A constituição do imaginário artístico em percursos ocultos na cidade: um estudo sobre Arte(fatos) em Lorena

Abstract

A história da arte foi contada do macro para o micro por muito tempo. Assim, a arte em pequenas cidades teve de se encaixar numa história da arte geral, comumente eurocentrada. Seria possível, então, ao contrário, uma cidade pequena projetar-se sobre a história da arte? Este estudo, no qual a cartografia é vista como arquivo/documento e como imaginário/memória/repertório, serve para potencializar a arte na cidade de Lorena-SP, demonstrando como uma arte viva, cotidianamente performada, pode ser mais significativa do que uma história da arte meramente reproduzida. A metodologia empregada envolve estudos históricos (bibliográficos e orais) e processa a história da arte de Lorena de forma prática por meio de uma criação artística, cartográfica e performática. Tais reflexões culminam na ideia de uma revisão histórica decolonial e no uso do termo Arte(fato), o qual sugere uma arte com intenção prática e comunitária ao invés da criação de objetos com legitimação.

La historia del arte ha sido contada desde lo macro a lo micro durante mucho tiempo. Así que, el arte en las ciudades pequeñas tenía que encajarse en una historia del arte general, comúnmente eurocéntrica. ¿Sería posible, por el contrario, que una pequeña ciudad se proyectara en la historia del arte? Este estudio, en el que la cartografía es vista como archivo/documento y como imaginario/memoria/repertorio, sirve para valorar el arte en la ciudad de Lorena-SP, demostrando cómo el arte vivo, realizado diariamente, puede ser más significativo que una mera historia del arte reproducida. La metodología utilizada involucra estudios históricos (bibliográficos y orales) y procesa la historia del arte de Lorena de manera práctica através de la creación artística, cartográfica y performática. Tales reflexiones culminan en la idea de una revisión histórica decolonial y en el uso del término Arte(facto), que sugiere un arte con una intención práctica y comunitaria más que la creación de objetos con legitimidad.