Cartas de marear: corpografias no Ilú Obá De Min

Abstract

Esta dissertação de mestrado tem como principais características a visualização e o mapeamento de algumas transformações emocionais, sociais e políticas que ocorrem com um grupo de mulheres negras quando se encontram na vivência pedagógica com o quilombo urbano Ilú Obá De Min - Educação, Cultura e Arte Negra, que há 18 anos abre o carnaval de São Paulo, trazendo às ruas o resultado de sua pretagogia circular matriarcal vivenciada durante as oficinas de rua semanais de percussão, canto, dança e perna de pau ministradas na rua, no coração da cidade. Nesse sentido, buscando tornar visível a experiência e as transformações de mulheres que se encontravam desterritorializadas das pedagogias negras ancestrais não lineares antes de adentrarem a este território investigativo, observo, mapeio e investigo essas mudanças. Ao utilizar os saberes pretagógicos já organizados por Azoilda Trindade (2006), vou, por uma costura da memória e do conceito de escrevivência de Conceição Evaristo (2009), traçando uma cartografia afetiva que indique caminhos de possibilidade de aprendizado racial através da oralidade, da arte e do afeto. Assim, tornando visível, o “reencantamento coletivo” que ocorre com as mulheres durante o processo artístico-pedagógico vivenciado junto à associação cultural paulistana.

Esta disertación de maestría tiene como características principales la visualización y mapeo de algunas transformaciones emocionales, sociales y políticas que ocurren con un grupo de mujeres negras cuando se encuentran en la experiencia pedagógica con el quilombo urbano Ilú Obá De Min - Educación, Cultura y Arte Negra, que desde hace 18 años abre el carnaval de São Paulo, llevando a las calles el resultado de su pretagogía circular matriarcal vivida durante los talleres semanales callejeros de percusión, canto, danza y zancos enseñados en la calle, en el corazón de la ciudad. En este sentido, buscando visibilizar la experiencia y las transformaciones de las mujeres que fueron desterritorializadas de las pedagogías negras ancestrales no lineales antes de entrar en este territorio de investigación, observo, mapeo e investigo estos cambios. Utilizando el conocimiento pretagógico y organizado por Azoilda Trindade (2006), voy, por una veta de memoria y el concepto de escrevivência de Conceição Evaristo (2009), trazando una cartografía afectiva que indica caminos de posibilidad de aprendizaje racial a través de la oralidad, el arte y el afecto. Visibilizando así, o "reencantamento colectivo" que se producen con las mujeres durante el proceso artístico-pedagógico vivenciado con la asociación cultural en São Paulo.