Resposta da soqueira de cana-de-açúcar a aplicação de potássio sob o sistema de cultivo conservacionista e seus efeitos na fisiologia da planta

Abstract

O uso do sistema de colheita mecanizado na cana-de-açúcar proporciona acúmulo da palhada na superfície do solo podendo haver liberação de potássio e diminuição da necessidade do nutriente que é importante na fisiologia e na produção das plantas. Objetivou-se avaliar a resposta da soqueira de cana-de-açúcar a aplicação de potássio sob sistema de cultivo conservacionista e seus efeitos na fisiologia da planta. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram doses de potássio: 32,5; 65; 130; 195 kg ha-1 de K2O, e um tratamento controle (sem potássio). No solo foram realizadas amostragens aos seis e doze meses nas camadas de 0-20 e 20-40 cm de profundidade para determinação do teor de potássio. Na planta, avaliaram-se o número de perfilhos, a altura e o diâmetro do colmo aos quatro meses após a brotação, aos oito meses foi determinado o estado nutricional para o potássio, aos doze meses o teor e acúmulo de potássio na planta, a produção e a análise tecnológica dos colmos. O segundo experimento foi implantado em casa de vegetação na UNESP- Câmpus de Jaboticabal-SP. O experimento foi desenvolvido em um delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos presença e ausência de potássio em dez repetições. Na décima semana após a aplicação dos tratamentos foi realizada a diagnose visual e as avaliações de crescimento e fisiológicas na planta. A aplicação de potássio não foi importante para a segunda soqueira de cana-de-açúcar, pois não afetou o crescimento, o estado nutricional, a produtividade e a qualidade tecnológica de colmos. As plantas de cana-de-açúcar, cultivadas na ausência de potássio, apresentaram diminuição da transpiração, fotossíntese, teores de clorofilas e crescimento. No entanto, houve incremento do teor de açúcares solúveis totais e de...

When sugarcane is harvested mechanically, residues are accumulated on the soil surface, from which potassium can be released, decreasing the requirement for this nutrient, wich is important for the plant physiology and yield. This study aimed to evaluate the response of ratoon sugarcane to potassium application under conservation tillage and its effects on plant physiology. The experiment was arranged in a randomized block design with five treatments and four replications. The treatments consisted of potassium levels (32.5, 65, 130, and 195 kg ha-1 K2O) and one control (no potassium). The soil was sampled after 6 and 12 months in the 0-20 and 20-40 cm layers to determine the K content. The plants were evaluated after sprouting: after four months for the number of tillers, height and stalk diameter; after eight months for the nutritional status in terms of K; after 12 months for K content and accumulation in the plant and cane yield, and the stalks were analyzed for technical characteristics. The second experiment was carried out in a greenhouse on the Campus of Jaboticabal - UNESP in a completely randomized design with two treatments: presence and absence of K in 10 replications. In the 10th week after the treatments, the plants were assessed visually and the growth and physiology evaluated. The K application was not relevant for the second ratoon crop, as it did not affect growth, nutritional status, yield, or the technical quality of the stalks. In sugarcane plants grown in the absence of K, decreases were observed in transpiration, photosynthesis, chlorophyll contents, and growth. However, there was an increase in the content of total soluble sugars and starch in the leaves