Avaliação de modelos sagitais cinemáticos da articulação do joelho em ovinos hígidos

Abstract

O objetivo do presente estudo foi avaliar dois modelos sagitais cinemáticos da articulação do joelho em ovinos. Foram utilizados oito ovinos hígidos da raça Santa Inês, fêmeas, não castradas, com idade aproximada entre dois e quatro anos, e massa corpórea de 26,7 até 32,8 kg. Os ovinos foram treinados a se locomoverem em esteira, conduzidos pelo mesmo condutor, antes da realização do exame cinemático. Foram utilizados quatro marcadores reflexivos esféricos, os quais foram aplicados por um único pesquisador, nos seguintes pontos anatômicos: trocânter maior do fêmur, no epicôndilo lateral do fêmur, no cabeça da fíbula e no maléolo lateral da tíbia. As trilhas foram coletadas após os ovinos estarem se locomovendo de forma constante, com a esteira em velocidade de 1 m/s. Para o cálculo dos ângulos de flexão/extensão foram aplicados dois modelos matemáticos sagitais, sendo um modelo segmentar (M1) e outro em três pontos - modelo linear (M2). Ambos os modelos permitiram a captura dos ângulos de flexão/extensão da articulação do joelho direito. Ao se comparar os dois métodos, observou-se uma diferença nos valores de ângulo máximo e ângulo mínimo, porém estatisticamente ocorreu diferença apenas no ângulo máximo e, consequentemente, na amplitude. Foi possível concluir que ambos modelos sagitais cinemáticos da articulação do joelho possuem correlação simultânea em ângulo máximo, ângulo mínimo e amplitude.

This study aimed to evaluate two sagittal kinematic models of the stifle joint in sheep. Eight healthy Santa Ines sheep, females, entire, approximate age between 2 and 4 years, and body mass from 26.7 to 32.8 kg were used. The sheep were trained to walk on a treadmill led by the same handler before performing the kinematic examination. Four spherical reflective markers were placed by one tester on the following anatomical points: greater trochanter of the femur, lateral epicondyle of the femur, head of the fibula, and lateral malleolus of the tibia. The trials were collected after the sheep moved at constant walking with the treadmill at a speed of 1 m/s. To calculate the flexion/extension angles, two sagittal mathematical models were applied, one segmental (M1) and one in 3 points – sagittal linear (M2). Both models allowed to capture flexion/extension angles of the right and left stifle joints simultaneously. The comparison of the two methods showed differences in the values of maximum angle and minimum angle, but statistically, there was a difference only in the maximum angle and, consequently, in the amplitude. In conclusion, both kinematic sagittal models of the stifle joint showed simultaneous correlation in maximum angle, minimum angle and amplitude.