Gastroenterite aguda bacteriana: uma revisão bibliográfica

Abstract

Introdução: A Gastroenterite é uma inflamação do trato gastrointestinal inferior (estômago, intestino grosso e delgado) que pode ser comumente causada por três agentes etiológicos distintos: viral (50% - 70% dos casos), bacteriano (15% - 20%) e parasitário (10-15%). Pode levar a sintomas como desconforto abdominal, cólica, náusea, vômito e diarreia. Levando em consideração a sintomatologia, essa inflamação pode ser classificada em gastroenterite aguda (GEA) (14 dias), gastroenterite persistente (GEP) (até 30 dias), podendo esta ser autolimitante ou não e gastroenterite crônica (GEC) (mais que 30 dias) necessitando de intervenção medicamentosa. Aproximadamente 2 milhões de crianças morrem de gastroenterite aquosa (diarreia) no ano. Nos países menos desenvolvidos, a gastroenterite é a terceira causa mais comum de morte em crianças menores de 5 anos, ficando atrás apenas de causas neonatais e da pneumonia. Se incluirmos todas as faixas etárias, o número de mortes anuais casadas por infecções do trato gastrointestinal inferior pode ser estimado em 2,1 milhões – muito próximo das mortes anuais vinculadas à AIDS, evidenciando um importante desafio de saúde pública que será discutido neste trabalho. Metodologia: Para a elaboração desta revisão foram utilizadas as plataformas de pesquisa Pubmed, Google Scholar e Science Direct, sendo que artigos de casos clínicos foram escolhidos dentro de um período de 5 anos, enquanto artigos de revisão e outros trabalhos foram dentro de um período de 10 anos. As palavras-chave utilizadas para a busca foram: gastroenterite, gastroenterite aguda, gastroenterite aguda bacteriana, vômitos, gastroenterite aguda em crianças. Resultados: Seguindo a estratégia de busca mencionada no item metodologia, foram encontrados 16 artigos de estudos sobre gastroenterite aguda bacteriana, os artigos tiveram como alvo de estudo, isolados de pacientes que apresentaram sintomatologia para a infecção, reunindo trabalhos de diversos países Discussão: Analisando os resultados do trabalho vemos que Campylobacter spp. e Salmonella não tifoide lideram as frequências em todos os continentes estudados como também apresentam a maior taxa de infecção na maioria dos estudos isoladamente. Esse fato corrobora com os achados na literatura, os quais falam que 5 esses patógenos lideram mundialmente as infecções alimentares, sendo os principais causadores de GEA. Conclusão: O presente estudo analisa trabalhos de diversos pesquisadores e apresenta um material de estudo e comparação para aqueles que buscam saber mais sobre gastroenterite aguda bacteriana.