Publicação: Avaliação da substituição de Urochloa decumbens por gramíneas não invasoras em projetos de recuperação de áreas degradadas
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Autores
Orientador
Lannes, Lucíola Santos 

Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ilha Solteira - FEIS - Ciências Biológicas
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O Cerrado é o segundo maior bioma do país, ocupa aproximadamente 22% do território brasileiro, e é considerado como um dos hotspots mundiais de biodiversidade por apresentar extrema abundância de espécies endêmicas e sofrer uma excepcional perda de habitat. Cerca de metade dos 2 milhões de km² originais do Cerrado foram transformados em pastagens plantadas, culturas anuais e outros tipos de uso. Geralmente, devido ao mau uso e manejo inadequado, tais áreas tornam-se cada vez mais vulneráveis à degradação e invasão biológica por espécies exóticas, dentre as quais se destaca a gramínea africana Urochloa decumbens (braquiária). Esta apresenta efeitos negativos sobre a riqueza de espécies de Cerrado e sua presença altera a composição e distribuição de plantas, prejudicando a regeneração natural das espécies. Este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes espécies de gramíneas nativas ou naturalizadas, que não são invasoras, para substituir a braquiária (U. decumbens) em projetos de recuperação de áreas degradadas do Cerrado. Este projeto foi desenvolvido em experimento em mesocosmos em casa de vegetação utilizando-se quatro espécies, selecionadas por serem abundantes no bioma Cerrado. Vasos de 3,5 litros preenchidos em solo de área degradada de Cerrado receberam três plantas em monocultura das espécies Urochloa decumbens, Chloris barbata, Melinis repens e Setaria parviflora com dois tratamentos de fertilização (controle e adição de nutrientes). Após 90 dias foram determinadas sete variáveis: altura, número de perfilhos, biomassa aérea, radicular e total, atividade de fosfatase ácida e colonização micorrízica. As diferenças entre as espécies para as diversas variáveis estudadas foram analisadas por ANOVA seguida de teste de Tukey através do software R. Quando não fertilizadas, todas as gramíneas não invasoras apresentaram ser superiores ou equivalentes à gramínea exótica invasora Urochloa decumbens. A gramínea nativa Setaria parviflora apresentou maior altura e número de perfilhos e a outra gramínea nativa Chloris barbata produziu maior biomassa radicular do que U. decumbens. Em relação ao tratamento em que houve fertilização, a gramínea naturalizada Melinis repens e a nativa Chloris barbata apresentaram maior altura em relação a U. decumbens. Quando fertilizada, U. decumbens apresentou maior biomassa aérea e total em relação às outras espécies. Melinis repens e S. parviflora apresentaram maior atividade de fosfatase ácida radicular do que as outras espécies. Os resultados dessa pesquisa sugerem que gramíneas nativas e naturalizadas não invasoras apresentam potencialidades para a substituição de U. decumbens em projetos de recuperação de áreas degradadas.
Resumo (inglês)
The Cerrado is the second largest biome in the country, occupying approximately 22% of the Brazilian territory, and is considered one of the world’s biodiversity hotspots due to the extreme abundance of endemic species and for suffering an exceptional loss of habitat. About half of the Cerrado's original 2 million km² were transformed into planted pastures, annual crops and other uses. Generally, due to misuse and inadequate management, such areas become increasingly vulnerable to degradation and biological invasion by exotic species, among which the African grass Urochloa decumbens (brachiaria) stands out. This has negative effects on the species richness of Cerrado and its presence alters the composition and distribution of plants, jeopardizing the natural regeneration of the species. The present work aimed to evaluate different species of native or naturalized grasses, which are not invasive, to replace brachiaria (U. decumbens) in projects to recover degraded areas of the Cerrado. This project was developed in a mesocosm experiment in a greenhouse using four species, selected for being abundant in the Cerrado biome. Pots of 3.5 liters filled in soil from a degraded Cerrado area received three plants in monoculture with two fertilization treatments (control and nutrients addition). After 90 days, seven variables were determined: height, number of tillers, aerial, root and total biomass, acid phosphatase activity and mycorrhizal colonization. Differences among species for the different variables studied were analyzed by ANOVA followed by Tukey's test through the R software. When not fertilized, all non-invasive grasses were superior or equivalent to the invasive exotic grass Urochloa decumbens. The native grass Setaria parviflora presented higher height and number of tillers and the other native grass Chloris barbata produced greater root biomass than U. decumbens. In relation to the fertilized treatment, the non-invasive naturalized grass Melinis repens and the native C. barbata presented greater height in relation to U. decumbens. When fertilized, U. decumbens showed higher aerial and total biomass in relation to the other species. Melinis repens and S. parviflora produced more root acid phosphatase than the other studies species. The results of this research suggest that non-invasive native and naturalized grasses have potential in the substitution of U. decumbens in projects for the recovery of degraded areas.
Descrição
Palavras-chave
Braquiária, Cerrado, Espécies Exóticas, Gramíneas Nativas, Invasão Biológica, Biological invasion, Exotic species, Native grasses, Urochloa.
Idioma
Português
Como citar
VIEIRA, Isabela Lima da Silva. Avaliação da substituição de Urochloa decumbens por gramíneas não invasoras em projetos de recuperação de áreas degradadas. Orientadora: Lucíola Santos lannes. 2023. 39 f. : il. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) - Curso de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2023. Disponível em: URL. Acesso em: dia, mês e ano