Osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO): adversidades e contraindicações

Abstract

A técnica de osteotomia do nivelamento do platô tibial (TPLO) foi descrita em 1993 como alternativa cirúrgica para a ruptura do ligamento cruzado cranial em cães. A técnica é amplamente utilizada em cães, especialmente em animais de grande porte e com alta demanda funcional. Este procedimento cirúrgico transforma as forças de cisalhamento em forças de compressão, oferecendo maior estabilidade a articulação do joelho acometida e promovendo uma recuperação funcional eficiente, com a redução do risco de doença articular degenerativa a longo prazo. No entanto, a TPLO está associada a diversas complicações, incluindo infecções no sítio cirúrgico, formação de biofilme bacteriano e necrose óssea, fatores estes que podem comprometer o resultado clínico e retardar a recuperação. Complicações biomecânicas, como a instabilidade após a rotação tibial inadequada, também são observadas, exigindo intervenções adicionais. A seleção cuidadosa dos pacientes é crucial para minimizar os riscos e otimizar os benefícios da TPLO. A técnica oferece benefícios significativos, como recuperação funcional e possível prevenção da doença articular degenerativa. No entanto, deve ser realizada com cuidado, considerando as indicações e contraindicações de cada caso, já que não está isenta de complicações. Com o avanço das tecnologias, espera-se que a técnica seja ainda mais refinada, e que novas abordagens cirúrgicas sejam desenvolvidas para melhorar o prognóstico e preservar a anatomia e a função do membro acometido.

The tibial plateau leveling osteotomy (TPLO) technique was first described in 1993 as a surgical solution for cranial cruciate ligament rupture in dogs. This technique is widely used, particularly in large-breed dogs and those with high functional demands. By converting shearing forces into compressive forces, this surgical procedure provides enhanced stability to the affected knee joint and promotes efficient functional recovery, reducing the long-term risk of degenerative joint disease. However, TPLO is associated with certain complications, including surgical site infections, bacterial biofilm formation, and bone necrosis, all of which can compromise clinical outcomes and delay recovery. Biomechanical complications, such as instability following improper tibial rotation, are also observed and may necessitate additional interventions. Careful patient selection is essential to minimize risks and maximize the benefits of TPLO. While the technique offers significant advantages, such as functional recovery and the potential prevention of degenerative joint disease, it must be performed with caution, taking into account each case’s specific indications and contraindications, as it is not free from complications. With advancing technology, TPLO is expected to be further refined, and new surgical approaches may emerge to improve prognosis and preserve the anatomy and function of the affected limb.