Equinococose no Brasil: revisão de literatura sob a perspectiva da saúde única
Carregando...
Data
Autores
Orientador
Brandão, Cláudia Valéria Seullner 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Botucatu - FMVZ - Medicina Veterinária
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
O complexo equinococose-hidatidose é uma zoonose parasitária de relevância médico-veterinária e sanitária, causada por cestódeos do gênero Echinococcus. No Brasil, os principais agentes são Echinococcus granulosus sensu lato, associado à forma cística, e Echinococcus vogeli, relacionado à forma policística, com ocorrência mais restrita de Echinococcus oligarthrus. O hospedeiro definitivo é o cão, que abriga a forma adulta do parasita e elimina ovos nas fezes, contaminando o ambiente e favorecendo a infecção de hospedeiros intermediários, como ruminantes e o homem, nos quais se desenvolve o cisto hidático (forma larvária). Trata-se de uma doença de evolução lenta e insidiosa, frequentemente assintomática por anos, mas capaz de provocar quadros clínicos graves e até óbito, sobretudo quando atinge órgãos vitais ou o sistema nervoso central. No Brasil, apresenta baixa prevalência geral, porém mantém-se endêmica em regiões do Sul, associada a fatores culturais, abate clandestino e manejo inadequado de vísceras. O controle efetivo requer medidas simples, mas de difícil aplicação em áreas rurais, como a vermifugação periódica de cães com praziquantel, o descarte seguro de vísceras, a redução do abate clandestino, a inspeção post mortem e ações de educação sanitária. A adoção do conceito de Saúde Única, integrando vigilância veterinária, inspeção de produtos de origem animal e diagnóstico em humanos, é essencial para reduzir a transmissão, prevenir casos e minimizar os impactos econômicos e de saúde pública dessa zoonose no país.
Resumo (inglês)
Echinococcosis-hydatidosis complex is a parasitic zoonosis of medical-veterinary and sanitary relevance, caused by cestodes of the genus Echinococcus. In Brazil, the main agents are Echinococcus granulosus sensu lato, associated with the cystic form, and Echinococcus vogeli, related to the polycystic form, with a more restricted occurrence of Echinococcus oligarthrus. The definitive host is the dog, which harbors the adult form of the parasite and sheds eggs in its feces, contaminating the environment and enabling infection of intermediate hosts, such as ruminants and humans, in which the hydatid cyst (larval stage) develops. This is a disease with a slow and insidious progression, often asymptomatic for years, but capable of causing severe clinical conditions and even death, especially when vital organs or the central nervous system are
affected. In Brazil, it has a generally low prevalence but remains endemic in southern regions, associated with cultural factors, clandestine slaughter, and improper handling of viscera. Effective control requires simple measures that are difficult to implement in rural areas, such as periodic deworming of dogs with praziquantel, safe disposal of viscera, reduction of clandestine slaughter, post-mortem inspection, and sanitary education. The adoption of the One Health approach, integrating veterinary surveillance, inspection of animal-origin products, and human diagnosis, is essential to reduce transmission, prevent cases, and minimize the economic and public health impacts of this zoonosis in the country.
Descrição
Palavras-chave
Equinococose, Hidatidose, Saúde única, Medicina veterinária
Idioma
Português
Citação
RIBEIRO, Talytta Motta. Equinococose no Brasil: revisão de literatura sob a perspectiva da saúde única. 2025. Trabalho de conclusão de curso - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2025.

