Espaços, corpos e infâncias: compondo com produções imagéticas

Abstract

From the research On the other side of the fence: Experience with images, childhood and education. Reflections and Looks for Child Development from Imaginary Productions of Teachers and Children , developed by the group IMAGO - Laboratory of Image, Experience and Creation some concerns about childhood, space and bodies arose in me. The research cited occurred in the year 2014 with children aged 3 to 5 years in a School of Early Childhood Education, where students made 20,000 imaginary productions among photos and videos, captured in a free way without prior guidance of researchers. In these productions can be visualized as the service units with unknown spaces, hidden spaces and hidden spaces. They are spaces uninhabited by adults and inhabited only by children, as another space, another world. They also present a new way of looking at the body, with the body. They are blurred, twisted, focused bodies, details of bodies, fragments of bodies, details and fragments never seen, never seen. Faced with this experience and this material, this text-composition is an invitation to experimentation that seeks to think with images, with poems and with reports, without seeking for truths, but rather experiencing the powers that emerge from these productions and other experiences within the group

A partir da pesquisa Do outro lado da cerca: Experiência com imagens, infância e educação. Reflexões e olhares para o Desenvolvimento Infantil a partir de produções imagéticas de professores e crianças, desenvolvida pelo grupo IMAGO - Laboratório da Imagem, Experiência e Criação algumas inquietações em torno da infância, dos espaço e corpos surgiram em mim. A pesquisa citada ocorreu no ano de 2014 com crianças de 3 a 5 anos em uma Escola de Educação Infantil, onde os alunos realizaram aproximadamente 20 mil produções imagéticas entre fotos e vídeos, capturadas de forma livremente sem um direcionamento prévio dos pesquisadores. Nestas produções podemos observar que as crianças apresentam espaços desconhecidos, espaços ocultos e espaços escondidos. São espaços desabitados por adultos e habitados apenas pelas crianças, como um outro espaço, um outro mundo. Nos apresentam também uma nova forma de olhar para o corpo, com o corpo. São corpos desfocados, retorcidos, focados, detalhes de corpos, fragmentos de corpos, detalhes e fragmentos nunca percebidos, nunca vistos. Diante dessa experiência e deste material, este texto-composição é um convite a experimentações que busca pensar com as imagens, com poemas e com relatos, sem procurar por verdades, mas sim experimentando as potências que emergem a partir destas produções e de outras experiências dentro do grupo