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Publicação:
Ocorrência de fungos micorrízicos arbusculares em vegetação nativa de dunas eólicas frontais

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Orientador

Fornari, Milene

Coorientador

Furlan, Isabela de Carvalho

Pós-graduação

Curso de graduação

São Vicente - IBCLP - Ciências Biológicas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso restrito

Resumo

Resumo (português)

A vegetação nas dunas frontais (DEF) reduz a velocidade do vento e favorece o acúmulo de sedimentos, agindo assim como uma barreira física à erosão costeira. No entanto, espécies de plantas que colonizam com sucesso substratos eólicos com pronunciados déficits nutricionais podem ser favorecidas pela presença de fungos micorrízicos arbusculares (FMA), que formam associações mutualísticas com raízes. No litoral sul do estado de São Paulo, os DEF foram estudados com base em uma análise multiparâmetros (composição florística, frequência relativa de FMAs e tamanho de grão da rizosfera) para identificar espécies vegetais que contribuem para o desenvolvimento das morfologias associadas às dunas frontais. Os resultados mostram que as dunas frontais ocorrem nas morfologias de terraço, cordão I e cordão II. A duna frontal em terraço é aplainada, tem baixa altura (<50 cm) e é composto por espécies vegetais com dossel baixo (<20 cm) e também dossel mais alto (0,5~1,5m) e denso, que são caracterizadas por colonização de FMAs próxima a 60%. A duna frontal em cordão I difere por apresentar cristas onduladas, com cerca de 1 m de altura e mais largas (~30 m), com predominância de espécies vegetais de dossel baixo e colonização por FMA >68%. Na duna frontal II, as cristas são pronunciadas e atingem as maiores alturas (3 m) em detrimento das menores larguras (até 15 m), sendo compostas principalmente por espécies com o dossel mais alto (> 50 cm) e colonização de FMAs próxima a 75%. A tendência de aumento dos valores medianos de FMA para o DEF, do terraço para os cordões I e II, pode estar relacionada ao contínuo soterramento das raízes devido à alta taxa de sedimentação promovida pelas espécies com o dossel mais alto e, consequentemente, maior acúmulo de areia. Além disso, a associação de espécies com diferenças na altura dos dosséis em dunas frontais permite a formulação de um modelo teórico para verticalização ou horizontalização de dunas frontais. Espécies com dossel baixo, como Ipomoea pes-caprae e Sporobolus virginicus, desaceleram gradativamente o fluxo do vento, gerando deposição espacializada e, consequentemente, gerando o alargamento das dunas frontais. Por outro lado, espécies com dossel mais alto reduzem rapidamente o fluxo do vento devido à densidade da sua porção aérea (folhas), resultando na deposição logo abaixo da sua estrutura e, consequentemente, no crescimento vertical da duna frontal.

Resumo (inglês)

The vegetation on foredunes (DEF) reduces wind speed and promotes sediment accumulation, thus acting as a physical barrier to coastal erosion. However, plant species that successfully colonize windblown substrates with pronounced nutritional deficits may benefit from the presence of arbuscular mycorrhizal fungi (AMF), which form mutualistic associations with roots. On the southern coast of São Paulo state, DEF were studied based on a multiparameter analysis (floristic composition, relative frequency of AMFs, and rhizosphere grain size) to identify plant species contributing to the development of morphologies associated with foredunes. The results indicate that foredunes occur in terrace, ridge I, and ridge II morphologies. The foredune terrace is flattened, with low height (<50 cm), composed of plant species with low (<20 cm) and also taller (0.5~1.5 m) and dense canopies, characterized by approximately 60% AMF colonization. The ridge I foredune differs by having undulating crests, around 1 m in height and wider (~30 m), predominantly featuring low-canopy plant species with AMF colonization exceeding 68%. In ridge II foredunes, the crests are pronounced, reaching greater heights (3 m) at the expense of narrower widths (up to 15 m), mainly composed of species with taller canopies (>50 cm) and approximately 75% AMF colonization. The trend of increasing median AMF values from the terrace to ridge I and II DEFs may be related to the continuous burial of roots due to the high sedimentation rate promoted by species with taller canopies and, consequently, greater sand accumulation. Furthermore, the association of species with canopy height differences in foredunes allows the formulation of a theoretical model for the verticalization or horizontalization of foredunes. Low-canopy species, such as Ipomoea pes-caprae and Sporobolus virginicus, gradually slow down the wind flow, generating spatialized deposition and, consequently, widening of foredunes. On the other hand, species with taller canopies rapidly reduce wind flow due to the density of their aerial portion (leaves), resulting in deposition just below their structure and, consequently, the vertical growth of the foredune.

Descrição

Palavras-chave

Ipomoea pes-caprae, Panicum racemosum, Dunas, Plantas, Erosão costeira

Idioma

Português

Como citar

Goldino, M. H. F. Ocorrência de fungos micorrízicos arbusculares em vegetação nativa de dunas eólicas frontais. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas com habilitação em Gerenciamento Costeiro) – Instituto de Biociências do Campus do Litoral Paulista, Universidade Estadual Paulista, São Vicente, 2023.

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