF in native vegetation of foredunes morphologies and verify the possible correlations with sediments textural characteristics. To achieve this goal, field work was carried out on the incipient frontal dune in Iguape, south coast of the State of São Paulo, in which the morphological types were identified as well as the composition of the different plant communities in each morphology, to obtain data phytosociological data (richness, frequency and density). Samples of roots of each species were collected, cleared, and analyzed using the intersection method to estimate the percentage of mycorrhizal colonization in the vegetation of each foredune morphological feature. Three morphologies were found in the field: (a) foredune terrace, (b) foredune ridge I and (c) foredune ridge II. The analysis and integration of data allowed us to verify that the terrace foredune characterized by flat morphology, with low height (<50cm) and integration between species with low canopy (eg: Ipomoea pes-caprae) and species with high canopy (eg: Panicum racemosum), and mycorrhizal colonization between 21.8 and 92.7%. On the other hand, the foredune ridge I are <1m in height and less than 20m in width, with a predominance of plant species with low canopy and colonization by AMF between 51 and 84%. On the other hand, the foredune ridge II showed greater heights (>1.5m) to the detriment of smaller widths (up to 20m), being mainly composed of species with a high canopy, always >50cm, such as Panicum racemosum and Paspalum vaginatum) and variation in mycorrhizal colonization between 36.9% and 84.3%. Thus, for the recolonization of foredune, an association is predicted between species with low canopy ahead of those with the highest canopy, generating acumulative sedimentation rate as the dunes move inland. In addition, the granulometric analysis results indicate that from the terrace to foredune ridge II the samples became thinner and better selected, which suggests progressive selection of sediments by the wind as the DEF moves away from the coastline.

Descrição

Palavras-chave

Sedimentos, Dinâmica costeira, Morfologia, Fitossociologia, Granulometria

Idioma

Português

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