Fatores que influenciam nas taxas de prenhez e perda embrionária de éguas cíclicas e acíclicas

Abstract

Diversos são os fatores que podem interferir nas taxas de sucesso em um programa de transferência de embrião em equinos, como aqueles ligados ao embrião, ao sêmen e à escolha da receptora, sendo este considerado o elemento determinante. Nesse sentido, o estudo retrospectivo analisou fatores que influenciam nas taxas de prenhez a incidência da perda embrionária em um total de 263 éguas receptoras (99 cíclicas e 164 acíclicas em anestro ou transição), durante duas estações de monta consecutivas, levando em consideração fatores ligados à receptora, ao embrião, à estação do ano e às características do sêmen. Também foi investigado se a exposição ao estrógeno influencia nas taxas de prenhez, dividindo 57 éguas do grupo de acíclica sem estro curto (< ou = 3 dias) e estro longo (> ou = 4 dias). O teste do qui-quadrado foi empregado para investigar associações entre categorias, com correção de Bonferroni para ajuste do nível de significância em comparações múltiplas (p < 0,05). Foi observado que a utilização de receptoras em D5 apresentou maior taxa de prenhez (85,7%) em relação a receptoras em D7 (58,6%), mas não diferiu de D4 e D6. A taxa de prenhez foi maior quando utilizado sêmen fresco ou refrigerado em relação ao sêmen congelado (p < 0,05). Éguas acíclicas submetidas à protocolo hormonal e expostas ao estrógeno por mais de 4 dias apresentaram maiores taxas de prenhez em relação a éguas que do grupo estro curto (87,2% x 60%) (p<0,05). Além disso, foi observado que embriões produzidos in vitro apresentaram maior taxa de prenhez (90,9%) em relação a embriões bons (42,9%) e razoáveis (0%) (p<0,05). A estação do ano, ciclicidade e desenvolvimento embrionário não afetam em taxas de prenhez e perda embrionária. Fatores como dia da inovulação, tempo de exposição ao estrógeno e processamento seminal afetam em taxas de prenhez e nenhum dos fatores avaliados afetam em perda embrionária.