Publicação: Ecotoxicidade do 2-mercaptobenzotiazol (2-MBT) nas formas livre e nanoestruturada sobre os embriões de bolacha-do-mar Mellita quinquiesperforata
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Autores
Orientador
Abessa, Denis Moledo de Souza 
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biológicas - CLP
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso restrito
Resumo
Resumo (português)
A corrosão é uma das principais causas da degradação de estruturas metálicas em contato com o ambiente marinho. Por esse motivo, inibidores de corrosão (IC), isto é, aditivos químicos utilizados para retardar ou impedir o progresso deste fenômeno em metais, são rotineiramente aplicados em tais estruturas. O 2-mercaptobenzotiazol (2-MBT) apresenta-se vantajoso para uso em estruturas expostas à corrosão atmosférica e aquática, devido ao seu baixo custo de produção e elevada performance. Porém, o descarte e liberação deste composto no ambiente marinho, podem causar toxicidade à biota aquática, o que cria a necessidade de desenvolvimento de IC ambientalmente amigáveis, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais associados. Uma alternativa tecnológica consiste no encapsulamento do 2-MBT em nanomateriais manufaturados (NM), como os hidróxidos duplos lamelares (LDH), otimizando o uso de
compostos ativos por meio do mecanismo de liberação controlada. Entretanto, seu potencial ecotoxicológico em organismos aquáticos ainda não foi estudado em detalhe. Assim, esta pesquisa visou avaliar a ecotoxicidade do 2-MBT livre e nanoestruturado em uma nanoargila (LDH), através dos efeitos sobre o desenvolvimento embrionário da bolacha-do-mar Mellita quinquiesperforata. Para tal, foram realizados testes de toxicidade com embriões obtidos de indivíduos adultos, de modo a determinar índices de toxicidade (CEO, CENO, CE50) do 2-MBT nas formas livre e imobilizada em LDH.
Paralelamente, bioensaios foram realizados com LDH vazias para determinar a toxicidade destes nanomateriais na ausência do inibidor de corrosão. As soluções-teste foram preparadas nas seguintes concentrações: 1,23; 3,70; 11,11; 33,33 e 100 mg/L. Os resultados obtidos indicaram maior toxicidade para o MBT nanoestruturado com LDH nos dois testes definitivos realizados (CE50 = 2,23 e 4,72 mg/L, respectivamente), sendo que a toxicidade desse composto parece se comportar como uma mistura binária com efeitos aditivos, somando as toxicidades do MBT e da LDH. Os resultados obtidos para M. quinquiesperforata refutam a hipótese de que o nanomaterial reduziria o efeito tóxico do anticorrosivo, refutando também resultados obtidos em outros trabalhos com diferentes organismos neotropicais.
Resumo (inglês)
Corrosion is a main cause of metallic structures degradation when in contact with the marine environment. Corrosion inhibitors (CI), that is, chemical additives used to reduce or prevent the progress of corrosion, are routinely applied to such structures. The 2-Mercaptobenzothiazole (2-MBT) is advantageous for use in structures exposed to atmospheric and aquatic corrosion, due to its low cost and high performance. However, the release of this compound in the marine environment can induce toxicity to aquatic biota, demanding the development of new environmental friendly corrosion inhibidors, to reduce the associated environmental impacts. A technological alternative consists of the inmobilization of 2-MBT in manufactured nanomaterials (NM), such as layered double hydroxides (LDHs). This technology optimizes the use of active compounds through the controlled release mechanism; however, its ecotoxicological potential in
aquatic organisms is still not well studied. This research aimed to evaluate the ecotoxicity of free and nanostructured 2-MBT, through its impact on the embryolarval development of a neotropical echinoderm, the sand dollar Mellita quinquiesperforata. Toxicity tests were performed with M. quinquiesperforata embryos to determine toxicity indexes (CEO, CENO, CE50) of 2-MBT in its free and immobilized forms. In
parallel, bioassays were performed with empty LDH to determine the toxicity of these nanomaterials in the absence of the corrosion inhibitor. Test solutions were prepared at the following concentrations: 1.23; 3.70; 11.11; 33.33; and 100 mg/L. The results indicated greater toxicity of the nanostructured MBT with LDH in both tests performed (EC50 = 2.23 and 4.72 mg/L, respectively). The toxicity of the nanostructured MBT seemed to behave as a binary mixture with additive effects, in which the toxicities of MBT and LDH are combined. The results obtained for M. quinquiesperforata embryos refutes the initial hypothesis that the nanomaterial would reduce the toxicity of the anticorrosive, and also opposes the results obtained in other studies with different neotropical organisms.
Descrição
Palavras-chave
Ecotoxicologia, Anticorrosivos, Nanomateriais, Toxicidade, Ecotoxicology, Anticorrosives, Nanomaterials, Toxicity
Idioma
Português
